Refletir sobre o esporte para além das configurações táticas e técnicas que lhes são próprias e tendo o mesmo como expressão singular para pensarmos fenômenos mais gerais da sociedade, eis o objetivo do blog.
segunda-feira, 31 de dezembro de 2012
ACM Neto e suas intenções
Simbolicamente muito importante o ato do prefeito eleito ACM Neto na sua última reunião, antes da posse oficial no dia primeiro de janeiro de 2013, ao formalizar as promessas de campanha em um termo de compromisso assinado por todo o seu secretariado. Gostei também de saber que a chamada "faxina geral" (limpeza pública e iluminação) será iniciada a partir dos bairros periféricos. De certa forma, isso dá um tom popular (não confundir com populista, por favor) às suas primeiras ações de governo. Considero isso bom e a população de uma maneira geral pode participar através do telefone 156, solicitando serviços e também sugerindo ações.
São seis os pontos básicos que estruturam os compromissos assumidos pelos secretários: 1) foco nos interesses da população de Salvador; 2) valorização do servidor público; 3) agenda única para a cidade; 4) controle das ações via avaliações constantes; 5) transparência e 6) austeridade fiscal.
Segundo reportagem do Jornal A TARDE, deste sábado, no dia 3 de janeiro, 30 decretos administrativos serão publicados definindo "ações nas áreas de gestão, política de governo, finanças, ética e administração pública.
Como tenho acompanhado atentamente o discurso pós-eleição municipal através dos diferentes meios de comunicação, destaco o que considero um aspecto preocupante: a prevalência da linguagem empresarial e da administração moderna no tocante as ações políticas no geral. Os termos "gestão"; "parcerias privadas e empresariais"; "políticas de metas"; "acompanhamento de resultados" e "meritocracia" são os mais encontrados.
De qualquer forma, vamos acompanhar atentamente esses movimentos, verificando o desenrolas das intenções. Por enquanto, boas no plano do discurso, mas como trabalho com a noção de que o critério de verdade é a prática social, vamos observar como esse discurso se materializa no plano complexo e contraditório das lutas de classes e frações de classes.
domingo, 30 de dezembro de 2012
Sobre MMA
Tem um tempinho que estou pra escrever esse texto. Antes de vir pro Grupo Metrópole, eu era editor no Grande Prêmio, o maior e mais antigo site de automobilismo do Brasil. Na nossa redação virtual, conversávamos muito sobre como o torcedor brasileiro da Fórmula 1 não gostava de Fórmula 1; gostava de ver brasileiro ganhando. E isso, de certa forma, explica a idolatria que Ayrton Senna ainda tem hoje. Morreu ainda no auge, ainda numa grande equipe, ainda como alguém de quem se esperava um título, mesmo naquela Williams de 1994.
Hoje, o esporte da vez é o MMA. Dos primórdios até dois anos atrás, era o esporte de um nicho. Veio, então, o boom. E, junto com todo o lado bom do crescimento, nasceu uma fonte inesgotável de chorume.
O que falo agora é uma generalização, claro, e, como tal, há exceções nela. Mas que fique claro: o brasileiro não gosta de MMA. A cultura brasileira não é esportiva, não é do ganhar-perder-empatar. O comportamento do torcedor brasileiro não é o de reconhecer o sucesso do atleta, mas de embarcar nesse sucesso, de sentir como se fosse parte daquilo -- e ele não é. O esporte existe porque há seguidores, porque há mercado, mas não há contribuição do torcedor de sofá em cada vitória.
Essa ilusão, entretanto, é alimentada todos os dias. É só assistir às principais emissoras de TV, acompanhar os principais programas, ler os principais jornais. Ontem, durante a luta, eu vi um dos comentaristas do SporTV dizer que Cigano estava melhorando no combate, quando o que havia era somente uma diminuição de ritmo devido ao cansaço de quem dominava. Pior: ouvi este comentarista dizer que, naquele combate, Cigano parou/frustrou Velasquez nas quedas. Velasquez, minha gente, conseguiu VINTE E SETE quedas na luta inteira. É o novo recorde de quedas em uma luta na categoria dos pesados do UFC.
