terça-feira, 25 de julho de 2023

As lutas, os desafios e as conquistas do futebol feminino no Brasil


Por Riva / 25 de julho de 2023 / terça-feira / 14h15

A nona Copa do Mundo de Futebol Feminino está sendo realizada na Austrália e Nova Zelândia e, a seleção brasileira, começou a competição vencendo o Panamá por 4 a 0 jogando um futebol vistoso.

Mesmo sem nunca ter conquistado o título mundial, a seleção brasileira vem mostrando uma enorme evolução. A jogadora mais premiada do mundo é a brasileira Marta e muitas jogadoras estão sendo transferidas para jogar no forte futebol europeu.

O futebol feminino teve início no Brasil na metade dos anos 80. Mas, para chegarmos nesse patamar, o futebol feminino teve que lutar durante muito tempo contra o preconceito, a falta de estrutura e de apoio financeiro.

Apesar de termos a participação de mulheres em quase todos os esportes, a presença das mulheres jogando futebol era algo impensável para a maioria dos homens. Na época (década de 80 e 90) o preconceito era muito grande e, quando uma mulher jogava futebol, as críticas eram certas. Casos em que os próprios pais e familiares não aceitavam e não permitiam que as filhas jogassem futebol era normal.

Sem o interesse dos clubes de maior aporte financeiro e sem a continuidade do esporte nos clubes de menor aporte financeiro, o futebol feminino no Brasil passou um longo período no ostracismo. Faltava incentivo e aporte financeiro para os clubes que tinham interesse em alavancar o futebol feminino no Brasil.

A situação começou a mudar quando as mulheres romperam a bolha e começaram trabalhar no futebol. As jornalistas, médicas, nutricionistas, psicólogas, conquistaram espaço no futebol precisando provar que são competentes e capazes de fazer o mesmo trabalho que é feito pelos homens. Claro que alguns preconceituosos ainda tem certa rejeição.

Outra situação que contribuiu com a evolução do futebol feminino no Brasil é a enorme presença das mulheres nos estádios. Em décadas passadas, a presença de mulheres nos estádios era bem menor. Essa situação despertou o interesse dos clubes e das fabricantes de materiais esportivos. A comercialização de produtos licenciados (camisas, bonés, assessórios) para torcedoras e jogadoras é muito grande e gera uma enorme receita.

Os veículos de comunicação e o mercado publicitário abriram os olhos e enxergaram mais uma fonte de receitas. Uma fonte de receitas que, de forma direta, otimiza a estrutura financeira e física do futebol feminino no Brasil. Com mais receita para o futebol feminino, os clubes estão investindo em bons centros de treinamentos, profissionais (preparadores físicos, técnicos e técnicas, observadores / olheiros, etc) e contratando jogadoras de bom nível técnico.

Independente do resultado final da participação da seleção brasileira de futebol feminino na Copa, o processo de evolução não pode parar.

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