sábado, 31 de dezembro de 2011

Brilho intenso em 2012

Final de ano é sempre a mesma coisa. Mensagens de otimismo, desejos de felicidades compartilhados, esperanças se renovando e a impressão de que fatiando o tempo em ano, meses, semanas e dias, resolvemos os problemas, nossos e dos outros. Aí vem o Ano Novo, essa fantástica invenção que possibilita nos reinventarmos para nos tornarmos universalmente os mesmos. Com ele as festas de largo (principalmente para quem é soteropoliltano), depois o carnaval. Já estamos em cinzas, estas serão reaproveitadas nas fogueiras do são joão, em alguns lugares festa para santo antônio, são josé. São pedro fecha o ciclo dos santos festeiros, casamenteiros, da fartura do milho entre outras crenças. Ora de contabilizar os queimados. Mas antes disso temos o 1º de maio que tem sido menos combativo e mais festivo nos últimos anos. Temos também o CORPUS CHRISTI. Ora de se vender, literalmente, o PEIXE, a mercadoria da vez, muito embora as churrascarias fiquem lotadas. Êpa, me desculpem os COELHOS, quase os esqueço. Os mesmos aparecem na PÁSCOA e pasmem...botam ovos, saborosos ovos de chocolate de todo tipo. Temos também nesse conjunto, os feriados, digamos, cívicos e religiosos. Mas como bons baianos, profanamos o templo. Lavamos e enxaguamos as escadarias e a alma. Lembramos dos mortos em novembro, logo no seu início para que em dezembro, depois de sermos alertados sobre a efemeridade da vida, voltemos a celebrá-la, pois final de ano é sempre a mesma coisa. Mensagens de otimismo, desejos de felicidades compartilhados, esperanças se renovando e a impressão de que fatiando o tempo em ano, meses, semanas e dias, resolvemos os problemas, nossos e dos outros. Que assim seja. Um excelente 2012 para todos. Que os nossos sonhos não sejam sonhados apenas para nós. Como nos ensina o poeta, nascemos para brilhar, brilhemos, então, intensamente.

sábado, 24 de dezembro de 2011

E o beneficiado é ele

Dia 22 de dezembro aqui, nesse blog, reproduzimos uma lista onde constava os nomes dos dez jogadores de futebol mais bem pagos do mundo.

Nesta, despontava em nono lugar o jogador brasileiro mais famoso da atualidade, Neymar, com um salário anual de R$ 36 milhões de reais, 3 milhões por mês.

Na última quinta-feira, eis que o mesmo engordou a sua conta bancária em módicos R$ 200 mil. Este foi o cachê recebido pelo jogador para participar de um evento beneficente.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

O socialismo venceu!

Segundo a Wikipédia, o socialismo é um sistema em que há um forte planejamento central, o fim da diferenciação de classes e a propriedade coletiva dos meios de produção. Além disso, Marx dizia que, no socialismo, os homens poderiam trabalhar um dia como pescadores, no outro como pintores e depois como cozinheiros. O trabalho não seria apenas o modo de ganhar a vida, mas seria a própria vida.

O socialismo ficou identificado como uma ideologia que pretendia diminuir o sofrimento de nossa existência, que queria acabar com a pobreza extrema, que achava que os homens deviam ter chances iguais. Essa ideia deu origem a organizações de trabalhadores, partidos políticos e guerras. Dominou boa parte do mundo e depois sumiu de boa parte dele.

Nunca foi o que se esperava, por conta de seus adversários e de seus próprios homens. Em Cuba precisa de reformas e na China houve tantas reformas que há quem diga se transformou num capitalismo de estado.

Porém, neste domingo, felizmente e infelizmente, o socialismo venceu.

Não, não houve uma nova revolução que não saiu nos jornais. Nem um novo PC ganhou alguma eleição. O socialismo de que falo é um socialismo ludopédico, o socialismo do Barcelona. Um socialismo com uma pitada de anarquismo.

