Domingo, 19 de julho, após sair do clube, fomos, eu, minha esposa e os dois filhos, almoçar. O clube fica localizado próximo de vários restaurantes.
No primeiro, nos deparamos com uma fila de espera. Mínimo de uma hora. Desistimos e fomos caminhando para um outro. A mesma situação. Tivemos sorte em um terceiro. Lugar muito agradável, amplo e com um parquinho muito bom. Maria Luíza, minha filha, adorou.
Todo o espaço estava ocupado. No decorrer, pude perceber também o quanto era grande a rotatividade. Uma mesa ficava vazia, logo era ocupada por outro grupo de amigos ou por uma família. No cardápio, os preços não estavam tão apetitosos quanto a comida. Deliciosa. Isso me fez refletir sobre a crise de que tanto estamos ouvindo falar.
Sim, pessoal, ela existe. Aliás, capitalismo sem crise é uma excrescência. Mas eu penso, e posso estar enganado, que existe um superdimensionamento dela com interesses exclusivamente políticos. Interesses legítimos, sublinho. Mas temo pelo perigo de certas abordagens. As mesmas estão, anos luz, longe de poder ser traduzida como franca e fraterna, atentando contra o estado democrático de direito.
Não interessa para uma sociedade democrática, uma oposição raivosa, sobretudo mentirosa, que utiliza seus aparelhos ideológicos, construídos e desenvolvidos sob um regime de exceção, para unilateralizar, sofismar, divulgar fatos que atendem única e exclusivamente a interesses corporativos.
Críticos ou não do governo que está aí, antes de tudo, precisamos ser republicanos. Para tanto, não podemos, seja qual for a nossa coloração política e/ou partidária, alimentar o monstro chamado golpismo.
Quero continuar percebendo e analisando o cotidiano e poder fazer a análise crítica de acordo com a minha visão de mundo, e que a mesma seja contestada. Quero continuar frequentando bares e restaurantes com a minha família sem que, para tudo isso, precise temer o imponderável.