"Não importa o quão estreito seja o portão e quão repleta de castigos seja a sentença, eu sou o dono do meu destino, eu sou o capitão da minha alma". Essas palavras, escritas no ano de 1875 pelo poeta britânico William Ernest Henley, animaram o então prisioneiro e ex-presidente da África do Sul (1994-1999), Nelson Mandela, o tempo todo em que o mesmo permaneceu preso injustamente em Robben Island (agosto de 1962 até fevereiro de 1990), realizando trabalhos forçados.
Essa também é a frase mencionada ao menos umas duas vezes no filme Invictus, que estreiou na sexta-feira (29/01) nas salas de cinema aqui em Salvador. Não tenho dúvidas de que este filme será mais um que deverá compor a filmoteca de todos professores de educação física (ou não) que costumam utilizar a linguagem cinematográfica como um recurso a mais de abordagem dos conteúdos da cultura corporal.
O filme, um longa metragem de estilo dramático, é dirigido por Clint Eastwood, que também já nos proporcionou no belíssimo filme "Menina de Ouro", lançado em 2004, oportunidades de pedagogização do conteúdo Lutas nas aulas de educação física.
No filme Invictus, um outro ator, que trabalhou no filme Menina de Ouro, também aparece. Trata-se de Morgan Freeman, interpretando nada mais, nada menos do que o presidente da África do Sul, Nelson Mandela. Aliás, para quem não sabe, foi o próprio Mandela que o escolheu para o representá-lo no filme que aborda, entre tantas outras coisas, o esporte como um instrumento contra o apartheid. Nas palavras do jornalista João Carlos Sampaio: (A TARDE, Caderno 2, 29/01/2010, p. 1)"Inteligente, Mandela/Freeman - já como presidente da África do Sul (...) vai usar o esporte como instrumento para unir brancos e negros, após a extinção oficial do regime separatista, o apartheid".
Em tempos de segregações veladas, atos racistas escamoteados, inclusive no campo esportivo (para quem tem dúvidas, veja a relação aqui) o filme é uma mão na roda para abordar esse espectro que ainda assombra a humanidade em diferentes lugares e de diversas formas no mundo inteiro. Para os professores de educação física, em particular, que compreende o esporte para além das fronteiras técnicas, táticas e de rendimento em busca de pódiuns, medalhas e troféus é um filme, dentre tantos outros (recomendo também Coach Carter - Treino para a vida), que nos ajudam a discuti, a pedagogizar os elementos da cultura corporal no interior da escola e fora dela.
Em tempos de apologia á Copa do Mundo, de ufanismo gratuito pelas Olimpíadas em 2016, no Rio de Janeiro, o filme Invictus é um antídoto para a mesmice que sai das mentes e bocas dos eternos dirigentes esportivos brasileiros, que ao contrário do Mandela, só enxergam no esporte valores monetários, rendimentos financeiros.
Refletir sobre o esporte para além das configurações táticas e técnicas que lhes são próprias e tendo o mesmo como expressão singular para pensarmos fenômenos mais gerais da sociedade, eis o objetivo do blog.
domingo, 31 de janeiro de 2010
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
Sobre Haiti e futebol
O Haiti está na moda. Ou melhor, na mídia. Nunca na sua história este país esteve tão exposto aos holofotes midiáticos. Tudo isso em função da catástrofe em que o mesmo foi atingido no dia 12 de janeiro último, matando mais de 200 mil pessoas, segundo estimativas das autoridades haitianas.
Catástrofe parece ser o segundo nome deste pais politicamente frágil. Em 2008, como sabemos ou já tinhamos esquecido, o mesmo foi abatido por quatro tempestades que mataram 800 pessoas e deixaram mais de um milhão desabrigadas.
Até agora, segundo fontes oficiais, além dos mortos, foram contabilizados 194 mil feridos e um milhão de desabrigados.
Fora essas duas catástrofes, as únicas vezes em que obtive informações sobre o Haiti via televisão foi na visita da seleção brasileira em agosto de 2004 no amistoso internacional da paz e do envio de militares também brasileiros como força da paz. Depois disso, só mesmo um terromoto arrasador poderia fazer com que o mundo se voltasse para este país sofrido, de pobreza extrema e com uma dívida externa de 640 milhões de dólares.
