quarta-feira, 31 de julho de 2013

O patrocínio da Caixa

Na postagem abaixo, realizada há pouco mais de uma semana, questionava: quantos são os clubes de futebol patrocinados pela Caixa Econômica Federal? Quanto de dinheiro existe envolvido aí? Quanto é investido, pelas estatais, no esporte de rendimento de uma maneira geral? Qual a contrapartida para o estado nacional?

Bem. As duas últimas perguntas ficarão, por enquanto, sem resposta.

Sobre as duas primeiras, a resposta é a seguinte:

Dos clubes que participam do Brasileirão de Futebol 2013, Série A e B, 11 recebem, de forma desigual, patrocínio da estatal.

O número pode crescer, caso Bahia, Cruzeiro e Atlético Mineiro resolvam suas pendengas fiscais e tenham condições de entrarem para a lista dos agraciados pela verba estatal que, somada as duas séries, totaliza R$ 97 milhões.

Corinthians, Flamengo e Vasco, são os que mais recebem (31, 25 e 15 milhões respectivamente).

Vitória, Coritiba e Atlético do Paraná ficam em quarto,  recebendo o montante de R$ 6 milhões.

Dos times que participam do brasileirão da Série B, Atlético-GO recebe R$ 2,4 milhões; Avaí e Figueirense, R$ 1,75 milhão; Chapecoense e Asa (que estão no momento no extremo da tabela, segundo e décimo nono lugar, respectivamente) recebem R$ 1 milhão.

Sigamos na busca da resposta para as duas últimas perguntas.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Botões que lêem

Meus botões perguntam: quantos são os clubes de futebol patrocinados pela Caixa Econômica Federal? Quanto de dinheiro existe envolvido aí? Aliás, quanto é investido, pelas estatais, no esporte de rendimento de uma maneira geral? Qual a contrapartida para o estado nacional?

Perguntas de botões que lêem

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Patrocínio desigual

A Caixa Econômica Federal vem colocando a sua marca em diferentes times no atual campeonato brasileiro.

Diferente também é o valor que o banco estatal paga às agremiações. O Esporte Clube Vitória, por exemplo, que não deve nada a ninguém, estando, enquanto empresa, isento de obrigações trabalhistas entre outras, recebeu 6 milhões. Um milhão a mais do que gasta por mês para manter o clube.

Já o Flamengo, time do Rio de Janeiro que deve apenas à duas pessoas, deus e o mundo, e que tem uma dívida que alcança a cifra dos 300 milhões, foi agraciado pela Caixa com 30 milhões de reais.

E assim caminha o futebol, expressando as desigualdades regionais no contexto dos patrocínios igualmente desiguais.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Inflação


Mídia Seletiva

Os portais de notícias dos conglomerados midiáticos mudaram totalmente o tom na cobertura do Dia Nacional de Lutas com Mobilizações e Greves, convocado pelas centrais sindicais. Até o meio dia desta quinta-feira (11), eles voltaram à velha ladainha da criminalização das lutas sociais. O Globo (G1), Folha (UOL) e Estadão destacaram apenas os “bloqueios de estradas”, o “congestionamento do transito”, o “fechamento de lojas” e o “tumulto” em centenas de cidades do país. Bem diferente da cobertura dos protestos de junho, que foram exibidos como “protestos cívicos” e “apartidários”.

A mídia patronal nunca tolerou as mobilizações sindicais – até porque ela explora brutalmente os trabalhadores nas suas redações. Como ensinou Cláudio Abramo, a única liberdade de imprensa existente nas redações é a do dono da empresa jornalística. Neste sentido, não dava para esperar outra reação dos jornalões e emissoras de rádio e tevê neste 11 de julho. A mídia hegemônica tenta jogar na divisão das centrais e abafar a pauta dos trabalhadores – que inclui redução da jornada de trabalho, fim do fator previdenciário, retirada do projeto de lei que amplia a terceirização, entre outras bandeiras.

