O Brasil acaba de passar por mais um teste da sua democracia. Mais uma vez a mesma mostrou-se forte, pelo menos no âmbito eletivo, com as instituições funcionando adequadamente, apesar de algumas publicações terem tentado, mais uma vez, macular o processo.
Mais a democracia não se resume ao processo eleitoral. Ela é organicamente pautada por distintas instituições fora os tribunais, superiores e regionais, responsáveis pelas diferentes dinâmicas do pleito eletivo.
A democracia é um regime que exige o atendimento dos direitos fundamentais, muitos deles negados a grande maioria da população. E estamos falando de direitos, além de básicos, elementares para uma vida decente: habitação, moradia, saúde, educação, entre outros.
Não podemos aceitar, no âmbito desse regime, que uns sejam mais beneficiados do que outros. Sabemos que é assim que a "banda toca", mas isso, em um certo grau, é uma excrescência do sistema.
Digo isso porque espero uma atitude republicana do Congresso Nacional sobre a dívida dos clubes de futebol do Brasil. Em valores atuais, os mesmos devem mais de dois bilhões...vou repeti...dois bilhões de reais ao governo federal.
A bancada da bola vem manobrando para isentar os clubes do pagamento desta dívida. São todos grandes e poderosos. Entre eles os quatro grandes do Rio estão presentes. Os dois maiores de Minas, os do estado de São Paulo, entre outros.
Todos eles muito poderosos, não economicamente, como imaginamos, estão devedores. Mas politicamente são muito fortes. E nessa equação, devemos levar em consideração que economia e política não se separam. Logo, é bom ficarmos com a barba de molho.
No nosso entendimento, todos devem pagar. Isenção, não!!!
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