O circo da fórmula 1 ficou em polvorosa pelo acontecimento entre Fernando Alonso e Felipe Massa no último Grande Prêmio, ocorrido na Alemanha, onde este último foi obrigado pela sua equipe, Ferrari, a deixar o seu companheiro passar para chegar em primeiro lugar. Mas os palhaços somos nós, os incautos, ingênuos telespectadores que ainda acreditam no esporte como um campo de disputa limpa, honrosa, repleto de valores altruístas expressos no anódino fair play ou na máxima de que o importante é competir.
Outros, não tão ingênuos assim, pois se trata de opinião balizada pela experiência no circo da fórmula 1, dizem que fatos como este quebram a essência do esporte. Jornalistas do calibre de Téo José e Reginaldo Leme escorregam nesta casca de banana. No meu entendimento, dizer que este fato quebrou a essência do esporte soa como poético, mas está longe de ser uma verdade. No máximo, uma frase de efeito, simplesmente porque esporte é negócio e o que prevalece há muito tempo na sua lógica é a capacidade que o mesmo tem ou pode vir a ter de reproduzir e ampliar um determinado valor do capital investido, dos mais distintos, inclusive os ilegais. Lembram-se do MSI-Corinthians?
Capital aqui é relação social, não confundam com dinheiro. Enquanto nós, simples torcedores, somos movidos pela paixão, pela emoção proporcionada pelo esporte, este é movido pelo negócio. Sport is business.
Para os puritanos e moralistas que esbravejam que o Massa não poderia atender a solicitação, que deveria peitar, como homem, o chefe da equipe, esses mesmos que também crucificaram o Rubens Barrichello em 2002 por situação semelhante, aviso que existem contratos firmados entre piloto e equipe, cheios de cláusulas que impedem a autonomia do piloto assim como o capital impede a autonomia de qualquer trabalhador. Mandar o Felipe Massa ter vergonha na cara em função da sua atitude anti-esportiva é ridículo, fruto da ignorância das relações sociais que regem o capitalismo.
Para os românticos, as suas lembranças estão a clamar os nomes de Senna, Piquet, Fittipaldi, Mansel, Prost entre outros. Melhor seria que desligassem a TV e fossem passear no parque.
Todos esses incautos, ingênuos, puritanos, moralistas, românticos entre outros se esquecem de que em 2009 o banco Santander firmou parceria com a Ferrari, tornando-se o patrocinador oficial da escuderia italiana até 2014. Dias depois a Ferrari anunciou a contratação do piloto Fernando Alonso. O Santander, assim com Alonso, é da Espanha e foi quem também patrocinou o último Grande Prêmio, realizado na Alemanha, no circuito da cidade de Hockenheim.
Alguma dúvida sobre o resultado desta equação? Há muito que aprendi que quem paga a banda, escolhe a música. O lado comercial sempre irá vencer a tal “essência” do esporte. Aliás, o que existe, no momento no mundo do esporte, nem é um lado ou outro. São um e o mesmo lado. Esporte e negócio têm uma relação simbiôntica, de pertencimento cada vez mais forte e orgânica. Um não existe e sobrevive sem o outro.
Este é o espírito do tempo, na fórmula 1 ou em qualquer outra modalidade esportiva, assim como no mundo dos homens.
22 comentários:
Olá Welington,
É sempre bom ler seus textos. É necessário importante acreditarmos que esporte é negócio, mas dialeticamente, pode, e em alguns casos é, ócio, isto no sentido grego da palavra, momento de conhecimento e celebração da vida. Pensamor apenas um lado da moeda é retomar a crítica marxista no século 19 e não ver o contraditório. Nem sempre o lodo comercial vence, existem exemplos no mundo do esporte profissional em que os valores humanos alaram mais alto. São estes valores que devemos tirar a exceção e fazer de regra.
Este é o esporte espetáculo, onde para muitos ingênuos vira um verdadeiro circo de horrores com o acontecido, o brasileiro que ama o esporte e traz o orgulho no peito fica frustrado e indignado com tais acontecimentos, mas ninguém pensa em desligar a tv para fazer outros programas de lazer, como um simples passeio no parque, que pode proporcionar o prazer junto à família.
Seus textos servem para abrir os olhos de muitos ingênuos, pena que estes muitas vezes fecham os olhos para poder não acreditar em fatos que nos são apresentados de forma tão explicita!