E nem me venham dizer que é exagero. Vejam bem, o time tem um planejamento central forte, feito por Pep Guardiola, que conhece bem seus recursos naturais e os utiliza de forma racional para o bem comum. Há também uma certa abolição de classes. Não há mais uma separação nítida entre zagueiros, meio campistas e atacantes. Principalmente entre estes dois últimos. Messi pode ser visto na ponta direita e zanzando como volante, Fábregas é um meio-campista mas aparece para finalizar, Dani Alves é um lateral que mais parece um ponta. Assim sindo, obviamente temos a propriedade coletiva dos meios de produção do gol, pois todos podem, e devem, atacar.

Quanto à pitada de anarquismo, vem da mobilidade decidida pelos próprios jogadores dentro de campo. Não é “cada um faz o que quer”, como se pensa erradamente sobre o anarquismo, mas um conjunto orgânico, que funciona como um ser vivo, com cada indivíduo se comportando como a célula de um grande organismo.

Muitos cronistas esportivos, imitando Francis Fukuyama, diziam que a história do futebol tinha acabado. Que a divisão de classes entre homens de ataque e de defesa era definitiva, com algumas exceções que confirmavam a regra. Mas não. De Barcelona, cidade que esteve ao lado da república na Guerra Civil Espanhola e flertou com o anarquismo, veio uma mudança radical.

Hoje o Barcelona é o “fantasma que assombra a Europa”, como começa o Manifesto Comunista falando do socialismo. E não assombra só a Europa, mas o mundo inteiro.

Se eu não fosse santista, teria me sentido um privilegiado por ter visto ao vivo esta vitória do Barcelona. Como sou, para mim foi um espetáculo cruel e sangrento, com o time grená mostrando o cálculo frio de um vilão de história em quadrinhos e um sadismo de nazista de filme americano.

Mas tudo bem. Passada a dor profunda, sei que vou poder assistir a jogos do time catalão com prazer. Certamente nunca verei o replay deste jogo contra o Santos, mas doravante assistirei a todos outros jogos desta utopia que vai mudar o futebol, porque os outros times terão que imitá-lo de alguma forma, do mesmo modo que o socialismo acabou sendo responsável pela socialdemocracia dos países nórdicos.

Boleiros do mundo, uni-vos. Uni-vos ao belo futebol do Barcelona. Vós não tendes nada a perder, pois o futebol no resto do mundo, inclusive nestas nossas bandas, anda feio e sem arte.

Por José Roberto Torero do site Carta Maior

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Os dez mais

Segue abaixo a lista dos dez maiores salários do mundo do futebol

1º Lugar é o jogador do Barcelona Lionel Messi, o jogador recebe R$ 74 milhões de reais por ano, R$ 6,166 milhões de reais por mês.

2º Lugar é o jogador Cristiano Ronaldo do Real Madrid, o jogador recebe R$ 66 milhões de reais por ano, R$ 5,500 milhões de reais por mês.

3º Lugar é o jogador Wayne Rooney do Manchester United, o jogador recebe R$ 50 milhões de reais por ano, R$ 4,166 milhões de reais por mês.

4º Lugar vem o jogador Samuel Etoò do Anzhi, o jogador recebe R$ 48 milhões de reais por ano, R$ 4 milhões por mês.

5º Lugar é o jogador do Real Madrid Kaká, o jogador recebe R$ 46 milhões de reais por ano, R$ 3,833 milhões de reais por mês.

6º Lugar é o jogador David Beckham do Los Angeles Galax, o jogador recebe R$ 45 milhões de reais por ano, R$ 3,750 milhões de reais por mês.

7º Lugar é o jogador Ronaldinho Gaucho do Flamengo, o jogador recebe R$ 44 milhões de reais por ano, R$ 3,666 milhões de reais por mês.

8º Lugar é o polêmico Carlos Tevez do Manchester City, o jogador recebe R$ 37 milhões de reais por ano, R$ 3,083 milhões de reais por mês.

9º Lugar é o jogador do Santos Neymar , o jogador vai receber R$ 36 milhões de reais por ano, 3 milhões por mês.

10º Lugar é o jogador Frank Lampard do Chelsea, ele recebe R$ 34 milhões de reais por ano, R$ 2,833 milhões de reais por mês.

Diante desta lista, que foi retirada do Blog do Rivelino, meus assustados botões perguntam: quantas empresas no mundo tem no seu faturamento anual o correspondente ao salário destes jogadores, individualmente? Quantos países produzem em termo de PIB, o correspondente aos dez salários somados? Juntos, estes jogadores poderiam salvar o Euro?