A torcida vem do analista, que não pode torcer. Contamina o torcedor, que só pode torcer. Aí quem só pode torcer se deixa iludir. E se sente tão ou mais importante do que o esportista. Quando o espírito brasileiro-melhor-do-mundo envolve o torcedor, o atleta vira aquele cara com obrigação de vencer, de dar show, de "representar o Brasil".
Atleta nenhum "representa o Brasil". Ele representa, no máximo, sua família, seus amigos, seus parceiros de treino. Cigano não é o "nosso Júnior Cigano", o "Júnior Cigano do Brasil". É um dos mais talentosos lutadores que já passaram pela divisão dos pesados do UFC, a maior organização de MMA do mundo. É o parente dos familiares dele, o amigo dos amigos dele, o parceiro dos parceiros dele. E um grande atleta para quem torce por ele. E pronto.
Para este tipo de torcedor, se o "nosso" atleta é amplamente dominado, é impossível ressaltar a superioridade do adversário; é preciso dizer que "tem algo errado" com o brasileiro. Se a Seleção Brasileira de futebol perde uma Copa do Mundo -- ó, sacrilégio -- surge rapidamente uma teoria da conspiração decretando que a equipe "vendeu" o jogo à Nike, à Adidas, à Dell'erba, à CCS, à Kanxa.
O ciclo se repete, só muda o esporte
Retirado do site Metro1, hoje, 12:40.
Hoje, o esporte da vez é o MMA. Dos primórdios até dois anos atrás, era o esporte de um nicho. Veio, então, o boom. E, junto com todo o lado bom do crescimento, nasceu uma fonte inesgotável de chorume.
O que falo agora é uma generalização, claro, e, como tal, há exceções nela. Mas que fique claro: o brasileiro não gosta de MMA. A cultura brasileira não é esportiva, não é do ganhar-perder-empatar. O comportamento do torcedor brasileiro não é o de reconhecer o sucesso do atleta, mas de embarcar nesse sucesso, de sentir como se fosse parte daquilo -- e ele não é. O esporte existe porque há seguidores, porque há mercado, mas não há contribuição do torcedor de sofá em cada vitória.
Essa ilusão, entretanto, é alimentada todos os dias. É só assistir às principais emissoras de TV, acompanhar os principais programas, ler os principais jornais. Ontem, durante a luta, eu vi um dos comentaristas do SporTV dizer que Cigano estava melhorando no combate, quando o que havia era somente uma diminuição de ritmo devido ao cansaço de quem dominava. Pior: ouvi este comentarista dizer que, naquele combate, Cigano parou/frustrou Velasquez nas quedas. Velasquez, minha gente, conseguiu VINTE E SETE quedas na luta inteira. É o novo recorde de quedas em uma luta na categoria dos pesados do UFC.
A torcida vem do analista, que não pode torcer. Contamina o torcedor, que só pode torcer. Aí quem só pode torcer se deixa iludir. E se sente tão ou mais importante do que o esportista. Quando o espírito brasileiro-melhor-do-mundo envolve o torcedor, o atleta vira aquele cara com obrigação de vencer, de dar show, de "representar o Brasil".
Atleta nenhum "representa o Brasil". Ele representa, no máximo, sua família, seus amigos, seus parceiros de treino. Cigano não é o "nosso Júnior Cigano", o "Júnior Cigano do Brasil". É um dos mais talentosos lutadores que já passaram pela divisão dos pesados do UFC, a maior organização de MMA do mundo. É o parente dos familiares dele, o amigo dos amigos dele, o parceiro dos parceiros dele. E um grande atleta para quem torce por ele. E pronto.
Para este tipo de torcedor, se o "nosso" atleta é amplamente dominado, é impossível ressaltar a superioridade do adversário; é preciso dizer que "tem algo errado" com o brasileiro. Se a Seleção Brasileira de futebol perde uma Copa do Mundo -- ó, sacrilégio -- surge rapidamente uma teoria da conspiração decretando que a equipe "vendeu" o jogo à Nike, à Adidas, à Dell'erba, à CCS, à Kanxa.
O ciclo se repete, só muda o esporte
Retirado do site Metro1, hoje, 12:40.
E a "nova" direita?