Este país, que demonstrou quando da visita da seleção brasileira um amor extremo ao esporte mais popular do mundo, o futebol, também chora a morte dos seus atletas e membros das federações esportivas do país. Mais de 30 foram mortos na catástrofe até agora.
O futebol pela paz, diante da conjuntura, agora é o futebol contra a pobreza e a favor da reconstrução do Haiti. Kaká, Zidane, Rivaldo entre outros, que juntos devem ganhar salários maiores do que a dívida haitiana, se reúnem em jogo amistoso organizado pelas Nações Unidas, em Portugal.
Bem que este amistoso pró-Haiti poderia ser jogado, assim como o jogo da paz, no estádio de Porto Príncipe. Mas no gramado do mesmo o que se vê são centenas de lonas que abrigam alguns sobreviventes da tragédia.
É o jogo da vida que lá é jogado. Saudade, tristeza, dor, desolação, mas, sobretudo, otimismo, esperança e luta são os titulares. O povo haitiano, talvez mais do que qualquer povo nas américas, sabem jogar esse jogo.
Se contra a seleção brasileira, a seleção do Haiti perdeu de seis a zero, neste jogo da vida, ao contrário, ela ganhará de goleada sobre todos àqueles que quiserem subestimar as suas forças, incluindo as catástrofes naturais.
Catástrofe parece ser o segundo nome deste pais politicamente frágil. Em 2008, como sabemos ou já tinhamos esquecido, o mesmo foi abatido por quatro tempestades que mataram 800 pessoas e deixaram mais de um milhão desabrigadas.
Até agora, segundo fontes oficiais, além dos mortos, foram contabilizados 194 mil feridos e um milhão de desabrigados.
Fora essas duas catástrofes, as únicas vezes em que obtive informações sobre o Haiti via televisão foi na visita da seleção brasileira em agosto de 2004 no amistoso internacional da paz e do envio de militares também brasileiros como força da paz. Depois disso, só mesmo um terromoto arrasador poderia fazer com que o mundo se voltasse para este país sofrido, de pobreza extrema e com uma dívida externa de 640 milhões de dólares.
Este país, que demonstrou quando da visita da seleção brasileira um amor extremo ao esporte mais popular do mundo, o futebol, também chora a morte dos seus atletas e membros das federações esportivas do país. Mais de 30 foram mortos na catástrofe até agora.
O futebol pela paz, diante da conjuntura, agora é o futebol contra a pobreza e a favor da reconstrução do Haiti. Kaká, Zidane, Rivaldo entre outros, que juntos devem ganhar salários maiores do que a dívida haitiana, se reúnem em jogo amistoso organizado pelas Nações Unidas, em Portugal.
Bem que este amistoso pró-Haiti poderia ser jogado, assim como o jogo da paz, no estádio de Porto Príncipe. Mas no gramado do mesmo o que se vê são centenas de lonas que abrigam alguns sobreviventes da tragédia.
É o jogo da vida que lá é jogado. Saudade, tristeza, dor, desolação, mas, sobretudo, otimismo, esperança e luta são os titulares. O povo haitiano, talvez mais do que qualquer povo nas américas, sabem jogar esse jogo.
Se contra a seleção brasileira, a seleção do Haiti perdeu de seis a zero, neste jogo da vida, ao contrário, ela ganhará de goleada sobre todos àqueles que quiserem subestimar as suas forças, incluindo as catástrofes naturais.
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
Alien: o retorno
- E aí, quais foram os resulados dos jogos do campeonato baiano desta primeira rodada?
- O Bahia jogou cinco no colo do colo-colo, o Vitória, um magro dois a um no Camaçari jogando na sua casa de veraneio em Pituaçu.
- Você viu o Corinthians? Empatou com um tal de Monte Azul. Time paulisa é foda, não tá nem aí pra time grande, jogam pra pirão.
- O São Paulo perdeu.