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Estádio ou escola?

O lutador de MMA, Chael Sonnen, atleta do Palmeiras, que gosta de alfinetar os seus adversários com frases de efeito antes de suas lutas, saiu com um bom golpe no seu Twitter contra o Anderson Silva, atleta do Corinthians.

Chael anunciou que "gostaria de ver (...) construírem escolas, não estádio para o Corinthians. Se eles vão construir estádio, vou derrubar Anderson lá”.

A luta está prevista para ocorrer em maio do próximo ano e não será no Itaquerão. Segundo o site "Máquina do Esporte", a contenda será mesmo no Morumbi, estádio do São Paulo.

sábado, 17 de dezembro de 2011

FGTS e a Copa

Dilma Roussef em um ato de lucidez vetou mais uma manobra dos empresários do esporte nacional que vem se utilizando do chamado fundo público para tocar os seus projetos.

Como se já não bastassem as linhas de créditos que estão disponíveis via BNDES, eles queriam utilizar o recurso do Fundo de Garantia do Tempo de Serviços (FGTS) nos empreendimentos relacionados à Copa do Mundo e às Olimpíadas.

A sugestão do veto veio dos Ministérios da Fazenda e do Planejamento.

domingo, 11 de dezembro de 2011

MMA: para pensar e abrir o diálogo

Escrito pelo professor Elson Moura (Univ. Estadual de Feira de Santana)

Assim como todo lutador que tem acesso aos canais de luta, me preparei ontem para assistir o UFC 140, com a participação de 3 Brasileiros. Aliás; eu e uma centena de pessoas que hoje se organizam em bares outrora reservados para os jogos de futebol (preferi assistir em casa).

É difícil para um faixa preta de Karate ficar indiferente a estes eventos. É, também, difícil para um estudioso da Cultura Corporal, neste momento, estudando sua mercadorização, ficar indiferente ao que ontem aconteceu. Aproveito para abrir um diálogo fraterno com os que de um lado criticam, de outro – às vezes de forma romantizada- idolatram.

A forma como os dois Brasileiros (Rodrigo Minotauro e Lyoto Machia) terminaram suas lutas, merece, no mínimo, uma observação. O primeiro teve simplesmente uma fratura transversa no úmero por não ter desistido (os famosos 3 tapinhas) depois de um golpe encaixado (Kimura, se não me engano). O segundo apagou frente nossos olhos por, também, não ter desistido após um estrangulamento encaixado (Confiram a “assustadora” foto clicando aqui.

Já vi e tive algumas contusões: cortes e torções. Isso não quer dizer que veja isso como algo natural. Aliás, a época até era; dizia: “é o karate entrando”. Hoje, penso diferente. Não penso ser possível minimizar os impactos destas situações pelo simples fato de serem atletas preparados, saberem o que estão fazendo e terem aparato médico para socorrer; o que de fato, ontem, aconteceu.

Buscarei referência no próprio esporte. Aliás, quando a luta “abre o precedente” para ser esportivizada – que encontra no MMA sua máxima expressão- abre precedente, também, para tudo que este carrega.
O que para mim é notório – e teve ontem sua expressão- é o processo de alienação; neste caso, traduzindo como estranhamento.

O esporte que deveria me servir, onde deveria me reconhecer enquanto produtor e consumidor (consumo no ato de produção) passa a se estranhar de mim; passo a praticá-lo para atender a outros fins que não os diretamente ligados à minha satisfação. Passo a ter que valorizar uma marca, um clube, uma seleção, uma Confederação... uma mercadoria, às vezes minha própria força de trabalho enquanto mercadoria.

Isso trás consequências! Ou alguém acha normal um jogador se aposentar com 35 anos? Ter sua carreira interrompida por uma contusão? Jogar sem as melhores condições: o famoso “foi para o sacrifício”? Jogar com “infiltração”? Ver a menina Jadi, que nem a puberdade alcançou direito, já correr risco de aposentadoria? Estas até podem ser questões corriqueiras no esporte; jamais devem ser tidas como naturais!

