quarta-feira, 7 de março de 2012

Síndrome de Estocolmo

Tudo indica que não será dessa vez que o Sr. Ricardo Teixeira deixará o cargo de presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e do Comitê Organizador da Copa de 2014 (COL).

O eterno cartola contou com a anuência, para dizer o mínimo, de outros 27 dirigentes de federações estaduais para não só se manter no cargo como, também, demonstrar força. O mesmo foi simplesmente ovacionado no último dia 29 de março por seus pares, os mesmos que até poucas semanas atrás já começavam a falar em seu destronamento.

Tudo isso entre denúncias e mais denúncias contra ele. Mas o que importa? No país do "ficha-limpa", ficha-suja também tem vez. E olha que desde 1989, a começar pela eleição que o elevou a presidente da CBF, que este homem apronta, apronta e apronta. E tá tudo documentado em vários livros. Os dois últimos, A Privataria Tucana e Jogo Sujo, dos jornalistas Amaury Ribeiro Júnior e Andrew Jennings, respectivamente, é mais do que emblemático e exige uma explicação pública do Sr. Teixeira.

Mas o mesmo não está nem um pouco preocupado. Lembram-se da CPI da Nike? Acabou em pizza também e o seu algoz, à época, o senhor Aldo Rebelo, atual Ministro dos Esportes, se encontra de mãos dadas com o torturado.

Uma perfeita variante da Síndrome de Estocolmo.

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