- Mas São Paulo, você sabe, começa como quem não quer nada e no final, pimba! Abocanha a taça.
- Mas este ano ele não vai ser campeão não. Pelo menos em nenhuma das previsões dos videntes pra 2010 deu São Paulo.
- Muricy precisa de um meia-esquerda.
- Edinho chega amanhã.
- Você viu o penalty em Ramon? Que é aquilo, na cara do juiz. O Vitória não dá sorte mesmo com arbitragem, seja local ou nacional.
- Lá vem você. Quer dizer que o problema do placar foi a arbitragem?
- Ganharíamos de qualquer forma, mas poderia ser com o placar mais elástico.
- Só se você chamar o Rivelino. Inclusive tá na moda agora os veinhos jogarem bola, viu lá o Petkovic?
- Bolão. O Flamengo foi campeão por causa dele. E olha que ele começou o campeonato no banco de reservas.
- Falando nisso, você todo empogado com os cinco do Bahia no Colo-colo, mas você sabia que eles jogaram com menos oito titulares?
- E daí, brodi, o que vale são os três pontos.
- Que também se consegue ganhando de dois a um. Ou não?
- Tô ligado.
- Já é.
- Fui...
- Fui...
domingo, 10 de janeiro de 2010
Mobilidade Urbana
A Copa do Mundo de Futebol, por ser um mega-evento esportivo que mobiliza bilhões de pessoas no mundo inteiro e centenas de milhares de setores empresariais e da sociedade civil, potencializa a reflexão sobre diversos fenômenos que não são, necessariamente, intrínseco ao evento em si, mas que acaba agregando um certo valor ao mesmo tornando-se, inclusive, um ponto importante que influencia a escolha de determinadas sedes do evento. Um desses fenômenos diz respeito a questão da mobilidade urbana.
Este tema foi muito caro para os paulistanos no mês de dezembro último, quando o prefeito da cidade, Gilberto Kassab (DEM), anunciou que aumentaria o valor do transporte público em 2010, tendo cumprido esta promessa logo no dia 04 de janeiro. O aumento foi da ordem de 17,4%, superior a inflação acumulada do período (novembro 2006/novembro 2009) que foi de 15,9%, segundo o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).
Este fato nos permite abrir um debate justamente sobre uma das questões colocadas como importantes para a definição de um grande centro como guardião de mega-evento como o da Copa do Mundo que é, como já dissemos, o da mobilidade urbana, pois a majoração do valor do transporte público afeta, fundamentalmente, o direito de ir e vir do cidadão, seja para os estádio onde ocorrerão os jogos seja para outros fins.
Nesse caso, a questão do valor da passagem de ônibus tem muito a ver com os direitos de ir e vir do cidadão do que, necessariamente, de viabilização de uma ou outra competição esportiva, como pode parecer, já que esta questão vem sendo relacionada à viabilidade ou não de determinadas cidades se manterem como sede dos jogos.
A questão da mobilidade urbana é tão importante hoje que existe até uma secretaria no interior do Ministério das Cidades, intitulada Secretaria Nacional de Transporte e da Mobilidade Urbana, que tem como diretrizes os seguintes ítens: 1)Promover a cidadania e a inclusão social por meio da universalização do acesso aos serviços públicos de transporte coletivo e do aumento da mobilidade urbana; 2)Promover o aperfeiçoamento institucional, regulatório e da gestão no setor; e 3)Coordenar ações para a integração das políticas da mobilidade e destas com as demais políticas de desenvolvimento urbano e de proteção ao meio ambiente.
A majoração dos preços das passagens dos transportes públicos restringe, ainda mais, a utilização do mesmo para àqueles que mais precisam, tornando-se, portanto, o termo público colado ao termo transporte uma incongruência. Segundo Tertschitsch, falando ao site Brasil de Fato, “A distinção entre o que é público e privado reside no fato de que público é aquilo que não tem restrições ao uso. No caso, o transporte coletivo passa a ser privado no momento em que seu uso é mediado pela tarifa”.
