quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Enamorado leitor


Eles representam, tal como uma fotografia, o reflexo dos meus momentos, digamos assim, de desenvolvimento pessoal.


Estou sempre com eles. Mesmo quando não os uso. Seus conteúdos, assim como eles próprios (por que não?) constituem-se como órgãos da minha individualidade.

Hoje passei o dia organizando-os. Limpei e folheei. Alguns revisitei mais demoradamente do que outros. Também redescobri os que pensava ter perdido ou emprestado (o que dá no mesmo, invariavelmente).

Outros, muitos, me fizeram lembrar de vários momentos, trajetórias, embates e debates. Fizeram-me ri. Emocionei-me. Vozes escutei. Sim!!! Vozes do passado e do presente.

Do futuro? Não. Mas eles me ensinaram e continuam ensinando que o mesmo não tarda a chegar. Está logo ali, na margem.

Dos que possuo, em sua maioria, já perderam aquele leve cheiro de coisa nova. Indescritível cheiro que só os seus amantes, sem pedir permissão, procuram sentir quando o possui.

É um ato de cortejo, imagino. Passo inicial do enamorado leitor.

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