Pois sim, este estranhamento invadiu a luta esportivizada: o MMA. O que existe por trás de um lutador que, convencido que o golpe está “encaixado” (gíria que significa que o golpe está eficiente), ainda assim não desiste?

Risco: os românticos dirão que são os princípios do guerreiro, melhor, do Samurai. Olá! O Bushidô, código, não escrito, de honra (Gi -justiça, Yu -coragem, Hei -cortesia, Jin - compaixão, Makoto - sinceridade, Meiyô -honra, Chugi - lealdade) esteve à serviço da luta de classes no Japão feudal (período conhecido como Shogunato).

O que estava, HEGEMONICAMENTE, em jogo ontem quando Minotauro e Machida não desistiram da luta? Qual império estava em jogo? Qual família? Qual clã? Os Samurais de outrora tinham um objetivo. Qual o objetivo dos de hoje?

Longe de anular – e os românticos gritarão!- os elementos constitutivos da ditas artes marciais, estas não estão à parte da universalização das relações mercantis. Ali, hegemonicamente, o que estava em jogo é o processo de valorização da mercadoria força de trabalho do lutador. Ao valorizar esta, valoriza uma centena de outras mercadorias incorporadas. Ou valoriza ou é demitido. “Valorizar”, entenda: ser agressivo e resistir até o fim!

Isto, também, trás características nas lutas esportivizadas e para os lutadores/atletas. Não naturalizemos o fato de ter um atleta estatelado, ainda assustado com o “estalo” no braço, enquanto outros comemoravam, davam entrevistas, assistiam o replay, ouviam os gritos de dor da torcida a cada vez que repetia a cena no telão... Acreditem, ao “ver” o estalo do braço, doeu aqui.

Longe de querer concluir sobre o assunto – como, aliás, alguns fazem- coloco mais este elemento, a alienação, para o debate.
Sigamos... OSS!!!

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Luto na capoeira

"Morre" João Pequeno, o mestre maior da capoeira nacional e, por que não dizer, mundial. Abaixo um vídeo onde ele fala rapidamente sobre a sua trajetória

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Alguns sonham, outros não

O texto abaixo, provavelmente o penúltimo escrito pelo Dr. Sócrates, foi publicado na revista Carta Capital, ano XVII, n. 674, página 92. Nele, o tom perspicaz apresenta-se mais uma vez. De uma frase, de um gesto ou de uma postura, o mote para politizar a discussão e trazer à tona, tema essencial para o debate. Fiquemos com o texto lúcido e profundo do doutor. Ele fala por si.

“Eu tenho um sonho.” Essa frase praticamente define a ação do grande líder Martin Luther King (o rei da causa negra, eu diria), que passou a vida lutando pela igualdade de direitos entre brancos e negros nos Estados Unidos, em um tempo que privilegiava o homem branco no transporte, nas escolas, na cidadania. Foi assassinado em 1968 exatamente por lutar pelas conquistas que ele ajudou a serem alcançadas. Com destemor e liderança, enfrentou os maiores obstáculos, insurgiu-se contra a guerra e a discriminação. Marcou época em um período de grandes transformações sociais.
 O mesmo ano de 1968 ficou marcado pelas manifestações dos estudantes na Sorbonne parisiense, que ergueram barricadas em sua luta por mudanças. “Nós somos judeo-alemães”, era o grito que ecoava; queriam demonstrar que todos somos iguais, sejamos negros, sejamos árabes ou brancos. Esse era o slogan daquela juventude que lutava por liberdade, autonomia e independência. Provocaram muitas mudanças, colocaram de cabeça para baixo qualquer tradição ou vício social. Antes, as mulheres eram tratadas como menores e as opções sexuais como fantoches. Daniel Cohn-Bendit simbolizou aquele movimento. Dani,comotodos os outros, também tinha um sonho.

Ellen Sirleaf, a primeira mulher a ser eleita presidente da Libéria; Leymah Gbowee, também liberiana e que liderou a chamada greve de sexo de suas compatriotas; e Tawakul Karman, ativista iemenita, figura fundamental no país onde praticamente se iniciou a Primavera Árabe, que derrubou boa parte dos antigos regimes de várias nações árabes neste ano, foram agraciadas pelo Nobel da Paz de 2011 por suas lutas pelos direitos das mulheres africanas, pela paz e pela democracia. Essas fortes mulheres também têm um sonho.

