Ontem, pudemos apurar algo interessante para o futebol baiano e que demonstra a sua força. Quando digo força, estou me referindo ao gosto, a paixão do torcedor pela vivência do esporte, nesse caso, o futebol, já que se dependesse dos dirigentes, os mesmos já teriam abandonado os estádio baianos há tempo. O preço dos ingressos é um dos exemplos, não o único, que motiva ao contrário, forçando os "arquibaldos" e "geraldinos" a ficarem em suas casas.
É um movimento articulado, já que há décadas o futebol é objeto do monopólio das redes de televisão, não interessando nenhum pouco, a vontade de quem gosta e muito de frequentar os estádio. Para atender a TV, melhor dizer para o torcedor que fique em casa. Uma visão míope da função social do esporte, mas que foi anos atrás, argumento de um dirigente do Esporte Clube Vitória. Para ele, não importava se o torcedor frequentava ou não o estádio, já que o mesmo representava a quinta receita do clube. Melhor mesmo era ficar em casa, dando audiência aos canais de televisão, essa sim, viabilizadora da principal receita.
Mas voltemos ao torcedor. Ontem, se levarmos em conta apenas os jogos do Bahia e do Vitória, principais forças do futebol baiano, obteremos um público total nos estádio de 7.962 torcedores, aproximadamente. Comparando com o futebol carioca, um dos mais caros do país, somados os jogos do Vasco e do Fluminense, encontraremos pífios 1.500 torcedores nos seus estádios. É mole?
E olhe que não estou nem colocando a variável clima e a performance dos clubes principais, no meu argumento. Mesmo quando ele não é nem um pouco convidativo para atividades ao ar livre e os clubes não correspondem em campo a esta paixão futebolística, os torcedores vão aos estádios.
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