terça-feira, 23 de setembro de 2014

Jogar com e não contra


domingo, 14 de setembro de 2014

Ser ou não, lanterna?

Nas últimas semanas estou dando muitas risadas com os torcedores do Vitória e do Bahia.

Uns ficam zoando com os outros sobre serem ou não lanterna do campeonato brasileiro. O dilema de Hamlet chega ao futebol.

Shakespeare explica.

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Jogada Ilegal

Mais um livro cujo a temática fundamental versa sobre os meandros da corrupção presente no futebol bretão.

A apresentação do livro fica a cargo do sociólogo e dublê de jornalista, Juca Kfouri. Nele, Luís Aguilar, o autor, procura demonstrar que "A FIFA é não só dona da Copa, mas também do país anfitrião, durante o período da competição, graças às garantias governamentais que exige.", linha de raciocínio já explicitada aqui no blog em outras postagens.

"No mundo do futebol", continua Aguilar, "há jogadas ilegais onde os ingredientes principais são a intriga, subornos, compra de votos, venda ilegal de ingressos, dirigentes e políticas internas racistas, discriminação, amizades com governadores violadores dos direitos humanos, suspeitas de tráfico de drogas e armas" entre outros.

Ufa...parece até que não estamos falando de futebol, não é mesmo? Mas, infelizmente, é disso que se trata. "Jogada Ilegal" é um desses livros que após lido, nos obriga a uma tomada de decisão perante o fenômeno, aqui desnudado até a medula.

São 17 capítulos, além de 23 páginas só de anexos, que infelizmente se encontram em inglês, o que é apenas um detalhe frente às 178 páginas considerando o conjunto dos capítulos.

Boa leitura.

sábado, 6 de setembro de 2014

Futebol e vitamina

Mais afeito ao copo do que à Copa do Mundo, tal como afirma no início do seu texto sobre “Futebol, a vitamina capitalista do povo”, publicado na revista Caros Amigos do mês passado, na página 08, Gilberto Felisberto Vasconcellos comenta sobre o esporte bretão afirmando que o “domínio do esporte da bola é internacional, assim como o do capital”.

Tese interessante e que tenho acordo. A partir dela, o jornalista, escritor e sociólogo de formação, se debruça sobre o tema, entendendo que o mesmo por ser “interclassista” e, além disso, tocar “o sentimento coletivo da Nação, unindo histericamente todas as classes sociais”, deve ser analisado seriamente. Gostar ou não gostar da Copa ou do futebol torna-se irrelevante diante dessa constatação, acrescida da “magnitude que o futebol assumiu nas sociedades contemporâneas, sejam as ricas avançadas, sejam as pobres periféricas”.

Imagem retirada da Revista Exame
Ele então parte para a análise, procurando dá a sua contribuição a este dispositivo que além de mercantil, também é bélico e geopolítico. O esporte então, no seu fenômeno mais geral e, como é o caso, específico, na sua forma futebolística, não pode ser exclusivo dos “fãs, devotos e beatos do esporte”.

Para ele, “O jogador de futebol com sua camisa descartável personifica a mercadoria, assim como esta coisifica o corpo do atleta”. Lembrando Hegel, nos informa que “na Grécia Antiga o atleta era mudo, quem falava eram os poetas e filósofos”. No entanto, destaca que “hoje, na polis do futebol, Ronaldo declara seu voto no Aécio”. Onde a ágora televisa, acrescento, responsabiliza-se em reverberar o dito.

A televisão também faz parte da sua reflexão nesse texto, onde o autor se valendo de Oswald de Andrade, nos lembra sobre o processo de videofinanceirização do capital, e anota que “A acumulação capitalista não se faz sem publicidade” nem tampouco o esporte moderno, sublinho junto com o professor Mauro Betti em seu livro “A janela de Vidro: esporte, televisão e educação física (Papirus editora)”, que nos alerta para a relação simbiôntica entre a mídia televisiva e o esporte.

Cita que “A vitamina capitalista do futebol sintoniza-se com a telenovela, a cocaína dos pobres (...)”, acrescentando que tanto a vitamina futebolística, quanto a cocaína midiática da telenovela “(...) reforçam a parada de sucesso da música popular com o medo coletivo do silêncio. Medo e horror do silêncio”. Algo que o meu cérebro rejeita, por não compreender nem o medo, tampouco o silêncio.


É a indústria cultural em ação, diria Adorno, alienando e desviando o foco da massa popular sobre a centralidade da sua luta. Essa massa, segundo Vasconcellos, deveria “(...) estudar o Manifesto do Partido Comunista de Marx e Engels, ao invés de cair na porrada lá na arquibancada do Itaquerão”.

Ele não termina o texto assim, mas bem que poderia gritar do alto da geral hoje inexistente nas ditas arenas: torcedores de todo o mundo, uni-vos!!!

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

15 de outubro

Todo professor é um profissional, mas nem todo profissional é um professor. Portanto, agradeço de coração a gentileza de todos que me parabenizaram pelo dia 01 de setembro. Mas gostaria de reafirmar nesse espaço que a "minha" data é 15 de outubro.


Contra o racismo, punição inédita!!!

Esse blog já fez reflexões sobre a questão do racismo pelo menos umas três vezes, nesses cinco anos de existência. Gostaríamos de não ter feito nenhuma.

Infelizmente, o assunto poderia ter sido muito mais tematizado, se levarmos em consideração as ocorrências quase diárias de fenômenos racistas que se apresentam no cotidiano, e que tomamos conhecimento, seja no âmbito geral, seja no espaço específico do "mundo do esporte".

Na semana passada, a torcida gremista, pela Copa do Brasil, protagonizou mais um episódio dessa "novela" que parece não ter fim, apesar de termos mais de cem anos da abolição da escravatura.

Lembro-me agora, de memória, uma frase do Einstein: é mais fácil quebrar um átomo do que o preconceito. Parece fazer muito sentido nesse momento.

Os insultos racistas foram dirigidos ao goleiro Aranha, atleta do Santos Futebol Clube. Junto aos palavrões, gestos protagonizados por um grupo de torcedores, imitando o que seria um macaco, também fizeram parte da cena.

Imagem retirada do Observatório Feminino

Ficamos sabendo agora que o Grêmio foi punido. O Superior Tribunal de Justiça Desportiva, excluiu a agremiação da Copa do Brasil, além de obrigá-la a pagar uma multa de R$ 50 mil reais. O clube ainda pode recorrer, já que a decisão é em primeira instância.

O árbitro e os torcedores também foram punidos. O primeiro por não ter escrito nada na primeira versão da súmula ao final da partida, tendo ele ciência do fato que foi relatado pelo próprio Aranha. Ele terá que pagar uma multa de R$ 800,00 (oitocentos reais) e ficará suspenso por 45 dias.

Já os torcedores que protagonizaram as atitudes racistas e que foram identificados, serão afastados de qualquer espaço esportivo por 720 dias.

Importante pontuar que essas punições são inéditas nos anais da história do futebol no mundo

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Bahia e Vitória - Parte 2

Na minha caminhada de hoje, ao passar por um grupo de torcedores, pude ouvi a seguinte pérola: Em 2015, Paulo Maracajá vai está no Bahia e Paulo Carneiro no Vitória.

Bahia e Vitória

Pelo andar da carruagem, tudo indica que os dois maiores rivais do estado da Bahia no futebol, cairão abraçados para a Série "B" do campeonato brasileiro do próximo ano.

A uma rodada do final do primeiro turno, eles se encontram em penúltimo (Bahia) e em último (Vitória).