
No próximo final de semana, precisamente no dia 09 de agosto, teremos em Salvador uma das etapas da Stock Car brasileira, o Grande Prêmio Bahia de Stock Car. Será a segunda vez que a capital baiana sediará uma competição automobilística deste nível.
Em novembro de 2005, precisamente no dia 20, tivemos, na Cidade Baixa, ao lado da Baía de Todos os Santos, a Fórmula Renault conjuntamente com a Copa Clio. Naquela oportunidade Salvador se configurava como a primeira cidade do Nordeste a sediar estas provas automobilísticas, denominadas de Renault Speed Show by Tim.
Este ano, Salvador desponta também como primeiríssima, agora não apenas do Nordeste, mas nacionalmente, ao realizar a competição da Stock Car no formato de circuito de rua. Esta façanha só foi possível graças ao empenho da presidente da Federação de Automobilismo da Bahia, Selma Morais, que contou com o apoio tanto de Wagner (Governador) como, também, de João Henrique (Prefeito). E olha que isso se deu quando os dois ainda estavam (como ainda estão) no imbróglio em relação à candidatura para o próximo governo da Bahia.

Ledo engano. A prova ocorreu em 2005 e fim. Nada aconteceu em 2006, 2007 e 2008. Agora em 2009, teremos a Stock Car, que é uma outra competição, sem relação nenhuma com a Copa Renault que, aliás, era da Tim, e a do dia 09 de agosto é da Nextel.
As telefonias estão em alta!!!
Estão em alta também os valores dos ingressos. Mas uma vez, sobrarão para os “de baixo”, guardarem os carros dos “de cima”, que desembolsam R$ 80,00 (arquibancada inteira) a R$ 120,00 (setor da rotatória) para assistir ao evento que, também, assim como a Copa Renault, tem promessa para ocorrer durante cinco anos seguidos.
Todo esse empenho dos governos (estadual e municipal) visa atender a um projeto maior existente no setor de turismo e que objetiva criar eventos que transcendam o carnaval e que mantenham o fluxo turístico na capital fora do verão, o que consideramos extremamente positivo, muito embora continuemos considerando as ações extremamente seletivas e fora de um contexto mais abrangente de uma política pública de esporte e lazer mais “inclusiva”, socialmente referendada pois, até onde sabemos, a ideia de uma competição deste nível saiu das cabeças iluminadas de poucos que continuam achando que o dinheiro público deve servir para patrocinar eventos que beneficiem apenas uma ínfima parcela do público.

E ainda tem gente que tem a cara de pau de dizer, em alto e bom som, como fez o senhor Pedro Paulo Diniz, da PPD Sports, empresa promotora e organizadora do evento de 2005, a Copa Renault, de que "Salvador, com certeza, vai ser nossa Mônaco (principado às margens do Mediterrâneo) brasileira”.
Resta saber se quando ele diz "nossa" ele está se referindo aos guardadores dos carros nos estacionamentos ou aos que assistirão da arquibancada a corrida da Stock Car. Alguém tem dúvida?