domingo, 15 de setembro de 2019

Bahia contra a homofobia

Imagem retirada do site lance
O Esporte Clube Bahia entrará em campo, hoje, pela décima nona rodada do Campeonato Brasileiro de Futebol jogando contra o Fortaleza no estádio da Fonte Nova às 16 horas, horário de Brasília. Independente do resultado da partida, o Bahia já entra vencedor da contenda.

O chamado "Esquadrão de Aço" irá trocar, simbolicamente, as bandeirinhas que marcam o escanteio por uma outra, com as cores características da bandeira arco-iris (ícone criado por Gilbert Baker, falecido em março de 2017), em uma campanha contra a homofobia nos estádios. Um golaço antológico do tricolor baiano, com toda a certeza.

Essa campanha aparece menos de um mês depois em que o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) considerou punir os clubes com perda de pontos caso as torcidas entoem gritos homofóbicos. Qualquer ato de caráter preconceituoso por parte dos torcedores, será enquadrado como uma atitude indisciplinar com base no artigo 243-G do Código Disciplinar que reza: "Praticar ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência".

Há quem diga que a atitude é muito mais em função da punição considerar a perda de três pontos (seis, caso ocorra reincidência) do time infrator do que, realmente, uma consciência profunda sobre elementos discriminatórios do cotidiano dos brasileiros. Só para termos uma ideia deste problema, entre 2011 e 2018 foram registrados 4.422 mortes. Isso equivale a 552 mortes por ano. Uma vítima de homofobia a cada 16 horas (Saiba mais clicando aqui).


Mas não é isso que afirma o Manifesto escrito pelo Clube e que diz em alto e bom som que "Não é uma questão de pontos a mais ou a menos. É um propósito de igualdade, amor e vida".

Que assim, seja. E que a Bahia, o Brasil, jogue sempre, dentro e fora dos estádios, o jogo da igualdade de fato e de direito.

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