segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Barcelona X Córdoba

Há dois dias atrás, o Barcelona jogou pelo campeonato espanhol, na sua décima sexta rodada, contra o Córdoba.

Aplicou uma goleada de 5 x 0. Mas não foi isso que me chamou a atenção.

Pela voz do narrador tomei conhecimento que Messi, o astro do Barcelona, apenas ele, vale três vezes mais do que todo o time adversário.

Eis a expressão fatal do futebol contemporâneo.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Mala branca

Teremos neste final de semana a última rodada do campeonato brasileiro de futebol. Três times brigam por uma vaga para continuarem na primeira divisão do torneio, considerado a elite do futebol: palmeiras, vitória e bahia.

Diante disso, um assunto entra na pauta dos comentaristas esportivo, ora de maneira explícita, ora de maneira implícita: a "mala branca".

O assunto tomou uma proporção maior nas editorias esportivas em função de uma declaração do zagueiro do santos, próximo adversário do vitória. David Braz disse em alto e bom som que aceitaria a "mala branca" para rebaixar o rubro-negro.

A chamada "mala branca" é considerado um incentivo que uma equipe fornece a uma outra para que esta possa buscar um resultado que beneficie o responsável pelo pagamento, geralmente um outro clube.

No Brasil, isso é considerado suborno e existem penalidades previstas em Lei. No entanto, considerando as declarações do zagueiro do santos, do goleiro do palmeiras, Fernando Prass (que foi julgado recentemente por ter admitido que recebeu incentivo para vencer uma determinada partida), e de alguns comentaristas esportivos, essa prática não vai demorar a se tornar legítima.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Doping Olímpico

Dez meses depois de Sochi sediar a Olimpíada de Inverno e cerca de três anos antes da Copa do Mundo de 2018, na Rússia, as instituições esportivas do país europeu viraram alvo de grave denúncia internacional. Nesta quarta-feira, a rede de televisão alemã MDR exibiu um documentário de que denuncia um esquema de dopagem em massa no esporte olímpico russo.
Segundo o documentário, 99% dos atletas olímpicos do país fazem uso de substâncias proibidas, em um sistema alimentado por corrupção e que envolve oficiais da agência antidopagem russa, um laboratório de contro antidoping em Moscou e a Federação Internacional de Atletismo (IAAF, na sigla em inglês).
A obra foi produzida pelo jornalista alemão Hajo Seppelt, que investigou práticas de doping no período pré-Olimpíada de Sochi, quando foi procurado por duas pessoas, que fizeram a denúncia: Yuliya Stepanova, fundista banida do atletismo por anormalidades em seu passaporte biológico, e o marido dela, o ex-oficial da agência antidoping russa, Vitaliy Stepanov.
De acordo com a denúncia, atletas eram encorajados a manter congeladas amostras de urina considerada 'limpa' para enganar os testes periódicos, enquanto usavam anabolizantes proibidos pela Organização Mundial Antidoping (Wada). O presidente da entidade, David Howman, classificou a informação como chocante e prometeu investigação profunda do caso.
Vitaliy Stepanov afirmou que atletas de modalidades como natação, esqui e levantamento de peso sequer eram testados, enquanto que a entidade antidoping russa fazia vista grossa se atletas considerados esperança de medalha ou já conhecidos eram pegos nos exames realizados. "Você tem que se dopar. É assim que funciona na Rússia", afirmou.
O documentário indica que uma das atletas beneficiadas pelo esquema de corrupção e falsificação de testes é a corredora Mariya Savinova, medalha de ouro na Olimpíada de Londres, em 2012. Evgenia Pecherina, ex-competidora do lançamento de peso, afirmou ao documentarista que 99% dos atletas russos participam do esquema. "Você consegue o que quiser", apontou.
Grigory Rodchenkov, diretor do laboratório antidopagem russo, negou a existência de irregularidades, enquanto que Nikita Kamaev, diretor do órgão de controle de dopagem do país, reforçou que o processo é conduzido dentro das normas internacionais. A IAAF prometeu apurar o caso.
Matéria retirada do UOL Esporte

domingo, 30 de novembro de 2014

Vitória, Bahia e Botafogo

Vitória perdeu mais uma. Desta feita para outro rubro-negro, o Flamengo. Ainda mantém chances de ficar na primeira divisão do brasileiro para 2015. Mas não depende só dele.

O Bahia, idem. Com a vitória de 1 x 0 sobre o Grêmio, o tricolor deu 

uma respirada mas também precisa de uma combinação de 

resultados para ficar na elite do futebol brasileiro.

Quem não se deu bem foi o Botafogo. Esse já está rebaixado.

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Torcedor tem arte...

