Sabemos todos a situação do Itabuna Esporte Clube. Até a última rodada do baianão 2012, o time do sul da Bahia tinha ganho apenas duas partidas em todo o campeonato. Empatou cinco vezes e perdeu 13, caindo mais uma vez para a segunda divisão com três rodadas de antecedência e deixando frustrado inúmeros torcedores amantes do clube e que há muito tempo merecem melhor sorte.
O ano de fundação do Itabuna profissional é o mesmo do meu nascimento, 1967. De lá, para cá, tivemos como título maior, o Vice-campeonato baiano de 1970 e muitas frustrações. Se times das cidades do interior do estado como Feira de Santana e Ilhéus já tiveram seus representantes alcançando o título máximo, o mesmo não pode ser dito do nosso querido Dragão do Sul.
O debate sobre os rumos do Itabuna Esporte Clube e a necessária saída do Sr. Ricardo Xavier (que pode ser reconduzido, desde que promova eleições diretas) torna-se essencial. Não obstante, assinalo que este debate só terá sentido e significado se no seu contexto ampliarmos a discussão com os diferentes setores da sociedade civil sobre o tipo de cidade e de suas representações (entre elas o time de futebol) que nós, itabunenses, queremos ter.
No meu entendimento, discuti a saída do Sr. Ricardo Xavier do comando do Itabuna só faz sentido se discutirmos amplamente, a situação da centenária cidade de Itabuna, que se encontra muito aquém das suas potencialidades e capacidades do seu povo. A situação atual do Dragão do Sul expressa este momento. É como se o time de futebol fosse a expressão mais acabada da situação da cidade grapiúna que definha a olhos vistos.
Ou nós, itabunenses, tomamos a rédia do desenvolvimento histórico da nossa cidade (e isso implica tomar o clube maior que nos representa), ou o mesmo caminhará única e exclusivamente para a ampliação das benesse de poucos, passando de pai para filho, deste para os netos e se perpetuando ad infinitum.
Como itabunense que se radica em Salvador há 21 anos, sem nunca deixar de acompanhar a vida da cidade e contribuir na medida do possível com o seu desenvolvimento sempre que sou solicitado, vejo com preocupação os rumos que a mesma vem tomando. Mas o pessimismo da minha razão não oblitera em hipótese alguma, o otimismo da minha vontade. Penso no momento da crise pela qual a cidade e o futebol itabunense passam como uma excelente oportunidade de repensar as nossas ações.
Mas pensar não é suficiente. É necessário agir. Que tal começarmos ampliando a democracia e tornando elegível por voto direto, o próximo presidente do Itabuna Esporte Clube, com mandato de quatro anos, podendo se reeleger uma única vez? Fica aqui uma proposta.
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