Por Riva / 15 de abril de 2023 / sábado / 12h00
Antes de iniciar o campeonato brasileiro é normal a publicação de uma série de matérias em que os comentaristas esportivos opinam sobre a situação dos principais clubes e os postulantes ao título. Essa opinião tem como ponto de partida o futebol que os clubes apresentaram nos campeonatos estaduais, os elencos e, principalmente, o calendário dos clubes que estão disputando a Copa do Brasil, a Taça Libertadores e a Copa Sul-Americana.
No dia 29 de julho de 2022, eu (Riva) escrevi o texto - "Fluminense precisa ter regularidade nos dois tempos das partidas" - depois da partida do Fluminense contra o Fortaleza.
Naquela época, o Fluminense já era uma das equipes que jogava o futebol mais vistoso e atraente do futebol brasileiro. Quando opinamos sobre a qualidade do jogo de qualquer equipe, tem uma pergunta frequente para quem enxerga o futebol somente pelo resultado e conquistas de títulos: "joga bonito, mas ganhou algum título?" Ser "resultadista" ou "imediatista" não é errado porque o mundo se apresenta com mais entusiasmo e carinho para quem apresenta resultados positivos, rápidos e com regularidade - serve pro esporte e para o mundo corporativo.
Segue abaixo o texto que eu (Riva) escrevi depois da partida (Fluminense 1 x 0 Fortaleza pela Copa do Brasil de 2022). É, sempre bom lembrar, que muitas situações (inclusive os atletas) mudaram e o texto serve apenas para termos uma ideia da evolução das duas equipes depois de quase um ano de trabalho.
O Fluminense é bem treinado pelo técnico Fernando Diniz que, apesar das dificuldades que enfrenta por ter um elenco limitado de peças de reposição, consegue dar um padrão de jogo com jogadores agrupados no setor da bola, o jogo pelos lados funciona, as inversões de jogo quase sempre conseguem surpreender a defesa adversária que geralmente estão desguarnecidas, troca passes com aproximação e mobilidade, cria jogadas de infiltração – principalmente pelo lado direito e pelo meio - e dita o ritmo da partida controlando o jogo.
Na partida desta quinta-feira, 28 de julho, contra o Fortaleza pela Copa do Brasil, a vitória por 1 a 0 com gol de Nonato foi importante e, ao mesmo tempo, preocupante. Não é de hoje que o Fluminense perde forças na etapa final das partidas e contra o Fortaleza não foi diferente. Dominante no primeiro tempo, a equipe de Fernando Diniz não conseguiu manter o mesmo ritmo no segundo tempo e o Fortaleza merecia sair de campo pelo menos com um empate.
Quando Juan Vojvoda substituiu Lucas Lima por Moisés, Ronald por Otero e Thiago Galhardo por Romarinho, o Fortaleza cresceu e começou a incomodar o Fluminense que já estava demonstrando sinais de cansaço. Fernando Diniz tentou fortalecer e oxigenar a equipe substituindo Ganso por Martinelli, Nonato por Felipe Melo e Cano por Marrony. As substituições não surtiram efeito positivo e o Fluminense continuou sendo atacado pelo Fortaleza. Na etapa final do segundo tempo, Juan Vojvoda substituiu Robson por Sílvio Romero e Fernando Diniz substituiu Matheus Martins por Willian e Arias por Yago Felipe.
O Fortaleza adiantava as linhas e fazia com que o Fluminense apresentasse muitas dificuldades de retomar e manter a posse de bola. Sem a bola e demonstrando um enorme desgaste físico, o modelo de jogo implantado por Fernando Diniz não foi executado no segundo tempo e a equipe foi dominada pelo Fortaleza. A falta de fôlego e, consequentemente, a queda de rendimento no segundo tempo das partidas é um dos grandes problemas que o Fluminense precisa corrigir o mais rápido possível.
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