No dia 25 de março ocorreu, na Assembléia Legislativa da Bahia, uma audiência pública sobre Futebol Profissional, promovida pela Comissão de Esporte e Lazer, presidida pelo Deputado Raimundo Nonato Tavares da Silva, conhecido no âmbito esportivo, especificamente no futebolístico, simplesmente como Bobô, àquele de "elegância sutil", presente na letra da música Reconvexo, do poeta e cantor Caetano Veloso.
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Imagem retirada do site esporteeducacao.org.br |
Na oportunidade,
foi anunciada uma outra audiência pública, desta feita para debater o chamado Esporte Escolar, que ocorreria no dia 01 de abril. Apesar do simbolismo que carrega a data, a informação comprovou-se verdadeira.
Um colega de profissão e também radialista esportivo, ao final desta audiência informou o que segue: "A audiência pública para discutir o futebol terminou duas da tarde. A audiência pública para discutir o esporte escolar, terminou onze horas". Detalhe importante: as audiências começaram no mesmo horário.
Obviamente que não podemos avaliar a importância de um debate sobre qualquer temática em função do tempo transcorrido para tal. Existem reuniões altamente objetivas e produtivas e outras extremamente alongadas e improdutivas e vice versa.
No entanto, se avaliarmos as duas situações e as situarmos em contexto histórico onde prevalece o monopólio do futebol, vamos entender perfeitamente a observação do colega e reconhecer a sua riqueza.
Em breves palavras ele situou a realidade que já vem de antanho. Das dimensões sociais do esporte (seja lá o que isso signifique) que estão expressas na nossa Carta Magna, prevalece a do rendimento e tudo o que o envolve. E neste particular, o monopólio do futebol é a expressão mais acabada.