A Copa do Mundo de 2014 já começou faz tempo. Desde o sorteio que consagrou o Brasil como sede do torneio, em outubro de 2007, várias peças de diferentes pesos vem sendo movidas, atendendo diferentes interesses que miram desde o simples torcedor até a mais estruturada empreiteira, passando por empresários e trabalhadores diversos, todos vislumbrando como capitanear mais e melhor, dentro das suas possibilidades, as divisas próprias do evento.
Dentre todos os sujeitos envolvidos, estruturas e instituições, provavelmente a que mais ganha a cada Copa do Mundo é a Federation Internationale de Football Association - FIFA. E ganha de todos os lados possíveis e imagináveis.
Dirão os incautos de plantão que isso é mais do que justo, já que a mesma é a organizadora do evento. E se ela vai ganhar em torno de 10 bilhões de reais, valor 110% superior a Copa realizada na Alemanha, em 2006, isso se deve única e exclusivamente a sua competência empresarial.
Parece-me que aqui reside o problema. A FIFA NÃO É UMA EMPRESA!!! Ela não deve visar o lucro, já que é uma organização sem fins lucrativos. No entanto, desde 1993, ano em que a federação maior do futebol amargava até então um déficit de 11 milhões de dólares, que a mesma vem auferindo lucros e mais lucros, tornando-se uma organização bilionária.
O dinheiro vem de várias fontes e isenções de impostos. Uma das principais é o direito de transmissão dos jogos que a mesma negocia com as redes de televisão de todo o mundo. O outro filão vem da venda de ingressos que, inclusive, já começaram a ser vendidos para a Copa de 2014, variando entre R$ 1.185,00 a R$ 9.126,00.
E assim, acrescidas outras variáveis da contabilidade financeira da entidade, o lucro da FIFA só aumenta. Para onde vai o dinheiro? Ela diz que é para o financiamento do futebol no mundo. Para quem acredita em conto de fada, eis uma boa história da carochinha.
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