Por Riva
No dia 14 de novembro de 2022, o Vice-Presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), anunciou os membros que iriam participar do Grupo Técnico de Esportes do Gabinete de Transição da Presidência. Esportistas como Raí, Ana Moser, Isabel Salgado (que infelizmente faleceu dias antes do início dos trabalhos), Marta Sobral, Mizael Conrado - Presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro e ex-atleta paralímpico do futebol de cegos - foram alguns dos escolhidos para participar da Transição de forma voluntária.
Durante a transição, havia uma enorme incerteza em relação a recriação do Ministério do Esporte. Muitos acreditavam que a pasta iria continuar abandonada pelo Governo Federal - referindo-se ao período de Michel Temer e Jair Bolsonaro respectivamente. Mas, o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cumpriu a promessa de campanha e recriou o Ministério do Esporte. Para assumir o Ministério, o Presidente convidou Ana Moser - ex-jogadora de vôlei e uma das fundadoras do Instituto Esporte e Educação.
Desafios de Ana Moser no Ministério do Esporte são enormes. Só para nós termos uma ideia do abandono dos últimos anos, a pasta tinha somente uma funcionária. Mas, os maiores desafios são os seguintes: a desmistificação que a prática de atividade física é feita por pessoas desocupadas; que ser pobre ou morar em comunidades não lhes dão o direito de praticar atividades físicas; articular outras áreas do governo para que juntos trabalhem na fomentação de projetos; apoio da iniciativa privada; entre outros.
A Ministra Ana Moser tem como referência o trabalho que é desenvolvido no Instituto Esporte e Educação que, têm como principais pilares, "o esporte educacional em comunidades de baixa renda e capacitação de profissionais de educação física". Com enorme experiência e uma equipe qualificada e dedicada, a Ministra Ana Moser tem conhecimento da importância do esporte no combate a violência, na qualidade de vida e na inclusão social.
Não adianta pressionar a Ministra Ana Moser para que ela dê prioridade a projetos que não fazem parte de um contexto direcionado para a população de baixa renda. Foi construída durante décadas a ideia de que o Ministério do Esporte tinha que atender as necessidades de pessoas, confederações, etc.... que tem visibilidade. Todos precisam de apoio, mas, no momento, a prioridade deve ser dada para todos que, de forma direta ou indireta, colaboram com o desenvolvimento do esporte independente da área de atuação. Pessoas que precisam se sentirem como parte de um projeto e da sociedade.
Nesse início de trabalho, o Ministério do Esporte já está apresentando muitas coisas positivas. Claro que esse trabalho de reconstrução não é concluído do dia pra noite. Aliás, é um trabalho que não tem fim porque o processo de evolução no esporte não para.
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