quinta-feira, 13 de junho de 2013

Imprensa esportiva: nem otimismo, nem denuncismo

Tenho observado uma mudança muito importante na abordagem sobre os megaeventos esportivos por parte de alguns jornalistas baianos que, antes, no contexto da campanha para que o Brasil fosse sede destes grandes torneios (Copa das Confederações, Copa do Mundo e Olimpíadas), eram os mais entusiastas, otimistas até a medula, só enxergavam pontos positivos na realização dos eventos.

Hoje, comparativamente, podemos dizer que deram uma guinada para o outro extremo. Ainda fazem um discurso altamente integrado, esvaziado de crítica, mas cheio de denuncismo. Este é o tom da virada. De um otimismo ingênuo, transformaram-se em pessimistas contumazes. Vociferam nos microfones, nas páginas dos jornais, em revistas das mais diversas o que há muito tempo, os considerados "problemáticos", "os do contra", "os sempre pessimistas" entre outros adjetivos, anunciavam como certo.

Exceção à regra diz respeito a mídia televisiva que investiu e investi centenas de milhões de reais para brincar com a emoção do telespectador e ganhar outros milhões de dividendos. Para esta, tudo vai bem, e assim deve parecer, para que tudo dê certo, senão no real, no contexto da imaginação dos milhões de alienados tupiniquins. O Rei está nu mas, para estes, veste-se em pomposa roupa.

Quanto a guinada denuncista, seja bem vinda. Esperamos que se qualifiquem para além do denuncismo e politize o debate. Nem otimismo ingênuo, tampouco denuncismo pessimista. Mas uma articulação que permita a crítica com proposições superadoras em relação ao desenvolvimento das políticas esportivas brasileiras.

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