Tem muita gente boa, articulistas de importantes jornais e revistas, fazendo importantes e necessárias críticas ao PT. No entanto, sinto falta das necessárias análises críticas em relação ao recrudescimento da "nova" direita e suas ações, exemplificadas no ressurgimento da Arena, partido de sustentação do golpe militar e da ditadura civil/militar instalada após o golpe.
É pedir demais ou as análises "isentas" contra o PT são parte constituinte desta nova direita, representada por esses mesmos articulistas?
Manuscrito Secreto do Marx
Li e recomendei a leitura do livro MANUSCRITO SECRETO DE MARX, do economista baiano, Armando Avena. É uma obra de ficção onde o autor nos apresenta as principais teorias econômicas de maneira didática, fugindo do "economês" tradicional, ao mesmo tempo que desenvolve uma narrativa instigante sobre o pensamento do Velho Mouro. Fiquei feliz ao saber que o livro é um dos finalistas do Prêmio Machado de Assis, da Biblioteca Nacional. Boa sorte ao nosso Avena.
domingo, 23 de dezembro de 2012
sábado, 22 de dezembro de 2012
Hobsbawm sobre a FIFA
"a Fifa de fato forçou torcedores holandeses a trocar de calças porque as que usavam tinham o logo de uma cerveja holandesa que compete com a Budweiser, patrocinadora oficial da Copa. No entanto, a relação da Copa com o moderno capitalismo globalizado é mais complexa do que isso. Ou seja, a indústria atualmente é altamente globalizada e não poderia subsistir na atual escala sem a existência de um capitalismo global de mídia." (Hobsbawn)
quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
Festival de Ginástica Alegria na Escola
Professor Welington com a ex-ginasta Luisa Parente |
No primeiro dia do mês de dezembro realizou-se no Centro Educacional Edgard Santos o Festival de Ginástica Alegria na Escola que passará a se chamar, a partir de 2013, Festival da Cultura Corporal Michele Ortega Escobar.
O festival foi parte do II Seminário Interativo de Cultura Corporal onde além de apresentações de trabalhos e seminários temáticos sobre Jogo, Esporte, Dança, Ginástica e Lutas, tivemos a comemoração dos 20 anos do Coletivo de Autores, importante livro sobre Metodologia do Ensino da Educação Física que, já em 1992, antecipava muitas discussões que hoje são candentes no âmbito do debate pedagógico como, por exemplo, o processo de organização didática do ensino por ciclos de escolarização. Na mesa de abertura do evento tivemos, com exceção do professor Lino Castellani Filho e da professora Carmen Lúcia Soares, a presença de todos que contribuíram com a elaboração do referido livro.
Tivemos também a presença da ex-ginasta Luisa Parente (foto), que participou ativamente das atividades do Festival, integrando-se aos educandos e educandas das diferentes escolas públicas da Cidade do Salvador e das Universidades públicas brasileiras. Além da UFBa, tivemos a participação da UFPE, UFPB, UFRB (Amargosa), entre outras.
O evento contou com uma mesa final de avaliação do mesmo, com a presença do professor Máuri de Carvalho, a professora Acácia Damiane e Celi Taffarel na mediação. Nessa mesa, importantes assuntos foram tratados e diretrizes para a rede lepel foram definidas para o ano de 2013.
domingo, 16 de dezembro de 2012
Corinthians: bi-campeão!!!
O Corinthians sagrou-se bi-campeão do mundial de clubes no Japão, hoje, realizando um grande jogo contra o excelente, mas não imbatível, time do Chelsea.
Imagem retirada do Blog do Timão |
Todos nós sabemos o que representa o Corinthians como time para a história deste país e o título como autoafirmação e elevação da autoestima de milhões de brasileiros, não só dos que torcem pelo "curinthians".
Parabéns para a nação de "loucos" espalhados pelo país e pelo mundo. A Pátria Grande agradece.
quarta-feira, 12 de dezembro de 2012
Sobre a postagem em relação ao Messi
Por Cristiano Santana.
Incrível ver essa publicação do professor Welington Silva hoje.
Coincidência ou não, ontem (e quase todos os anos em que estou na Europa) comento sobre o endeusamento dos talentos esportivos no futebol mundial (disse mundial... desculpa, qu
Incrível ver essa publicação do professor Welington Silva hoje.