Nos protestos de junho, que mobilizaram milhares de jovens pela redução das tarifas do transporte, a mídia patronal teve uma dupla moral. Num primeiro momento, ela exigiu dura repressão contra os manifestantes. Editoriais raivosos da Folha e Estadão e comentários hidrófobos do “calunista” global Arnaldo Jabor serviram de ordem para o governador tucano Geraldo Alckmin, que acionou a tropa de choque da PM e abusou da violência em São Paulo. Na sequência, como os protestos se ampliaram, inclusive como forma de solidariedade, ela mudou de postura e tentou pegar carona nas manifestações, impondo a sua pauta conservadora.

A frase patética de Arnaldo Jabor na CBN, “eu errei”, expressou esta mudança oportunista de comportamento. A TV Globo chegou a derrubar a sua grade de programação, retirando do ar até a novela, para divulgar os protestos. Fausto Silva usou o seu “Domingão” para convocar manifestações; Ana Maria Braga exibiu “modelitos” para os que pretendiam ir às ruas. Jovens bonitos, bem vestidos e pintados com as cores do Brasil foram exibidos em doses cavalares na telinha da Globo, numa manipulação escancarada com o objetivo de enquadrar politicamente os protestos.

Agora, quando os trabalhadores entram em cena, com as suas reivindicações e bandeiras, a mídia hegemônica volta ao velho expediente e tenta desqualificar as paralisações e as passeatas. Ela sabe que não pode manipular facilmente os protestos organizados unitariamente pelas centrais sindicais. Os barões da mídia tem espírito de classe e não vacilam na defesa dos seus interesses. Pena que o governo Dilma ainda não tenha percebido que a mídia se transformou no mais importante partido da direita do Brasil...


Retirado do blog do Miro

sexta-feira, 5 de julho de 2013

BRASIL: CRISIS, COMBATES Y PERSPECTIVAS

Por Osvaldo Coggiola
Cuando Brasil venció la Copa de las Confederaciones, en el mismo momento, fuera del Maracaná, una multitud, equivalente a la que se encontraba en el estadio, protagonizaba una batalla campal contra la policía, que usó bombas, gas y balas de caucho. El saldo fue decenas de heridos y detenidos. Que el fútbol, religión nacional, no haya desviado una movilización antigubernamental es un hecho inédito en la historia. Tan insólito como el hecho de que la presidente ni siquiera pisó el estadio, teniendo una silbatina peor que en la inauguración de la Copa. Neymar se pronunció (pese al cerco de seguridad que lo rodea permanentenente) en favor de las manifestaciones. El mismo domingo, la Cámara Municipal de Belo Horizonte fue ocupada por jóvenes que reivindican la apertura de los contratos con las empresas privadas de transporte urbano, para poner en evidencia los superlucros patronales y la corrupción descarada de los “representantes populares”.  Desde la semana pasada, los movimentos de las favelas paulistas (MTST, los “sin techo”, y “Periferia Activa”) organizan manifestaciones y bloqueos de avenidas contra las pésimas condiciones de alojamento, salud y transporte en los barrios pobres.

Al mismo tiempo, se desarrolla una formidable ofensiva represiva no solo en las calles sino en las mismas favelas, un gigantesco operativo de militarización para evitar que los sectores más explotados se incorporen masivamente a la lucha. En la Favela de la Maré la operación dejó media docena de jóvenes muertos, definidos como “ladrones”; enseguida se puso en evidencia que ninguno de ellos había tenido siquiera una acusación formal en su contra en toda su vida. El monstruoso aparato represivo brasileño ha sido incrementado y se ha sofisticado como nunca en función de los “grandes eventos” (campeonatos mundiales de fútbol y Olimpiadas) por el “gobierno de los trabajadores”. Durante las primeras manifestaciones, Dilma Rousseff ofreció pública y explicitamente el apoyo de la “Fuerza Nacional”, un engendro represivo “contrainsurgente” montado por el gobierno del PT, a gobernadores e intendentes ‘en apuros’.

