Na qualidade de torcedor do Esporte Clube Vitória, estava evitando entrar no assunto que recentemente alimentou bastante a mídia esportiva baiana em relação ao Esporte Clube Bahia: o tal do "jabá".
Não se trata de nenhuma matéria exigindo doações de ingredientes visando enriquecer feijoada para evento esportivo beneficente, tão comum hoje em dia. No dicionário informal, o antônimo do mesmo é "honestidade". Logo, quem pratica o tal do Jabá está realizando um ato ilícito.
Foi isso que praticou a diretoria do "sardinha" durante os anos de 2006 e 2013. Pagando passagens, almoços, hospedagens de profissionais da imprensa (até agora 21 foram listados) e também de terceiros.
O que causa espécie em todo o caso, além do fato em si é a postura desta mesma imprensa. Muitos profissionais agem como se o "jabá" fosse a maior novidade do mundo esportivo. Não é.
De forma cínica, ficam vociferando contra o que agora consideram um absurdo a macular o futebol e arranhar o fair play. Sabedores dessas antigas ações que só quem está nos bastidores pode denunciar, deveriam há tempo, terem levantado suas vozes. Microfones tinham em abundância.
Mas não fizeram. Talvez pela esperança de um dia, quem sabe, participar da farra.
Sugiro, como redenção, que a imprensa passe a enaltecer o Bahia (desta vez de forma gratuita, sem propinas), pois a veiculação da lista faz parte da política de transparência que o clube pretende adotar com a nova diretoria e realize uma campanha para que todas as agremiações sigam o mesmo passo.
A palavra de ordem já tenho: Transparência, já! Fora o Jabá!!!
Aos meus amigos tricolores, sugiro uma farra regada a sardinha com jabá. Até o presente momento, a mesma segue indigesta para alguns jornalistas mas, penso que vale muito saborear.