(Texto publicado no Jornal A TRIBUNA CULTURAL no dia 22 de outubro. Aqui reproduzido parcialmente).
Mais uma vez, o mês de outubro se consagra como o do exercício da democracia eletiva. Vivenciamos eleições direta para as prefeituras municipais e câmaras de vereadores recentemente em todos os municípios brasileiro emancipados e nas 83 cidades com mais de 200 mil eleitores que tem o direito ao segundo turno, os cidadãos de 50 delas ainda exercitarão o voto no pleito no dia 28 próximo.
É a democracia com toda a sua pujança a materializar-se do Oiapoque ao Chuí, consolidando sempre e cada vez mais o estado republicano, que mesmo não exercendo a sua soberania clássica caminha, lentamente para alguns e a passos largos para outros, à sua consolidação.
Não obstante, nem todas as instituições da sociedade civil se desenvolvem com esse dinamismo, impedindo que a democracia brasileira deixe de ser representativa e torne-se substantiva. Refiro-me, exclusivamente, a instituição esportiva, uma das mais sólidas e onde ainda se exerce o poder de mando próprio dos coronéis do passado, onde impera o servilismo, onde mantém-se, aprofunda-se e amplia-se os feudos medievais.
Não me deixa mentir a reeleição do presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, o senhor Carlos Arthur Nuzman, que ocupando o cargo há 17 anos, foi reconduzido para o exercício do mesmo por mais quatro. Caso ele consiga o intento de mais uma vez, se reeleger depois dos Jogos Olímpicos de 2016, ele superará o mais longevo cartola do esporte nacional, o senhor João Havelange...
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