Caro welington,
concordo plenamente com seu texto, principalmente com a relação que você faz do esporte (aqui F1) com as relações trabalhistas. "cláusulas que impedem a autonomia do piloto assim como o capital impede a autonomia de qualquer trabalhador". Isso retrata bem o modo de vida no capitalismo.
O que mais me irrita na F1, futebol e nos esportes com maior influencia televisiva é que não vemos nenhuma organização mínima que fosse dos protagonistas diretos dos espetáculos que venha se opor a essa lógica, ou seja, seu reconhecimento como trabalhadores também.
Um grande abraço
Fernando Cunha
Olá, Fábio. É sempre bom também tê-lo por aqui, comentando as postagens. Embora reconheça a possibilidade da vivência do esporte enquanto ócio, creio ser essa uma impossibilidade na dinâmica do capital, que é NEGÓCIO (negação do ócio). O ócio é potencialmente transformador e isso não é interessante para o metabolismo do capital. Uma coisa são as experiências particulares, outra bem diferente são as hegemônicas. Enquanto tivermos o grosso da humanidade vivendo única e exclusivamente da venda da sua força de trabalho para viver, o ócio será impossível. Até mesmo na acepção grega, o ócio era para os filósofos e se eles assim podiam desfrutá-lo, era porque uma grande massa de escravos trabalhavam para eles. A diferença era que na época, o ócio estava a serviço da elevação do espírito (conhecimento), hoje, a sua possibilidade (sempre remota) está a serviço do entretenimento, do consumo, do lucro.
"A desvalorização do mundo humano cresce na razão direta da valorização do mundo das coisas" [Karl Marx]
Há algum tempo atrás no intuito de revitalizar um grupo de estudos na área da educação/educação física escolar, eu e um outro professor, hoje professor da UEFS (Universidade Estadual de Feira de Santana) nos impusemos a obrigação necessária de pesquisar diversas categorias e dentre elas, as categorias do Trabalho e do Lazer, além é claro, da Educação. O grupo de estudo não foi adiante mas tais categorias foram, sem sombra de dúvidas e, por assim dizer, as que mais me chamaram a atenção, dada a sua "transformação" na contemporãneidade, muito embora (ou em função de) suas relações intrísecas com o modo de produção capitalista e com o mundo do trabalho.
Recentemente ouvi uma reportagem na mídia televisiva onde em uma transação de um determinado jogador de futebol havia "rezado" dentre as cláusulas que no dia em que determinada equipe "x" fosse jogar contra a equipe "y" aquele atleta não poderia atuar em função de terem ambos os times relação com o patrocinador detentor, digamos assim, do "passe" do atleta, por ser seu maior investidor.
E eu tempos atrás com o grito calado no fundo do peito empolgado com a narração do locutor que estonteante na última volta dizia "Hoje sim!!! Hoje simmmmmm!!!...(!!!) Hoje não!!!" e lá se fôra o meu "Rubens...Rubens...Rubens Barichello do Brasil" por água abaixo!
Inerte frente a tela fria da televisão assistíamos ao carro da italiana Ferrari intrépida com o frio alemão "Schummi" ultrapassar a outra Ferrari do Rubinho porque assim teria sido "ordenado" pelo chefe de equipe! O locutor global então se dizia envergonhado em presenciar tal cena. Repercussões a parte, meses depois nem se falava no assunto.
Foi-se o lúdico!!!
Tempos depois presenciamos algo semelhante e vergonhoso com o Massa e se não fosse a clareza de procurarmos entender nessas vertentes e ações as relações metabólicas do capital, de forma a fazermos uma análise crítica dos fatos teríamos uma sensação de desgoverno, de degradação e de destruição do humano em nós!
Amplexos!!!
Desculpem... no texto acima onde é transcrito a fala do locutor da prova de corrida, a frase deveria ser "Hoje não, hoje não...Hoje sim!" de acordo com o "tape" da prova! Abraços =)
Olá Wellington e demais!!
Mais uma vez, uma ótima postagem.
Engraçado foi ver os comentaristas da SPORTV, na Segunda, advogando a volta da essência do esporte. Como assim? Nos moldes do rendimento, esta é a essência.
É até melhor deixar o espírito do Sena descansar. Quem já leu "Ayrton Sena, o herói revelado" sabe que ele usou desta e de muitas outras estratégias “sujas” para vencer. Leiam!
