Refletir sobre o esporte para além das configurações táticas e técnicas que lhes são próprias e tendo o mesmo como expressão singular para pensarmos fenômenos mais gerais da sociedade, eis o objetivo do blog.
domingo, 11 de outubro de 2009
Perguntas de um blogueiro que ler
Se a cidade do Rio de Janeiro não fosse escolhida, o que seria do Rio e do esporte nacional?
Por que, no dia do anúncio da cidade que seria sede das Olimpíadas 2016, foram apresentados apenas argumentos favoráveis ao evento no Brasil?
O que dizer de uma rede de televisão, que funciona por concessão pública, apresentar apenas os atletas com argumentos pró-Rio?
Cadê as vozes dos jornalistas, esportistas e cronistas contrários ao Rio-2016?
Qual a relação entre a compra dos caças franceses pelo Brasil e os Jogos Olímpicos de 2016?
Por que os atletas que tinham críticas ferrenhas ao Nuzman, ficaram ao lado dele na disputa pela cidade sede?
Por que, de repente, não mais do que de repente, "ninguém" menciona as falcatruas do Pan-2007?
Depois das Olimpíadas, o Nuzman será candidato a presidente da (des)república?
Orlando Silva, o Ministro dos Esportes, será ou não candidato em 2010?
Por que, só agora, depois da vitória do Rio como cidade sede das Olimpíadas, o governo brasileiro vai fazer o PAC do esporte?
Por que a insistência em um modelo piramidal de desenvolvimento do esporte nacional?
Os dirigentes que já estão uma eternidade à frente das federações e confederações, deixarão seus cargos antes de 2016?
Qual a diferença do modelo de esporte brasileiro da década de 30 do século XX, para o atual, do século XXI?
A chamada "Lei Pelé", difere de que mesmo da "Lei Zico" se até os números das camisas dos dois craques são os mesmos?
Por que o esporte de rendimento é sempre o mais valorizado nas políticas de governo para o setor?
Quem, por fim, efetivamente, pagará a conta dos Jogos Olímpicos de 2016?
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8 comentários:
Responderei a última com uma certeza que me foi dada através do seu blog, Professor Welington: o povo, o povo pagará o pato, desculpe, pagará a conta.
Larissa
O mundo mágico dos Tribunais de Contas
Obrigações profissionais levam-me frequentemente a participar de licitações em várias instâncias. Quase não há pregão para serviços que não contenha exigências absurdas em edital ou propostas vencedoras tecnicamente inviáveis. As lacunas da lei 8666 permitem, os tribunais fazem vistas grossas, ninguém reclama. Vez em quando vaza alguma fraude e as autoridades fazem cara de espanto. Pois é.
Não surpreende que o rabicho do TCE paulista apareça nas investigações do escândalo Alstom-PSDB. Nem que haja tamanha resistência a investigar, em ambiente político, algo que teria derrubado vinte Dirceus e Paloccis. Em breve o Judiciário será obrigado a resolver dezenas de inquéritos abertos. Mas duvido que haja qualquer resultado satisfatório: o caso envolve gente demais, dinheiro demais, paulistas demais, tucanos demais. Seria um castelo de cartas desmoronando, pondo abaixo o que resta do PSDB histórico, atingido em seu ninho original.
Com todo esse chorume sendo escoado, os jornais preferem destacar a suspensão de meia dúzia de obras do PAC, ordenada pelo... TCU do ministro Ubiratan Aguiar, ex-deputado federal pelo... PSDB, da turma do Rodoanel. Quando Aguiar foi nomeado para o TCU, em abril de 2001, ninguém no jornalismo corporativo teceu qualquer crítica a seus vínculos partidários (você sabe quem compõe o Tribunal de Contas de seu Estado?). O silêncio se repete agora, quando o TCU se manifesta apenas contra o PAC, poupando o interminável Rodoanel.
Assim funcionam as instâncias responsáveis por fiscalizar os investimentos públicos da Copa do Mundo e das Olimpíadas. E assim reage a imprensa dita democrática, em tese dedicada a cobrar o rigor daqueles mesmos órgãos escrutinadores.
Guilherme, a sua pergunta sobre o TCU da Bahia eu não sei responder, mas vou procurar saber.
