"Em Itabuna, os eleitores disseram não tanto
ao capitão quanto ao coronel". O capitão Azevedo (DEM) não vai mais
governar a cidade. Mas perdeu demonstrando densidade eleitoral, ostentando um
número expressivo de votos, 44. 516. O vencedor do pleito, o candidato
Vane do Renascer (PRB), conseguiu pouco mais de 1.100 votos na frente,
totalizando 45.623, elegendo-se prefeito. Em termos percentuais, 40,61% contra 41,62%, respectivamente.
Derrotado mesmo e de forma acachapante foi o
"coronel", o senhor Geraldo Simões (PT). Espero que o mesmo
entenda - e para homens públicos a derrota é uma oportunidade de rever
posições - que o Partido dos Trabalhadores se originou combatendo
práticas autoritárias e que o mesmo não sobrevive se no seu interior se
reproduz as mesmas táticas e estratégias ditatoriais oriundas em um
tempo de terror, tempo este que o próprio PT, através da Comissão da Verdade
instituída pelo governo da presidenta Dilma quer esclarecer e punir os algozes
de sujeitos que lutavam pela restauração da democracia no país.
O tempo dos feudos acabou. Precisamos
ampliar e aprofundar a democracia e isso deve se estender para a nossa
prática social. Um partido político, independente da sua coloração,
precisa ouvir a sua base e não insistir em algo que não representa o
anseio da mesma. Ainda mais quando a insistência se funda em algo que
foi testado e não foi aprovado em outro pleito, como foi o caso da
candidata Juçara, nas eleições de 2008. Se naquele momento, o seu nome
já não representava os anseios da base, o que mudou de lá para cá para a
manutenção do seu nome? Absolutamente, nada!!! Por que, então, a
insistência no mesmo? Fica a pergunta no ar.
Política não se faz com arrogância, mas,
sim, cultivando a arte do possível, dialogando e ponderando sempre pelos
interesses da classe que o partido representa, no caso do PT, os trabalhadores
assalariados. Em política não existe espaço vazio e precisamos, nós
todos que acreditamos no PT e não no PT do G, como o partido é conhecido
pelos grapiúnas, tamanha a ingerência do senhor Geraldo Simões,
aproveitar o momento e refundar o partido na cidade. Em nível nacional
este movimento está sendo pensado, principalmente pela corrente O
Trabalho e podemos, também, reproduzir este movimento no interior do PT
grapiúna. O que nos impede?
O momento é mais do que de reflexão. É de
estudo, de debate, de retomada da formação política e de quadros, de
voltar para a base, para as comunidades, para a organização da classe
trabalhadora, levantar a bandeira do socialismo, em síntese, politizar a
sociedade e o debate sobre questões fundamentais para a cidade de Itabuna.
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