Coincidência ou não, ontem (e quase todos os anos em que estou na Europa) comento sobre o endeusamento dos talentos esportivos no futebol mundial (disse mundial... desculpa, qu
is
dizer "euro-mundial"). Um grande exemplo desse o o jogador Lionel Messi.
Acredito que até ele mesmo já deve ter vergonha de tanto assédio.
Mas a Fifa, juntamente com outras entidades desportivas precisam vender. E Messi ainda vende muito bem. Mesmo sem ter conquistado um título no ano de 2012, vale os recordes, que para reeleger o "melhor do mundo" é essencial.
O Barcelona vem desempenhando um papel fundamental no futebol mundial sob conceito genial de logística administrativa, estrutura dentro de campo (no desempenho coletivo. Notório, inclusive, no semblante do próprio Messi), inter-relação com o torcedor. Mas a mídia consumista só consegue enxergar o lucro. E para tal, fazer reverência a 11 é complicado. Ao Barcelona, talvez. Mas o Barça não se mexe, não tira foto, não calça chuteira, não veste camisa, não bebe, não come, enfim... é apenas uma marca. Com limitações para o comércio. Como os 11 não pode ser, sobra o Messi.
Sobre o Lionel Messi.... excelente jogador, executa seu papel como poucos e merece o respeito de todos. Mas melhor do mundo? Será que jogando no Boca Juniors seria eleito 3 vezes e caminhando para a 4ª vez... com mais um recorde quebrado? Acho que essas questões não poderemos responder nunca, afinal Messi, ao que tudo indica, se aposentará no Barça, sem nunca ter jogado em mais nenhuma equipe do mundo.
Pessoalmente, acho Messi uma falácia pelos seguintes motivos:
a) Argentino, que vive mais na Espanha do que no próprio país.
b) Jogador que teve e tem maior destaque no futebol espanhol/europeu, com dupla nacionalidade, mas que insiste em jogar na seleção Argentina.
c) Na seleção argentina, se destacou melhor nos quadros inferiores (Sub-20, Sub-23), mas continua devendo muito no quadro principal da seleção.
d) Jogou apenas em 1 clube Argentino, quando ainda era criança e depois profissionalizou seu futebol na Espanha.
e) Conhecido na Argentina pelo seu jogo na seleção nacional e no Barça, mas pouco ou quase nunca visto em jogo no futebol argentino.
f) Eleito 3 vezes melhor do mundo por jogar num dos melhores clubes do mundo, e em nenhum outro.
Hoje me pergunto se foi melhor mesmo para Neymar ter ficado no Santos.
Mas a Fifa, juntamente com outras entidades desportivas precisam vender. E Messi ainda vende muito bem. Mesmo sem ter conquistado um título no ano de 2012, vale os recordes, que para reeleger o "melhor do mundo" é essencial.
O Barcelona vem desempenhando um papel fundamental no futebol mundial sob conceito genial de logística administrativa, estrutura dentro de campo (no desempenho coletivo. Notório, inclusive, no semblante do próprio Messi), inter-relação com o torcedor. Mas a mídia consumista só consegue enxergar o lucro. E para tal, fazer reverência a 11 é complicado. Ao Barcelona, talvez. Mas o Barça não se mexe, não tira foto, não calça chuteira, não veste camisa, não bebe, não come, enfim... é apenas uma marca. Com limitações para o comércio. Como os 11 não pode ser, sobra o Messi.
Sobre o Lionel Messi.... excelente jogador, executa seu papel como poucos e merece o respeito de todos. Mas melhor do mundo? Será que jogando no Boca Juniors seria eleito 3 vezes e caminhando para a 4ª vez... com mais um recorde quebrado? Acho que essas questões não poderemos responder nunca, afinal Messi, ao que tudo indica, se aposentará no Barça, sem nunca ter jogado em mais nenhuma equipe do mundo.
