Por Riva / 24 de abril de 2023 / segunda-feira / 11h45
O Vasco da Gama fez um bom Campeonato Carioca e, a estreia da equipe na Série A do Campeonato Brasileiro, foi cercada de uma enorme expectativa e apreensão. A competição nacional têm uma série de situações que deixam os torcedores - principalmente dos clubes que vieram da Série B - preocupados. No meu ponto de vista, a meta das equipes que retornaram para a Série A é permanecer na elite do futebol sem tomar sustos. Mas não custa nada sonhar com uma boa colocação.
A tabela do Vasco foi mais um fator de preocupação. Enfrentar o Atlético-MG no Mineirão e o Palmeiras no Maracanã nas duas primeiras rodadas não é uma tarefa fácil. Afinal, as duas equipes são postulantes ao título e, independente do local da partida, são experientes e competitivas. Elas nunca desistem e buscam o resultado positivo até o fim.
Contra o Atlético-MG, dia 15 de abril, no Mineirão, o Vasco iniciou a partida de forma avassaladora e pegou todos de surpresa. Os gols de Andrey Santos aos quatro minutos e de Gabriel Pec aos nove minutos do primeiro tempo foram essências para que a equipe executasse com sucesso a estratégia montada por Maurício Barbieri. A marcação aproximada e dobrada, as linhas compactadas e a saída de bola com passes curtos ou longos para aproveitar a velocidade dos jogadores ofensivos estava dando certo.
Depois dos vinte e cinco minutos do primeiro tempo o Vasco recuou, passou a jogar com as linhas muito baixas e o Atlético-MG cresceu na partida. Com mais volume de jogo, o Atlético-MG ficava mais com a bola e, jogando mais próximo da área do Vasco, o goleiro Léo Jardim fez duas ou três defesas fantásticas. Mas, aos quarenta e nove minutos do primeiro tempo, Maurício Lemos fez o gol do Atlético-MG e o primeiro tempo terminou com o Vasco amedrontado e o Atlético-MG confiante.
O Vasco retornou para o segundo tempo do mesmo jeito que terminou o primeiro tempo. Recuado, pressionado e empurrado para o campo defensivo, a equipe começou a se desgastar fisicamente e, o encaixe na marcação e a velocidade para contra-atacar já não existia. As substituições - Marlon Gomes no lugar de Alex Teixeira, Paulo Victor no lugar de Lucas Piton, Barros no lugar de Andrey Santos, Figueiredo no lugar de Gabriel Pec e Galarza no lugar de Jair - foram feitas para oxigenar a equipe. Mas, a vitória por 2 a 1 só foi possível por causa da ótima partida do goleiro Léo Jardim.
Na tarde deste domingo, 23 de abril, no Maracanã, o Vasco enfrentou o Palmeiras pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro. O técnico do Vasco, Maurício Barbieri, cumpriu suspensão e quem comandou a equipe foi o auxiliar técnico Maldonado. O Vasco entrou em campo com a mesma equipe que iniciou a partida contra o Atlético-MG na primeira rodada.
O Vasco iniciou a partida insistindo na bola longa e aérea sem organização. Quando colocou a bola no chão, otimizou a saída de bola e trocou passes com mais rapidez e objetividade, tomou conta da partida. As bolas longas deixavam os jogadores de lado de campo mano a mano com os defensores do Palmeiras. O primeiro gol do Vasco, marcado por Pedro Raul aos vinte e oito minutos do primeiro tempo, saiu de uma bola longa de Jair para Alex Teixeira que, independente se chutou pro gol ou cruzou, encontrou o atacante do Vasco que cabeceou e abriu o placar.
O Palmeiras não sentiu o gol e começou a controlar a partida. As linhas adiantadas e o meio-campo trocando passes até encontrar a oportunidade de aprofundar as jogadas, preocupava as duas linhas defensivas do Vasco. Mas, quando o Vasco roubava a bola e conseguia encaixar o passe que quebrava a segunda linha defensiva do Palmeiras, a equipe carioca desestabilizava a última linha e ficava próxima do segundo gol. O segundo gol do Vasco, marcado por Gabriel Pec aos trinta e nove minutos do primeiro tempo, surgiu de um cruzamento de Lucas Piton para Pedro Raul cabecear e Gabriel Pec aproveitar o rebote do goleiro Weverton.
O eficiente e valente Palmeiras continuou jogando com as linhas adiantadas, os jogadores de lado de campo empurrando os marcadores para o campo defensivo e superioridade numérica em todos os setores. Apesar da forte pressão do Palmeiras, a linha defensiva, o meio-campo e os atacantes do Vasco mostravam segurança e tentavam - principalmente com as boas defesas e a confiança do goleiro Léo Jardim - não sofrer o gol. Mas, aos quarenta e seis minutos do primeiro tempo, Rafael Navarro aproveitou o cruzamento de Gabriel Menino para cabecear e marcar o primeiro gol do Palmeiras.
No início do texto, eu fiz questão de citar a partida contra o Atlético-MG porque achei que o roteiro foi o mesmo.
O segundo tempo começou com o Palmeiras absoluto na partida e, depois da continuidade da pressão, Artur aproveitou o cruzamento de Dudu para cabecear e empatar a partida aos dezessete minutos do segundo tempo. Abel Ferreira estava cumprindo suspensão. Insatisfeito com o empate e acreditando que podia fazer o terceiro gol, o auxiliar técnico do Palmeiras começou a mexer na equipe e colocar jogadores com características ofensivas. Flanco López substituiu Gabriel Menino, Fabinho substituiu Richard Rios, Endrick substituiu Rafael Navarro, Luis Guilherme substituiu Artur e John John substituiu Dudu.
Maldonado, auxiliar técnico do Vasco, só começou a mexer na equipe depois que o Palmeiras iniciou as substituições. As substituições eram necessárias porque a equipe carioca não estava conseguindo acompanhar o forte ritmo da partida. Figueiredo substituiu Alex Teixeira, Marlon Gomes substituiu Rodrigo, Galarza substituiu Jair, Capasso substituiu Robson Bambu e Orellano substituiu Gabriel Pec. As substituições oxigenaram e fizeram com que o Vasco voltasse pro jogo. A estratégia arriscada de marcar com mais aproximação e sair no contra-ataque deu certo e a equipe conseguiu equilibrar a partida nos minutos finais.
O empate (2 a 2) foi um bom resultado, mas deixou importantes lições para o Vasco.
O Vasco precisa ter mais confiança, coragem, ousadia e acreditar que pode manter a regularidade durante as partidas. Recuar muito cedo - foi o que aconteceu nas partidas contra o Atlético-MG e Palmeiras - não garante o resultado positivo. Nas duas partidas, o Vasco foi mais ofensivo nos primeiros trinta minutos, mas, depois do recuo desnecessário, sofreu uma enorme pressão até o final das partidas.
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