A segunda partida entre São Paulo e Corinthians pelas semifinais da Copa do Brasil foi emocionante, aguerrida e dramática. Primeiro é preciso elogiar a enorme festa que os 62.093 torcedores do São Paulo fizeram no Morumbi – antes, durante e depois do apito final.
Em desvantagem no placar agregado – na primeira partida, na Néo Química Arena, o Corinthians venceu o São Paulo por 2 a 1 – a única opção do São Paulo era sair pro jogo, impor o mando de campo e o apoio da torcida. O técnico Dorival Júnior não tinha muito o que pensar e optou acertadamente por uma formação ofensiva. Com o esquema 4-4-2, o São Paulo entrou em campo com a seguinte formação: Rafael; Rafinha, Arboleda, Lucas Beraldo e Welington; Pablo Maia, Rodrigo Nestor, Wellington Rato e Alisson; Lucas Moura e Calleri.
O São Paulo iniciou a partida com Rafinha e Welington abertos pelos lados do campo e pressionando a saída de bola dos laterais corintianos Bruno Méndez e Fábio Santos; Arboleda e Lucas Beraldo adiantando as linhas para deixar os meias do Corinthians longe da área do São Paulo; Pablo Maia e Rodrigo Nestor bem posicionados, executando boa marcação e coberturas e com boa saída de bola; Wellington Rato pelo lado direito; Alísson pelo meio; Lucas Moura sem posicionamento fixo e com liberdade para jogar pelos lados do campo e pelo meio; Calleri entre os zagueiros Gil e Murillo.
Com a marcação muito forte e aproximada, intensidade, troca de passes, jogadas bem trabalhadas e em direção ao gol e muita velocidade, o São Paulo abriu o placar aos treze minutos com um golaço de Wellington Rato. Depois do gol, o Corinthians tentou reagir mas não conseguia ter posse de bola porque o São Paulo permanecia com a marcação encaixada, roubando a bola e saindo pro jogo em velocidade. Aos trinta e dois minutos, Lucas Moura fez o segundo gol do São Paulo.
Vanderlei Luxemburgo optou por uma formação tática mais cautelosa porque sabia que o São Paulo ia sair pro jogo no início da partida. Com o esquema tático 4-5-1, o Corinthians entrou em campo com a seguinte escalação: Cássio; Bruno Méndez, Gil, Murillo e Fábio Santos; Fausto Vera, Maycon, Ruan Oliveira, Adson e Renato Augusto; Yuri Alberto. A tentativa de congestionar o meio-campo não surtiu efeito positivo e a equipe não conseguia marcar e nem criar oportunidades para atacar. Com Renato Augusto bem marcado e o meio-campo sendo envolvido, a bola não chegava / e quando chegava para Yuri Alberto era facilmente interceptada pelos defensores do São Paulo.
No intervalo do primeiro para o segundo tempo, Vanderlei Luxemburgo fez duas substituições que mudaram a configuração tática do Corinthians. O lateral direito Fagner entrou no lugar do também lateral direito Bruno Méndez e o meia Matías Rojas entrou no lugar do volante Fausto Vera. As duas substituições deram um pouco mais de tranquilidade para jogar quando tinha a posse de bola, mas faltava volume de jogo e velocidade para sair da marcação do São Paulo e chegar no gol de Rafael.
Aos dezessete minutos, Vanderlei Luxemburgo fez três substituições. O lateral esquerdo Matheus Bidu entrou no lugar do lateral esquerdo Fábio Santos, o meia Giuliano entrou no lugar do meia Ruan Oliveira e o atacante Wesley no lugar do meia Adson. Com três meias e dois atacantes, o Corinthians começou a pressionar e criar oportunidades de fazer o gol e levar a partida para os pênaltis. Destaque para o atacante Wesley.
Sem conseguir sair jogando com a mesma tranquilidade que teve no primeiro tempo, sem conseguir encaixar a marcação e sem fôlego, o São Paulo corria riscos. Mas o técnico Dorival Júnior começou a mexer na equipe para oxigenar os setores defensivos e sair pro ataque com mais velocidade. O volante Gabriel Neves entrou no lugar do meia Alisson aos vinte e sete minutos. Aos trinta e dois minutos, o meia Michel Araújo entrou no lugar do volante Rodrigo Nestor e o atacante Juan entrou no lugar do meia Wellington Rato. No final da partida, aos quarenta e quatro minutos, entrou o zagueiro Diego Costa no lugar do atacante Calleri.
Os últimos quinze minutos da partida foram dramáticos para as duas equipes. Com o jogo aberto, São Paulo e Corinthians poderiam marcar um ou mais gols a qualquer momento. O Corinthians chegou muito mais perto de diminuir o placar, mas o goleiro Rafael salvou o São Paulo em duas ou três oportunidades operando verdadeiros “milagres’’.
O São Paulo vai enfrentar o
Flamengo na final da Copa do Brasil de 2023. A equipe carioca é a
atual campeã e já conquistou a Copa do Brasil quatro vezes. A
equipe paulista nunca conquistou a competição.
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