Ontem um morador do prédio, torcedor do Bahia e o porteiro, do Vitória, em um inusitado debate sobre quem desce para a segunda divisão do campeonato brasileiro de futebol em melhor posição no Z-4.

É mole?

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Tecnologia, educação física e o ensino do esporte

Aproveitem a campanha de lançamento do nosso livro que a Editora Appris está realizando e compre com desconto até o dia 20/12.



sábado, 8 de novembro de 2014

A opinião tem que ser sua!!!

Muitos lutaram e outros tantos morreram para que você tivesse condição de expressar seus valores, ideias e ideais. Tivesse condições de tomar a história em suas mãos, com força e coragem, "sem lenço e sem documento", e a conduzisse de maneira republicana.

Não jogue isso fora, defendendo os interesses do grande capital, das grandes corporações que impregnam atualmente os imensos conglomerados midiáticos e promovem notícias para fazer você pensar com a "cabeça" deles, defendendo interesses deles pensando que são os seus, em uma fantástica manobra ideológica de inversão da realidade.


Existe uma maneira de você exercitar sua autonomia intelectual. Procure sempre a verdade. Como? Exercitando sua percepção crítica dos fatos e dos fenômenos apresentados, procurando fontes diversas de informações sobre os mesmos. Só assim, conhecendo as narrativas e tomando conhecimento do contraditório, você será capaz de formular sua própria opinião.

A opinião tem de ser sua. E não do editor deste ou daquele meio de comunicação.

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

O que estamos fazendo?

Posso está exagerando. Mas quando vejo indivíduos, principalmente os que estão na casa dos 40 anos, indo às ruas, gritar pela volta da intervenção militar no Brasil, como professor que sou me pergunto sobre o papel que a escola e a nossa ação docente desempenha nesse processo.

Não estou culpabilizando nem o espaço escolar, tampouco os professores. O fenômeno é muito complexo. Mas não posso deixar de pensar sobre isso e sobre o papel que temos a desempenhar no processo da formação humana.

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Tecnologia e Educação Física

Já se encontra disponível no site da Editora Appris, o livro de nossa autoria. As reflexões presentes neste livro inovam na contextualização da abordagem sobre as tecnologias da informação e comunicação, a educação física e o ensino do esporte, apresentando um conteúdo problematizador sem se furtar ao desafio propositivo, objetivando a necessária tarefa de emancipação humana.

Interessado em adquirir o livro? Clique aqui.

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Isenção, não!!!

O Brasil acaba de passar por mais um teste da sua democracia. Mais uma vez a mesma mostrou-se forte, pelo menos no âmbito eletivo, com as instituições funcionando adequadamente, apesar de algumas publicações terem tentado, mais uma vez, macular o processo.

Mais a democracia não se resume ao processo eleitoral. Ela é organicamente pautada por distintas instituições fora os tribunais, superiores e regionais, responsáveis pelas diferentes dinâmicas do pleito eletivo.

A democracia é um regime que exige o atendimento dos direitos fundamentais, muitos deles negados a grande maioria da população. E estamos falando de direitos, além de básicos, elementares para uma vida decente: habitação, moradia, saúde, educação, entre outros.

Não podemos aceitar, no âmbito desse regime, que uns sejam mais beneficiados do que outros. Sabemos que é assim que a "banda toca", mas isso, em um certo grau, é uma excrescência do sistema.

Digo isso porque espero uma atitude republicana do Congresso Nacional sobre a dívida dos clubes de futebol do Brasil. Em valores atuais, os mesmos devem mais de dois bilhões...vou repeti...dois bilhões de reais ao governo federal.

A bancada da bola vem manobrando para isentar os clubes do pagamento desta dívida. São todos grandes e poderosos. Entre eles os quatro grandes do Rio estão presentes. Os dois maiores de Minas, os do estado de São Paulo, entre outros.

Todos eles muito poderosos, não economicamente, como imaginamos, estão devedores. Mas politicamente são muito fortes. E nessa equação, devemos levar em consideração que economia e política não se separam. Logo, é bom ficarmos com a barba de molho.

No nosso entendimento, todos devem pagar. Isenção, não!!!

terça-feira, 21 de outubro de 2014

A barbárie na forma de comentário

Quando abordamos o termo barbárie, geralmente o fazemos citando grandes atentados terroristas, as diferentes guerras em curso no mundo (além das duas de alcance mundial), o holocausto, o uso da bomba atômica, etc, etc.

No entanto, penso eu, muito embora os elementos supracitados realmente expressem a barbárie, os atos que a contém, a eles não se resumem. Muitos outros traduzem o quanto não só a barbárie está em curso em função das relações sociais de produção e reprodução da nossa vida nessa quadra histórica, mas, sobretudo, demonstram o grau de desenvolvimento da mesma, sua ampliação e extensão, sendo demonstrada em situações e expressões que passariam por naturais se trágicas não fossem.