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), em 2006, revelou que cerca de 37 milhões de brasileiros não podiam pagar pelas tarifas do transporte público, se locomovendo a pé para os seus destinos (casa, trabalho, posto médico, etc), fato que pode ser agravado se tomarmos como referência o crescimento da população urbana, o aumento do transporte privado nas cidades e o modelo atual de transporte “público”.
Um elemento fundamental a ser pensado e que não é levado em consideração pelos empresários do setor e gestores públicos é o que nos diz Tertschitsch, militante do Movimento Passe Livre. Segundo ele, “a cobrança de tarifa no transporte coletivo acaba excluindo a população mais carente dos outros serviços básicos, pelo fato de que o transporte é um direito que dá acesso a outros direitos”.
No mundo inteiro, 20 cidades trabalham com a política de tarifa zero o que não significa dizer que esta é uma forma de sistema de transporte público inviável. Ao contrário, penso que esta seja a única a contemplar o verdadeiro sentido e significado da palavra público e oportunizar de fato e de direito a condição de ir e vir do cidadão.
Pensar em mobilidade urbana apenas quando se pensa em eventos esportivos grandiosos é limitar por demais a importância das pessoas se moverem nas suas cidades para o atendimento dos seus diferentes interesses.
*********************************************************************************
Acesse o Brasil de Fato e fique por dentro de outros elementos relacionados ao tema. A matéria do link foi inspiradora para esta postagem e utilizamos alguns dados trazidos pela mesma.
Este tema foi muito caro para os paulistanos no mês de dezembro último, quando o prefeito da cidade, Gilberto Kassab (DEM), anunciou que aumentaria o valor do transporte público em 2010, tendo cumprido esta promessa logo no dia 04 de janeiro. O aumento foi da ordem de 17,4%, superior a inflação acumulada do período (novembro 2006/novembro 2009) que foi de 15,9%, segundo o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).
Este fato nos permite abrir um debate justamente sobre uma das questões colocadas como importantes para a definição de um grande centro como guardião de mega-evento como o da Copa do Mundo que é, como já dissemos, o da mobilidade urbana, pois a majoração do valor do transporte público afeta, fundamentalmente, o direito de ir e vir do cidadão, seja para os estádio onde ocorrerão os jogos seja para outros fins.
Nesse caso, a questão do valor da passagem de ônibus tem muito a ver com os direitos de ir e vir do cidadão do que, necessariamente, de viabilização de uma ou outra competição esportiva, como pode parecer, já que esta questão vem sendo relacionada à viabilidade ou não de determinadas cidades se manterem como sede dos jogos.
A questão da mobilidade urbana é tão importante hoje que existe até uma secretaria no interior do Ministério das Cidades, intitulada Secretaria Nacional de Transporte e da Mobilidade Urbana, que tem como diretrizes os seguintes ítens: 1)Promover a cidadania e a inclusão social por meio da universalização do acesso aos serviços públicos de transporte coletivo e do aumento da mobilidade urbana; 2)Promover o aperfeiçoamento institucional, regulatório e da gestão no setor; e 3)Coordenar ações para a integração das políticas da mobilidade e destas com as demais políticas de desenvolvimento urbano e de proteção ao meio ambiente.
A majoração dos preços das passagens dos transportes públicos restringe, ainda mais, a utilização do mesmo para àqueles que mais precisam, tornando-se, portanto, o termo público colado ao termo transporte uma incongruência. Segundo Tertschitsch, falando ao site Brasil de Fato, “A distinção entre o que é público e privado reside no fato de que público é aquilo que não tem restrições ao uso. No caso, o transporte coletivo passa a ser privado no momento em que seu uso é mediado pela tarifa”.
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), em 2006, revelou que cerca de 37 milhões de brasileiros não podiam pagar pelas tarifas do transporte público, se locomovendo a pé para os seus destinos (casa, trabalho, posto médico, etc), fato que pode ser agravado se tomarmos como referência o crescimento da população urbana, o aumento do transporte privado nas cidades e o modelo atual de transporte “público”.
