“Esse título e alguns trechos da matéria foram copiados do Portal ge.globo.com para que eu (Riva) tivesse condições de incluir a minha opinião”.
Por Riva / 13 de agosto de 2023 / domingo / 21h10
Existem situações que, se nós não tivéssemos conhecimento através de jornalistas e veículos de comunicação de credibilidade, seria difícil acreditar. No início da tarde deste sábado, 12 de agosto, o Potal ge.globo.com / ge.globo.com publicou uma matéria assinada pelos jornalistas Sthefany Prado e Arthur Ribeiro denunciando mais um caso de racismo no esporte.
Estudantes que participavam dos Jogos Escolares da cidade de Piripiri - Jogos Escolares Piripirienses (JEPIR), ao Norte do Piauí, foram vítimas de racismo em um dos confrontos válidos pela competição escolar. A competição faz parte das atividades do Centro Educacional Municipal Vereador Joaquim de Sousa Cavalcante. O caso ocorreu na última quarta-feira, 10 de agosto. Depois do fato, a prefeitura da cidade piauiense resolveu retirar a modalidade da disputa. As jogadoras relataram que o fato não foi denunciado à polícia.
Em entrevista ao g1, Ana Carine, jogadora que sofreu as ofensas racistas, relatou que as ofensas começaram no segundo tempo, quando seu time trocou de lado do campo, ficando próximo aos torcedores do time rival.
Segue o relato da jogadora Ana Carine: “o jogo começou bem, mas no segundo tempo o nosso time trocou de lado e acabamos ficando de frente para a torcida contrária e aí eles começaram a ofender eu, outra jogadora e a goleira, falando que nós éramos ruins. Depois partiram para os comentários desnecessários e eu acabei chorando quando o tempo acabou, e foi aí que eles nos chamaram de macacas. Ana também relatou que após ofensas racistas, torcedores perguntaram o que ela e sua amiga de time “tinham entre as pernas””.
Após o caso, a conta dos Jogos Escolares Piripirienses (JEPIR), realizados pela Secretaria Municipal da Juventude, Cultura, Esporte e Turismo (SEJUCE), informou que o time envolvido na prática delituosa foi desclassificado e que a categoria do handebol feminino juvenil será excluída dos jogos. Na minha opinião, a decisão de excluir a categoria do handebol feminino juvenil é absurda, e a Secretaria Municipal da Juventude, Cultura, Esporte e Turismo (SEJUCE) precisa entender que as jovens agredidas não poderiam serem punidas. Excluir a categoria significa acabar com o sonho das jovens que se prepararam – muitas vezes sem os recursos necessários – para participar dos Jogos.
Só quem sofre qualquer tipo de agressão sabe o quanto dói e, em muitos casos, desenvolvem problemas psicológicos. Lembrando que alguns torcedores perguntaram o que Ana Carine e sua amiga de time “tinham entre as pernas”. Eu (Riva) fico indignado quando algumas pessoas dizem que racismo é “frescura” e, quando é relacionado ao esporte ou qualquer atividade artística e cultural, utilizam como justificativa os valores / salários que eles recebem.
Nesse caso, que foi entre jovens em uma competição estudantil, acredito que essas pessoas não terão argumentos para justificar o injustificável. Acho que estou sendo muito otimista em dizer que “acredito” porque, infelizmente e lamentavelmente, muitas pessoas continuam defendem o racismo, a discriminação, o ódio, a violência, a opressão e a truculência.
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