Pessoalmente, acho Messi uma falácia pelos seguintes motivos:
a) Argentino, que vive mais na Espanha do que no próprio país.
b) Jogador que teve e tem maior destaque no futebol espanhol/europeu, com dupla nacionalidade, mas que insiste em jogar na seleção Argentina.
c) Na seleção argentina, se destacou melhor nos quadros inferiores (Sub-20, Sub-23), mas continua devendo muito no quadro principal da seleção.
d) Jogou apenas em 1 clube Argentino, quando ainda era criança e depois profissionalizou seu futebol na Espanha.
e) Conhecido na Argentina pelo seu jogo na seleção nacional e no Barça, mas pouco ou quase nunca visto em jogo no futebol argentino.
f) Eleito 3 vezes melhor do mundo por jogar num dos melhores clubes do mundo, e em nenhum outro.
Hoje me pergunto se foi melhor mesmo para Neymar ter ficado no Santos.
terça-feira, 11 de dezembro de 2012
Lionel Messi. Somente ele?
No último domingo o craque argentino que ocupa as págínas de todos os jornais esportivos escrito, falado e televisionado, Lionel Messi, bateu mais um recorde: o de número de gols durante um único ano, 86.
Esse tento, particularmente, não me surpreendeu. Pela performance que o mesmo vinha tendo, era quase que natural esse recorde, ultrapassando o alemão Gerd Muller que em 1972 atingiu a marca de 85 gols.
O que me surpreendeu foi a maneira como a maioria da mídia esportiva noticiou o fato. Segundo algumas redes de televisão, Messi teria, sozinho, conseguido essa superação. Aja endeusamento ao individualismo. Então que dizer que os seus companheiros de clube, de seleção argentina, entre outros, não contribuíram em nada? Teria Messi o mesmo resultado, jogando sozinho?
Tenha santa paciência, pessoal. Futebol são 11 em campo. Do goleiro ao atacante, todos participam do jogo, no sucesso e na derrota. Vamos sim, enaltercer o empenho do jogador. Mas vamos aproveitar esse momento e colocar em evidência a necessária colaboração de todos no resultado, individual e coletivo de uma equipe e seus componentes.
Esse tento, particularmente, não me surpreendeu. Pela performance que o mesmo vinha tendo, era quase que natural esse recorde, ultrapassando o alemão Gerd Muller que em 1972 atingiu a marca de 85 gols.
O que me surpreendeu foi a maneira como a maioria da mídia esportiva noticiou o fato. Segundo algumas redes de televisão, Messi teria, sozinho, conseguido essa superação. Aja endeusamento ao individualismo. Então que dizer que os seus companheiros de clube, de seleção argentina, entre outros, não contribuíram em nada? Teria Messi o mesmo resultado, jogando sozinho?
Tenha santa paciência, pessoal. Futebol são 11 em campo. Do goleiro ao atacante, todos participam do jogo, no sucesso e na derrota. Vamos sim, enaltercer o empenho do jogador. Mas vamos aproveitar esse momento e colocar em evidência a necessária colaboração de todos no resultado, individual e coletivo de uma equipe e seus componentes.
sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
Cultura Corporal
Do que vale a dança, o jogo, a capoeira, o esporte, a ginástica, o "malabaris" e outras expressões da cultura corporal, se na sua dinâmica pedagógica não estiver, presente, a luta contra o capital?
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
Romário protocola requerimento para CPI da CBF
Nesta quarta-feira, o deputado federal Romário anunciou que conseguiu as assinaturas necessárias para o requerimento da instalação da CPI da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Em pouco mais de 24 horas, o ex-jogador conseguiu 188 assinaturas, 17 a mais do exigido pelo Regimento da Câmara.
De acordo com Romário, a velocidade para a coleta das assinaturas se deu por conta das denúncias contra a entidade apresentadas na Câmara.
“Nós aqui da Câmara não estamos admitindo mais este tipo de sacanagem com o povo”, afirmou.
Romário começou a recolher as assinaturas às 15h de terça-feira. Às 16h desta quarta, 166 já haviam endossado a lista, o que fez o ex-jogador afirmar, por meio de nota oficial, que a coleta aconteceu em “tempo recorde”.
Mas a Câmara afirmou que não é possível confirmar tal informação já que não há registro do início e fim da coleta de assinaturas.
Uma vez confirmadas as assinaturas, o pedido de CPI entra em uma fila. A investigação deve esbarrar no recesso parlamentar, a partir de 22 de dezembro. Os trabalhos só devem ser retomados em fevereiro, já com um novo presidente.