La rebelión popular ha originado una crisis institucional. La PEC (propuesta de enmienda constitucional) nº 37, enviada por el gobierno al Congreso, fue rechazada por... 430 votos contra 9. La PEC proponía transferir las facultades de investigación del Ministerio Público a la Policia Judicial. Es una maniobra para que el Poder Judicial (que se le escapó al PT de las manos) frenase la investigación de los casos de corrupción gubernamental. Los nueve votos a favor fueron de nueve derechistas hipercorruptos, hasta el presente adversarios del gobierno; toda la bancada del PT votó contra el gobierno, que se ha quedado sin “base aliada” parlamentaria. Frente a la catástrofe política, Dilma sacó de la galera una propuesta de constituyente para tratar una reforma política (financiamento público exclusivo de las campañas electorales), a la que el Poder Judicial y la mayoría de los parlamentarios se declararon hostiles. El gobierno reculó y pasó a defender un plebiscito sobre uma propuesta de reforma. En las actuales condiciones, la propuesta puede dar un eje político nacional de repudio a la movilización heterogénea de las calles.

El índice de aprobación de Dilma Rousseff cayó del 70% al 30%. En una reunión de Dilma com las centrales sindicales, el representante de la Conlutas denunció la propuesta de “plebiscito popular” como una maniobra distraccionista desesperada. Los planteos de las centrales sindicales al gobierno fueron simplemente ignorados, y ha sido convocado um paro general para el 11 de julio, esto es, para casi un mes y medio después de las primeras manifestaciones contra el tarifazo de los transportes. Conlutas convocó a algunas movilizaciones parciales (sin éxito) antes de esa fecha.

La tentativa de la izquierda de participar con columnas propias (“rojas”) en la manifestaciones en la Av. Paulista fue literalmente repelida a palos. Los manifestantes no apreciaron el intento de diferenciación de la izquierda y tampoco el propósito de hacer propio al movimento.  La izquierda ha replicado reclamando el derecho a participar con banderas propias en las manifestaciones. Pero todo esto es distraccionismo, porque la izquierda no se hecho conocer a través de un planteo próprio, es decir sin aportar al movimento. No ha dicho ni pío sobre la constituyente, cuando la burguesia la rechaza con el planteo de que las constituyentes se convocan cuando se rompe un régimen político y se plantea la creación de otro. Algunos de la “izquierda progre” (intelectuales sin partido, aliados del PT de todo tipo) han llegado a denunciar todas las manifestaciones como montajes de la CIA contra el gobierno del PT, en un artículo ampliamente traducido y difundido por sitios y redes chavistas y “progres” del continente (“La protesta brasileña de la última semana”, por Tania Jamardo Faillace, Alai-Amlatina). Este fin de semana, Lula salió de su mutismo para decir que hay que estar en la calle para “empujar el gobierno hacia la izquierda”.

La movilización calllejera es cada vez más generalizada; el paro general nacional del 11 de julio, convocado por todas las centrales sindicales es un intento claro de recuperar la calle para las agencias populares del gobierno, que se encargarían luego de desmovilizar la rebelión.  Un boicot al plebiscito podría reencender el movimento y provocar la caída del gobierno y las elecciones antecipadas. Puede darle una plataforma nacional y un nuevo escalón político al movimiento de las calles. Egipto también ayuda.    

Mídia burguesa

Diante de todos esses movimentos que ocorrem pelo país, alguns erráticos, outros espontâneos, outros nem tanto e muitos com bandeiras claras, questionando as ações sociais do governo Dilma, entre outras coisas e notando a influência das mídias na direção destes mesmos movimentos, meus botões questionam: você sabe, gigante que nunca dormiu, qual a diferença entre as mídias burguesas?

Não, meus botões. E espero que não me devorem por isso.

Sorte a sua. Pois não somos a Esfinge de Hades, mas bondosos botões e como tais, responderemos a questão.

Então digam. Qual a diferença?

É a seguinte: tem aquelas que mentem em tudo. E tem outras que mentem só no essencial.