Esta análise está longe de ver o esporte apenas por um lado. O professor e amigo Fabio, no meu entender, atribui a Marx um problema que não é dele. Não é culpa do barbudinho se alguns Marxistas não colocam a dialética junto do princípio da determinação (materialismo). Se tiver algo que o Marx era, é dialético. Está claro em seus textos. Nós é que, de vez em quando, matamos a dialética.
Penso que a fala de Wellington (hegemônico) nos ajuda.
Aliás, no esporte que praticamos pelo pretenso lazer, observemos: cada vez mais está “cheio” de rendimento nele. Meu pai, este final de semana, foi correr na prova de 4 Km da Pague Menos. Era só por lazer. Se entupiu de isotônico, iso..., iso..., Detalhe! Constava no quite entregue pela organização. E os professores da academia dele recomendaram. Agora, a melhor parte: ao chegar em casa, minha vó – uma senhora de 80 anos- pergunta: “Ô Son (apelido de meu pai) não ganha dinheiro não?”
Abraços
kkkkkkkkkkkk =)!
Desculpem... não contive a gargalhada! rsrsrs!
Amplexos!!!
Prezado Elson, amigo também!
Não atribui a Marx e sim a um pensamento, diria agora,influência marxista dos críticos do esporte do Século 19. Até hoje fazem leituras enviesadas do Coletivo de Autores, como se estes fosse contrários ao esporte.E não são.Quanto a dialética expresse isto na minha postagem, acredito que você só reforçou meu pensamento. E Welington, eu só fiz levantar a bola para tua resposta. Concordo com você.
Grande Fabio!!
Eu confesso que fiquei, um pouco, sem entender. Não seria "mau uso das idéias Marxistas (século XIX) por parte de alguns ditos marxistas" não?
Enfim... ACHO que o mais importante é que pensamos na efetivação destas experiências individuais (mensionadas por Wellington)como praticas hegemônicas.
Daí, outro problema (Wellington ja levantou a bola): é possível a efetivação destas práticas dentro da etrutura Capitalista?
Minha resposta: Não!!!!
Abraços a todos!!
Grande "bate bola" !!
Farei o jogo inverso agora:
CADE KUAT ?!?!?!?!
Falta você aqui na postagem!!
Abraços
Caramba, Professor, muito obrigado por se lembrar de mim. Minha amiga falou que isso que é encher a bola de alguém.
É lamentável, mas ainda fico surpreso com certos fatos que acontecem no meio esportivo. E no circo armado (em todos os sentidos)
da Fórmula 1, me senti um palhaço manipulado. É duro ver a corrida do dinheiro vencendo a corrida de carros, o jogo do capital vencendo o jogo de futebal.O entendimento do motivo de tudo isso é uma aprendizado para mim. Ainda não domino o jogo do capitalismo. Ainda não consigo fazer determinadas leituras dos fatos, dos acontecimentos. É bom ler um texto do Professor Welington, mas é duro tirar Senna do pedastal. A mídia endeusa ele e confesso que eu também. É bom enxergar com os olhos do conhecimento, mas é duro sentar em frente da TV,sabendo que o lado comercial sempre irá vencer a decência. É tudo capital. Só que no campinho sem grama do meu bairro, ainda se joga um jogo limpo. Quem sabe podemos um dia jogar uma pelada?