Larissa
Respondendo:
1. Acabaria o ufanismo barato e estariamos salvos desse assalto.
2. Porque todo mundo quer algum tipo de concessão para transmitir e colocar anunciantes na malha televisiva e afins
3. Jogo de interesses
4. Se calaram, e teve um que eu gosto muito que é o Juca que chamou o Lula de "O maior estadista da história do brasil" no programa do dia 3 Out 09
5. Nula
6. Todos querem morder.
7. Vai sim e já manifestou esse interesse.
8. Porque é oportuno e oportunista.
9. Porque é o que dá apoio politico e visibilidade
Humm
Boas perguntas. Sempre tem o outro lada né amigo?! Mas é claro que só foi mostrado o que é conveniente...
Bjimmm
Welington,
se agora em 2009 você já tem todas estas perguntas - que, creio eu, sejam uma síntese das coisas que o povo deverei saber e não sabe - que tal imaginarmos - olhando as regularidades, descobrindo as leis internas ao fenômeno e evidenciando quais as tendências - as perguntas que faremos em 2016 após os jogos? Meu primeiro palpite é: Após tantos investimentos valeu mesmo a pena?
Minha impressão é que em agosto de 2016 milhões de brasileiros ficarão como no poema de Brecht (creio que seja de Brecht) quando diz: "Agora que se foram os bárbaros, o que será de nós sem os bárbaros?"
saudações
Cláudio Lira
Meu amigo, Lira. O exercício é muito interessante e nos obriga a olhar para a história com radicalidade, indo ao núcleo duro do movimento esportivo. Uma outra questão que estou pensando é que muito se vem falando da viabilidade do evento e pouco da validade. E no discurso da viabilidade a palavra potência olímpica aparece entrelinhas como se fosse BRASIL POTÊNCIA. O fato do evento ser viável não significa que o mesmo é válido em relação a mudança estrutural da vida dos homens e das mulheres do país. A China foi a primeira no quadro de medalhas de Pequim 2008. IDH: 92º. O Quênia (147º no IDH) ficou em 15º lugar nas olimpíadas. À frente da Noruega, que foi 21ª no quadro de medalhas e tem o mais alto Índice de Desenvolvimento Humano, segundo a ONU.
Sobre os bárbaros, o poema é do Konstantinos Kaváfis (À ESPERA DOS BÁRBAROS). Em sua homenagem, vou botar O poema na barra lateral do blog para que todos conheçam.
Se a cidade do Rio de Janeiro não fosse escolhida, o que seria do Rio e do esporte nacional?
1. Acabaria o ufanismo barato e estaríamos salvos desse assalto.
Por que, no dia do anúncio da cidade que seria sede das Olimpíadas 2016, foram apresentados apenas argumentos favoráveis ao evento no Brasil?
. Porque todo mundo quer algum tipo de concessão para transmitir e colocar anunciantes na malha televisiva e afins.
O que dizer de uma rede de televisão, que funciona por concessão pública, apresentar apenas os atletas com argumentos pró-Rio?
3. Jogo de interesses
Cadê as vozes dos jornalistas, esportistas e cronistas contrários ao Rio-2016?
4. Se calaram, e teve um que eu gosto muito que é o Juca que chamou o Lula de "O maior estadista da história do brasil" no programa do dia 3 Out 09
Qual a relação entre a compra dos caças franceses pelo Brasil e os Jogos Olímpicos de 2016?
5. Nula
Por que os atletas que tinham críticas ferrenhas ao Nuzman, ficaram ao lado dele na disputa pela cidade sede?
6. Todos querem morder.
Por que, de repente, não mais do que de repente, "ninguém" menciona as falcatruas do Pan 2007?
Depois das Olimpíadas, o Nuzman será candidato a presidente da (des)república?
7. Vai sim e já manifestou esse interesse.
Orlando Silva, o Ministro dos Esportes, será ou não candidato em 2010?
Por que, só agora, depois da vitória do Rio como cidade sede das Olimpíadas, o governo brasileiro vai fazer o PAC do esporte?
8. Porque é oportuno e oportunista.
Por que a insistência em um modelo piramidal de desenvolvimento do esporte nacional?
9. Porque é o que dá apoio politico e visibilidade.
Os dirigentes que já estão uma eternidade à frente das federações e confederações, deixarão seus cargos antes de 2016?
Qual a diferença do modelo de esporte brasileiro da década de 30 do século XX, para o atual, do século XXI?
A chamada "Lei Pelé", difere de que mesmo da "Lei Zico" se até os números das camisas dos dois craques são os mesmos?
Por que o esporte de rendimento é sempre o mais valorizado nas políticas de governo para o setor?
Quem, por fim, efetivamente, pagará a conta dos Jogos Olímpicos de 2016?
Larissa tentando entender.
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