Um elemento fundamental a ser pensado e que não é levado em consideração pelos empresários do setor e gestores públicos é o que nos diz Tertschitsch, militante do Movimento Passe Livre. Segundo ele, “a cobrança de tarifa no transporte coletivo acaba excluindo a população mais carente dos outros serviços básicos, pelo fato de que o transporte é um direito que dá acesso a outros direitos”.
No mundo inteiro, 20 cidades trabalham com a política de tarifa zero o que não significa dizer que esta é uma forma de sistema de transporte público inviável. Ao contrário, penso que esta seja a única a contemplar o verdadeiro sentido e significado da palavra público e oportunizar de fato e de direito a condição de ir e vir do cidadão.
Pensar em mobilidade urbana apenas quando se pensa em eventos esportivos grandiosos é limitar por demais a importância das pessoas se moverem nas suas cidades para o atendimento dos seus diferentes interesses.
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domingo, 3 de janeiro de 2010
O melhor futebol da terra
2010. O ano que vai revelar o continente africano para o mundo. Do dia 11 de junho ao dia 11 de julho, 30 bilhões de olhos em audiência acumulada estarão fixados nas televisões do mundo inteiro para assistirem aos jogos da Copa do Mundo de futebol.
Até lá, muito se falará da África do Sul. De suas belezas e da sua pobreza. O futebol será o mote para muitas e diferentes matérias sobre a África e os africanos, sobre a possibilidade ou não dos mesmos sagrarem-se campeões do mundo.
Mas enquanto esse título não chega, a África vai conquistando outros. Poucos nobres, é verdade, como o título de possuir o pior país da terra: a Somália que segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 40% de sua população necessita de ajuda humanitária para ter o que comer.
Ainda segundo a ONU, uma em cada cinco crianças sofre de desnutrição grave e um terço de sua população, aproximadamente um milhão e meio de pessoas, sobrevivem em acampamentos improvisados.
Muitos outros países do continente africano sofrem com esses e outros problemas. As questões de mortalidade infantil, desnutrição generalizada, corrupção, educação e saúde precárias não são questões exclusivas da Somália. Serra Leoa, Nigéria, Ruanda, Zimbábue, Guiné entre outros são países que sofrem em menor ou maior grau de um conjunto desses problemas.
É nesse continente, que nos alegra pelos gramados do mundo através da elegância, genialidade e estética de jogadores como Samuel Eto´o, Emmanuel Adebayor, Michael Essien, Didier Drogba, Kolo Touré e seu irmão Yya Touré entre muitos outros, que a Copa do Mundo de 2010 se realizará.
Eis a oportunidade para a África e os africanos celebrarem, mesmo que efêmeramente, um título honroso para o seu continente: o de melhor futebol da terra!!!
Até lá, muito se falará da África do Sul. De suas belezas e da sua pobreza. O futebol será o mote para muitas e diferentes matérias sobre a África e os africanos, sobre a possibilidade ou não dos mesmos sagrarem-se campeões do mundo.
Mas enquanto esse título não chega, a África vai conquistando outros. Poucos nobres, é verdade, como o título de possuir o pior país da terra: a Somália que segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 40% de sua população necessita de ajuda humanitária para ter o que comer.
Ainda segundo a ONU, uma em cada cinco crianças sofre de desnutrição grave e um terço de sua população, aproximadamente um milhão e meio de pessoas, sobrevivem em acampamentos improvisados.
Muitos outros países do continente africano sofrem com esses e outros problemas. As questões de mortalidade infantil, desnutrição generalizada, corrupção, educação e saúde precárias não são questões exclusivas da Somália. Serra Leoa, Nigéria, Ruanda, Zimbábue, Guiné entre outros são países que sofrem em menor ou maior grau de um conjunto desses problemas.
É nesse continente, que nos alegra pelos gramados do mundo através da elegância, genialidade e estética de jogadores como Samuel Eto´o, Emmanuel Adebayor, Michael Essien, Didier Drogba, Kolo Touré e seu irmão Yya Touré entre muitos outros, que a Copa do Mundo de 2010 se realizará.
Eis a oportunidade para a África e os africanos celebrarem, mesmo que efêmeramente, um título honroso para o seu continente: o de melhor futebol da terra!!!
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