Kuat
Elson, na monografia de Éverton tem uma reprodução de um diálogo que ele coloca como sessão de humor, salvo engano citado pelo BRACHT em um trabalho do LAÉRCIO. Seria bom que você reproduzisse ele aqui. A experiência que você viveu com o diálogo da sua avó com o seu pai é também uma sessão de humor que nos diz muita coisa sobre o modo de vida em que vivemos e em que pese a possibilidade de jogar um jogo limpo no campo do companheiro Kuat, o jogo, na sua essência atual, não é limpo. Até mesmo no momento do lazer (ou do òcio, como quer o companheiro Fábio). Vivo isso semanalmente no baba do Tok de Bola. Colegas que reproduzem, compulsoriamente, os códigos do esporte de rendimento. Mas, nos alerta Fábio: "Pensarmor apenas um lado da moeda é retomar a crítica marxista do século 19 e não ver o contraditório. Nem sempre o lodo comercial vence, existem exemplos no mundo do esporte profissional em que os valores humanos falaram mais alto. São estes valores que devemos tirar a exceção e fazer de regra". Fico a me perguntar: o que significa realmente isso, valor humano? Existiria algum falor não construído pelos homens e as mulheres de seu tempo? Uma palavra bonita que não nos diz muita coisa a não ser que primeiro vem o substantivo VALOR e só depois o adjetivo HUMANO. Um e outro dependente das relações sociais concretas onde devemos buscar a contradição e expressá-la como regularidade, pois esta enquanto método exige que tragamos à tona as regularidades dos fenômenos observados. A dialética muito bem exigida pelo Fábio está desde o meu título, expressa na frase espírito do tempo. Não estamos falando de qualquer tempo mas do tempo atual em que esse fenômeno do importante é ganhar a qualquer preço e custo se torna recorrente, apesar de outras experiências contra-hegemônicas. E já que falou-se dos gregos, uma outra pergunta faz os meus botões: quantos de nós tomaríamos cicuta para mantermos a dignidade dos nossos pensamentos e ensinamentos, elementos que vinculava o filósofo Sócrates a sua pólis grega? O jogo limpo do campo do Kuat que é realizado no marco do capital só pode ser compreendido dialeticamente enquanto possibilidade, pois o movimento do real me diz que em breve, e dependendo da sua topografia mais breve do que pensamos, surgirá dali um prédio. E teremos mais um campo de várzea ocupado pela especulação imobiliária. Esse é o espírito do tempo. Entre um lugar onde as pessoas se divertem, brincam, e os "VALORES HUMANOS" falam mais alto e são cultivados e o VALOR DE TROCA que este lugar encerra, o capital fica com o VALOR DE TROCA. Para o capital, a dialética entre FLORES e BOMBAS está na medida exata do lucro.
Acho muito interessante a dinâmica que muitas vezes toma as postagens desse blog. Começa com um texto e os visitantes então passam a discuti o mesmo, sempre acrescentando coisas igualmente interessantes. E o blogueiro não se coloca como um observador passivo dos comentários, ela ainda encontra elementos para ou acrescentar ou ampliar o tema ou outro assunto. Não vejo essa dinâmica em outros blogs. E tudo muito bem civilizado, num debate de tom respeitoso. Tenho acompanhado o blog e lido os comentários mas nunca tive a vontade de postar um. Hoje me bateu esta vontade e arrisquei. Quero dizer para terminar que estou aprendendo a ver o esporte para além das questões técnicas e táticas que o envolve, como objetiva do blog.
Obrigado, amante do blog. E acredito que falo por todos os que participam e contribuem para o blog ter essa dinâmica.
Olá amigos, acredito que estejamos nas mesmas fronteiras. Debater com Welington é sempre bom e ao mesmo tempo é um exercício de retórica.
Valor Humano (sem aspas) ou humanos valores, é uma questão semántica, mas como falei um,a questão retórica.
Quando pensamos em Valor já vem a idéia do capital. Quantoa Dialética ela não pode se azer presente apenas no título do texto. E minha crítica foi exatamente de no seu conteúdo ter trabalhado a categoria realidade ( ou seriam realidades? só para provacar) e não ter trabalhado também a categoria possibilidade.
Abraços franternos
A retórica é a técnica de convencer o interlocutor através da oratória, ou outros meios de comunicação. Não tenho nenhuma pretenção de convencer ninguém, muito menos pelas palavras, sobre coisa alguma. Até porque, a prática (entendido como práxis para não restar dúvidas) é o critério da verdade e é tomando ela como mediação que reflito sobre os fenômenos sócio-históricos. Sobre dizer que a questão do VALOR HUMANO ou HUMANO VALOR é apenas uma questão SEMÂNTICA, ou uma questão de retórica, faça-me um favor. Não se trata aqui, de forma alguma, únicamente de significados de palavras, nem tampouco de exercício de retórica ou jogo de linguagem, mas de defesa de um projeto histórico e isso é fundamental para diferenciarmos o que estamos EU e PLATAFORMA FREIRE (quem é mesmo você? Não assinou a mensagen por isso pergunto) falando sobre o que estendemos sobre VALOR HUMANO quanto HUMANO VALOR. Pois uma e outra expressão, no interior de uma lógica do capital, assume a mesma característica. Quanto a dizer que "Quando pensamos em Valor já vem a idéia do capital", isso também não é verdade, pois no sistema capitalista o valor assume o caráter predominante de VALOR DE TROCA, pois o sistema de VALOR é inerente a todas as formas societárias desde o comunismo primitivo, onde predominava o sistema de VALOR DE USO na produção. Quanto a DIALÉTICA, o que disse na resposta é que ela estava desde o meu título e não "apenas no título do texto". Quanto a realidade e possibilidade, não trabalhei com estas categoria no meu texto mas, sim, na resposta que dei ao Fábio, quando enfatizo que "O jogo limpo do campo do Kuat que é realizado no marco do capital só pode ser compreendido dialeticamente enquanto possibilidade". Ademais, vale esclarecer, não preciso ficar citando as palavras (realidade, possibilidade, dialética) para que o texto tenha esses elementos e/ou essas características.