Leia mais no site do UOL, de onde a notícia foi retirada.
segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
Dez anos depois
Dez anos depois, finalmente, teremos os times Bahia e Vitória, que somados ao Náutico, representarão o Nordeste na primeira divisão do brasileirão.
Lamento a queda do Sport. Seria mais um nordestino para brigar pelo equilíbrio no torneio, que sempre tem times do sul e sudeste chegando no topo da tabela, sem falar que seriam mais seis pontos garantidos para o Vitória que, somados aos seis contra o Bahia, já entraria com 12 pontos certos na tabela.
Gozação à parte, o que fica mesmo como ponto de reflexão é a saudável, mas excessiva, na minha visão, comemoração dos torcedores baianos, do Bahia e do Vitória, em relação aos pífios resultados das duas agremiações no decorrer do torneio.
O Vitória, depois de um excelente primeiro turno, caiu vertiginosamente de produção. Ficou mais uma vez sem condições de sustentar a liderança que manteve por mais de onze rodadas e por pouco, não fica em quinto colocado, perdendo o acesso. Subiu, é verdade, mas subiu com as calças na mão.
Já o Bahia, depois de um péssimo primeiro turno, conseguiu importantes vitórias no segundo, alegrando a sua imensa torcida e dando esperanças de, quem sabe, a participação em uma sul-americana. No entanto, após algumas rodadas, começou a cair, se sustentando, inclusive, nos pobres resultados dos times que estavam abaixo dele na tabela. Assim como o Vitória, deu muita sorte em algumas rodadas, se mantendo na elite do futebol brasileiro.
Os torcedores de ambos os times, precisam parar de comemorar a permanência na primeira e o acesso como se título fosse. Comemorar é bom, saudável e pertinente, mas é preciso pensar em formas de comemoração que não perca de vista, a melhoria do clube e a luta pela distribuição equitativa do dinheiro que vem da CBF. Só igualando um pouco mais as verbas, poderemos ter e manter um time competitivo do início ao fim, coisa fundamental para um campeonato tão longo como o nosso brasileirão.
Que em 2013, as direções do Bahia e do Vitória tenham mais respeito com seus torcedores e parem de brincar com coisas tão caras, tal como o amor e as emoções dos seus respectivos torcedores
Lamento a queda do Sport. Seria mais um nordestino para brigar pelo equilíbrio no torneio, que sempre tem times do sul e sudeste chegando no topo da tabela, sem falar que seriam mais seis pontos garantidos para o Vitória que, somados aos seis contra o Bahia, já entraria com 12 pontos certos na tabela.
Gozação à parte, o que fica mesmo como ponto de reflexão é a saudável, mas excessiva, na minha visão, comemoração dos torcedores baianos, do Bahia e do Vitória, em relação aos pífios resultados das duas agremiações no decorrer do torneio.
O Vitória, depois de um excelente primeiro turno, caiu vertiginosamente de produção. Ficou mais uma vez sem condições de sustentar a liderança que manteve por mais de onze rodadas e por pouco, não fica em quinto colocado, perdendo o acesso. Subiu, é verdade, mas subiu com as calças na mão.
Já o Bahia, depois de um péssimo primeiro turno, conseguiu importantes vitórias no segundo, alegrando a sua imensa torcida e dando esperanças de, quem sabe, a participação em uma sul-americana. No entanto, após algumas rodadas, começou a cair, se sustentando, inclusive, nos pobres resultados dos times que estavam abaixo dele na tabela. Assim como o Vitória, deu muita sorte em algumas rodadas, se mantendo na elite do futebol brasileiro.
Os torcedores de ambos os times, precisam parar de comemorar a permanência na primeira e o acesso como se título fosse. Comemorar é bom, saudável e pertinente, mas é preciso pensar em formas de comemoração que não perca de vista, a melhoria do clube e a luta pela distribuição equitativa do dinheiro que vem da CBF. Só igualando um pouco mais as verbas, poderemos ter e manter um time competitivo do início ao fim, coisa fundamental para um campeonato tão longo como o nosso brasileirão.
Que em 2013, as direções do Bahia e do Vitória tenham mais respeito com seus torcedores e parem de brincar com coisas tão caras, tal como o amor e as emoções dos seus respectivos torcedores
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