quinta-feira, 24 de agosto de 2023

Processo disciplinar contra dirigente espanhol

O Comitê Disciplinar da Fifa abriu um processo disciplinar contra Luis Rubiales, presidente da federação espanhola, após seu beijo na jogadora campeã da Copa do Mundo feminina Jenni Hermoso, disse a entidade que dirige o futebol mundial nesta quinta-feira.

O incidente - que aconteceu enquanto Rubiales entregava às jogadoras as medalhas de ouro depois de vencerem a Inglaterra por 1 x 0 na final, no domingo - gerou indignação dentro e fora da Espanha, com Hermoso dizendo que tais atos "nunca deveriam ficar impunes".

"O Comitê Disciplinar da Fifa informou hoje a Luis Rubiales, presidente da Federação Espanhola de Futebol, que está abrindo um processo disciplinar contra ele com base nos eventos ocorridos durante a final da Copa do Mundo feminina", afirmou o comunicado.

"Os eventos podem constituir violações do artigo 13, parágrafos 1 e 2, do Código Disciplinar da Fifa."

O artigo 13 do código trata de “comportamento ofensivo” de jogadores e dirigentes, particularmente da “violação das regras básicas de conduta decente” e do “comportamento de uma forma que traga descrédito ao desporto”.

Rubiales, que inicialmente chamou seus críticos de "idiotas", divulgou um pedido de desculpas em vídeo no final da segunda-feira, mas não conseguiu conter o alvoroço.

A segunda vice-primeira-ministra em exercício, Yolanda Díaz, pediu a renúncia de Rubiales porque "sem dúvida (ele) atacou uma mulher".

A liga espanhola de futebol feminino, Liga F, defendeu a saída de Rubiales e disse ter apresentado uma queixa ao presidente do Conselho Superior do Desporto (CSD) pelas suas “ações e comportamento muito graves”.

Hermoso, que disse após a final não ter gostado do beijo de Rubiales, acrescentou na quarta-feira que o sindicato FUTPRO e sua agência TMJ estavam defendendo seus interesses sobre a questão.

“Estamos trabalhando para garantir que atos como o que vimos nunca fiquem impunes, que sejam sancionados e que sejam adotadas medidas exemplares para proteger as jogadoras de futebol de ações que acreditamos serem inaceitáveis”, afirmou ela.

(Reportagem de Rohith Nair em Bengaluru)

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