Nelson Mandela lutou a vida toda contra o apartheid, termo que explicita a segregação racial então vigente na África do Sul, onde a população negra não possuía os mesmos direitos políticos, sociais e econômicos que a minoria branca. Por isso permaneceu preso durante 26 anos. Nelson é autor de frases definitivas como: “Sonho com o dia em que todas as pessoas se levantarão e compreenderão que foram feitos para viver como irmãos” ou “não há caminho fácil para a liberdade”. Ou ainda “a queda da opressão foi sancionada pela humanidade e é a maior aspiração de cada homem livre” e “uma boa cabeça e um bom coração formam uma formidável combinação”. Mandela até hoje corre atrás dos seus sonhos e aspirações de liberdade, igualdade e fraternidade entre os homens. Um belo exemplo de compromisso com seu povo e com a humanidade.

Entre os brasileiros também encontramos idealistas natos, como Luiz Carlos Prestes, que doou sua vida e até acompanhou a morte da mulher Olga, assassinada em um campo de concentração nazista, por uma causa onde a justiça e a igualdade eram os valores proeminentes. Ou Antonio Conselheiro, líder de Canudos, cuja guerra foi tão bem relatada por Euclides da Cunha em Os Sertões. Com a gente paupérrima e sofrida pela fome, seca e falta de perspectiva econômica e social, ele criou uma comunidade de pura sobrevivência e que foi esmagada pelo Exército brasileiro. Como se perigosos fossem. O único perigo,como sempre, era o do exemplo que poderiam dar a gente com os mesmos problemas. Eles também sonharam.

Inversamente, há poucos dias, o presidente da Fifa veio a público para dizer que não há racismo no futebol e que as agressões que ocorrem dentro de campo poderiam ser resolvidas com um simples aperto de mãos. Uma visão cega e fascista da realidade. Os negros estão expostos na sociedade ocidental desde sempre e isso não desapareceu. A reação foi imediata e o fez recuar, mas um pensamento não desaparece por causa do que provoca. Tentar esconder algo tão incrivelmente absurdo é de uma ingenuidade que um ser de 70 anos não tem o direito de possuir. Pior, utilizar análises simplistascomoessa, para encobrir a realidade daquilo que comanda, é pura perversão de caráter.

Nada mais endêmico (junto com a corrupção) entre aqueles que comandam o futebol. Certamente os negros de todo o planeta se sentiram agredidos, menos um: Pelé. Que de preto parece ter somente a cor da pele. Ele não só corroborou com a tese de Blatter como acrescentou outras bobagens nascidas de seu pseudointelecto. De uma coisa sabemos de há muito: Pelé jamais sonhou com o que quer que seja.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Sócrates. Presente!!!


Sócrates foi um lutador. Peça raríssima em um meio, o esportivo, tendo o futebol à frente, que a cada dia exala odores fétidos e repugnantes. A melhor forma de homenagear este brasileiro com todas as letras, é continuar lutando pelas suas ideias e ideais no campo esportivo e fora dele. O Sport Club Corinthians Paulista (SCCP) sagra-se campeão em um momento de luto pelo seu atleta maior, que conseguiu transcender as quatro linhas dos gramados de futebol, sendo "craque de bola" e a enxergando como expressão da política, da economia e da cultura do povo brasileiro. Sócrates se vai, tendo combatido o bom combate. Sócrates estará sempre presente no espírito de todos os que lutam por um Brasil substantivamente democrático.

Palavras de Eduardo Galeano

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Romário e Ronaldo: campos opostos

“Ronaldo é inteligente e espero que não escorregue nas cascas de banana que certamente porão em seu caminho.

Para o futebol brasileiro ele é importante, respeitável e com uma história de honestidade.

Já conversamos duas vezes por telefone depois que foi escolhido e o aconselhei a pedir uma auditoria desde que o COL foi criado até o dia de sua nomeação.

Ele me disse estar seguro do que está fazendo.

E se um dia ele vier à Câmara dos Deputados sabe que terei de fazer o meu papel, não de amigo, mas de deputado”.