O "Educação Física - PLATAFORMA FREIRE" não assinou mas eu entendi que é o Prof. Fábio Nunes...não é não?
Amplexos...
Carlão
Também tive a mesma impressão, em função do conteúdo do texto. Mas como achei estranho um momento aparecer como Fábio Nunes e em um outro como PLATAFORMA FREIRE em um mesmo debate, achei por bem desconfiar do óbvio, inclusive porque alguém pode sim se apropriar do texto do outro para dizer alguns impropérios, o que não foi o caso. No fundo o que eu e o Fábio e/ou Plataforma estamos externando, são posições teóricas distintas. Uma mais ligada aos processos da ação comunicativa, do Habermas, se aproximando de uma certa vertente pós-moderna que prega a "virada linguística" e uma outra, referente ao marxismo originário. Sem pretenção nenhuma de achar que o domino, apenas venho estudando o mesmo com uma certa regularidade e posso perfeitamente está entendendo o mesmo equivocadamente, quero dizer que o debate sempre franco e fraterno é fundamental para nossas posições teóricas e práticas (sem dicotomias). Quero então agradecer a Carlão, Kuat, Elson, Fábio, Plataforma, Amante do Blog e tantos outros que contribuem com e para o blog, pelo nível com o qual estamos mantendo nossas reflexões.
Olá Welington,
Não realmente, Plataforma é Fábio Nunes, estou aprendendo sobre esta ferramenta, Blog.
Vou apenas pontuar.
Quanto a questão do Valor - foi exatamente isto que quis falar que o conceito valor existe em qualquer modelo societário. E por conta disto que penso que falar em valores humanos pode ser dido sem aspas.
Concordo com você e com Marx que o critério de verdade é a propria prática (Teses contra Feuerbach)
Não foi no sentitido de devalorizar o dito por welington e sim reforçar que este tem uma escrita que convence pelo força dos argumentos.
Quanto estarmos falando de marcos teóricos diferentes... discordo.
Não me coloco entre os pós-modernos, continuo defendendo um esporte crítico superador. As minhas práticas se este é o critério de verdade demostram isto.
Penso que todos este debate acumulado deve ser materializado em aulas, este ainda é uma grande desafio.
Venho sistematizando possibilidades metodológicas de aplicação de alguns conteúdos do Esporte em uma perspectiva crítica a partir da abordegem crítico superadora.
Por exemplo: No Coletivo (1992) é comentato por várias vezes a necessidade de se historicizar os conteúdos da cultura corporal. Em verdade como isto pode ser feito?
Estou trabalhando algumas experiências de vivências do histórico dos esporte...
Caso tenha criado alguma indisposição. Não foi minha intenção.
Penso que podemos organizar um encontro presencial sobre os participantes do BLOG
Abraços fraternos
Valeu Fábio e parabéns por buscar sistematizar o conteúdo esporte. E que bom que é com referência à cultura corporal. Melhor ainda por vc externar a sua vinculação com um dado marco teórico fora do pós-modernismo. Quanto ao encontro presencial, brilhente idéia. Creio que alguém em algum momento já tinha sugerido isso aqui, mas não lembro quem nem quando. Agora só aproveitando o comentário, gostaria de esclarecer o porque da vinculação do PLATAFORMA FREIRE(FÁBIO) ao pensamento pós-moderno. Foi pelas categorias apresentadas na sua mensagem. REALIDADES DIVERSAS, SEMÂNTICA, RETÓRICA são elementos do pensamento pós-moderno em uma das suas vertentes teóricas em desenvolvimento. Não existe realidade, mas realidades. Não existe conceitos, tudo não passa de semântica. Não existe uma metateoria, mas retóricas. Tudo incluído na categoria mais geral da chamada VIRADA LINGUÍSTICA. Obrigado a todos vcs pela oportunidade deste espaço. Vamos sim organizar o encontro presencial.
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