sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Uma certeza, uma dúvida e uma constatação

Este final de semana será decisivo para o Esporte Clube Vitória. Amanhã, um simples empate o levará para o lugar de onde não deveria nunca ter saído: para a elite do futebol.

Casa cheia, mais de 35 mil pagantes lotarão o alçapão rubro-negro e o Leão da Barra vai subir com honra, vencendo o jogo. Eis a certeza.

No domingo será a vez do Esporte Clube Bahia tentar se manter na primeira divisão. Caso vença o jogo contra o Náutico e o Sport perca o seu contra o Fluminense, campeão brasileiro antecipado de 2012, ele garantirá sua permanência. Caso contrário, ainda terá mais uma rodada, a última, no próximo fim de semana, para tentar continuar na elite do futebol. Eis aqui a dúvida.

Mas, independente dos resultados, que torço para que sejam excelentes para os dois times baianos, a certeza que fica pela dinâmica dos últimos campeonatos brasileiros, digamos, desde que o mesmo foi concebido com pontos corridos, é que a desigualdade econômica entre os clubes tem uniformizado uma dinâmica em que os times do sul e sudeste do país levam vantagens na disputa pelo título.

Óbvio que não é apenas isso. Mas no conjunto das ações necessárias para que um time de futebol sagre-se campeão de um torneio tão longo e disputado como é o Brasileirão, o fator econômico pesa muito.

Se não pensarmos em alternativas para equilibrar o jogo, entrará e sairá ano e a alegria e emoção dos baianos se resumirá na esperança de ver o seu time subir ou na fé para que o seu time não caia. Título que é bom, nada!!!

Eis a constatação.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

MEGAEVENTOS ESPORTIVOS E CULTURA ESPORTIVA: O QUE QUEREMOS? (PARTE I)

(Texto de minha autoria, extraído do Jornal A Tribuna Cultural, publicado no dia 02 de novembro de 2012)

É sabido por quase a totalidade dos brasileiros que o seu país será sede de, pelo menos, dois grandes megaeventos esportivos. Refiro-me a Copa do Mundo de 2014 e aos Jogos Olímpicos de 2016.
O que talvez não passe na cabeça desses mesmos brasileiros é o que isso significa para o que denominamos de cultura esportiva. Para a grande maioria, sobram argumentos positivos e para outros, a minoria, sobram argumentos de cunho mais crítico, o que implica analisar o fenômeno tanto na sua positividade quanto, também, na sua negatividade.

Para esta última posição, há até uma propaganda de um dos patrocinadores da Copa que os situam no campo dos pessimistas. Isso me lembra do sociólogo Chico de Oliveira que, chamado de pessimista em uma entrevista por um repórter, saiu-se com o argumento de que pessimista era o sujeito otimista, porém, mal informado. O que não era o seu caso. Calou-se o repórter.

Não se trata aqui de ser pessimista nem, tampouco, otimista. Trata-se de pensar nesses eventos de maneira crítica o que, também, não tem a conotação de falar mal. O que importa é colocar em evidencia a lógica histórica do chamado fenômeno esportivo nacional, lógica essa muito pouco conhecida da população, como de resto, quando o tema é tratado dentro da ótica política.


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quinta-feira, 1 de novembro de 2012

A democracia longe do esporte

(Texto publicado no Jornal A TRIBUNA CULTURAL no dia 22 de outubro. Aqui reproduzido parcialmente).

Mais uma vez, o mês de outubro se consagra como o do exercício da democracia eletiva. Vivenciamos eleições direta para as prefeituras municipais e câmaras de vereadores recentemente em todos os municípios brasileiro emancipados e nas 83 cidades com mais de 200 mil eleitores que tem o direito ao segundo turno, os cidadãos de 50 delas ainda exercitarão o voto no pleito no dia 28 próximo.

É a democracia com toda a sua pujança a materializar-se do Oiapoque ao Chuí, consolidando sempre e cada vez mais o estado republicano, que mesmo não exercendo a sua soberania clássica caminha, lentamente para alguns e a passos largos para outros, à sua consolidação.

Não obstante, nem todas as instituições da sociedade civil se desenvolvem com esse dinamismo, impedindo que a democracia brasileira deixe de ser representativa e torne-se substantiva. Refiro-me, exclusivamente, a instituição esportiva, uma das mais sólidas e onde ainda se exerce o poder de mando próprio dos coronéis do passado, onde impera o servilismo, onde mantém-se, aprofunda-se e amplia-se os feudos medievais.

Não me deixa mentir a reeleição do presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, o senhor Carlos Arthur Nuzman, que ocupando o cargo há 17 anos, foi reconduzido para o exercício do mesmo por mais quatro. Caso ele consiga o intento de mais uma vez, se reeleger depois dos Jogos Olímpicos de 2016, ele superará o mais longevo cartola do esporte nacional, o senhor João Havelange...


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