O que me levou a desenvolver esta postagem tem relação com isso. Um jovem jogador do futebol indiano, que atuava no Bethlehem Vengthlang FC, foi vítima de uma fatalidade.



Ao comemorar o gol que acabara de fazer com uma pirueta, algo muito comum entre os jogadores, inclusive do futebol brasileiro, ele caiu de mal jeito, sofrendo lesões na espinha. Hospitalizado, ele veio a falecer no domingo último, cinco dias após o incidente.

Uma tragédia, sem dúvida alguma. Como é toda e qualquer perda, abrupta ou não, de jovens como ele, ou de qualquer ser vivo e que merece ser tratada com humanidade.

Mas o que fica expresso nos comentários (imagens reproduzidas abaixo), traduz, na justa medida, a falta, para dizer o mínimo, de sensibilidade das pessoas frente ao ocorrido.

A tragédia é mote para piadas e "brincadeiras". São várias do tipo: "vacilão"; "esse deu a vida pelo time literalmente"; "trágico, mas morreu feliz"; "kkkkk"; "vacilão morre cedo" entre muito outros bárbaros comentários.





 

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

15 de outubro: dia do professor

Imagem e texto retirado do site do MNCR
O Movimento Nacional contra a Regulamentação do Profissional de Educação Física (MNCR) parabeniza todos os professores e professoras que lutam cotidianamente por uma educação transformadora.


O MNCR, desde o seu surgimento, vem defendendo o direito ao trabalho dos professores e professoras de Educação Física em todo o país, lutando pela regulamentação do trabalho. Para auxiliar os professores e professoras, ao longo destes 15 anos de existência, vem produzindo materiais que possibilitam aos trabalhadores da Educação Física compreender a não necessidade do Sistema CONFEF/CREF. Neste sentido, o MNCR lançou, no ano de 2013, a Campanha Nacional Pelo direito ao trabalho dos professores e professoras de Educação Física, que busca apontar as ingerências do Sistema CONFEF/CREF e dar subsídios para a luta dos professores e professoras de Educação Física contra este Conselho. Mas, mais do que isto, a campanha visa ampliar o debate sobre a formação e a atuação dos professores de Educação Física, com o objetivo de promover uma qualificação no âmbito da formação acadêmica, onde não mais haja a fragmentação do curso (bacharelado e licenciatura).

Ressaltamos a importância do dia 15 de outubro, em especial, para nós, professores e professoras de Educação Física, pois esse recupera o sentido da luta da data e também porque se contrapõe ao dia 1.º de setembro – data que o conselho profissional (CONFEF/CREF) tenta impor a esses trabalhadores e trabalhadoras como sendo o seu dia, este Conselho que ataca os trabalhadores da cultura corporal, impõe a necessidade de fragmentar a formação e em nada contribui para a luta por melhores condições aos trabalhadores da Educação Física.

O MNCR parabeniza a todos os professores e professoras pelo seu dia!

Força na Luta, que a luta é para vencer, sempre!

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

A EDUCAÇÃO NAS TEIAS DO ARANHA

Imagem retirada do site Folha do Estado
Jornal Correio Popular de Campinas, p. A-2, Coluna Opinião, em 24/09/2014, ISSN 1518-1286
Texto do Prof. Dr. Marcos Francisco Martins
Prof. da UFSCar e pesquisador do CNPq

Personagem conhecido em Campinas, o Aranha, ex-goleiro da Ponte Preta, acabou se envolvendo em um emaranhado debate nacional e disso se podem extrair lições para a educação das nossas relações sociais.

Há 30 dias, no jogo Grêmio X Santos, em Porto Alegre, parte da torcida local fez xingamentos racistas contra o Aranha. Ele reagiu, saiu do gol, foi à torcida reclamar e recorreu ao juiz, que nada fez e nem registrou o acontecimento na Súmula da partida. Todavia, alguns veículos de comunicação registraram o fato e o denunciaram, o que foi acompanhado por redes sociais, fazendo com que o juiz alterasse a Súmula após o jogo. Os que se seguiu foi amplamente reportado, motivando o debate sobre o racismo no futebol e na sociedade brasileira.

A punição exemplar veio ao Grêmio, que foi, inclusive, excluído da Copa do Brasil. Por sua vez, para defender a própria dignidade, o Aranha se agarrou nas teias dos direitos humanos, que ele afirmou terem sido conquistados com “[...] muita luta e gente morrendo.” Baseado nesses direitos, disse que até poderia perdoar os agressores, mas que não abriria mão da punição deles pela Justiça. Disse mais: o racismo no Brasil foi “[...] colocado em baixo do tapete e precisamos revirar tudo isso?”.

A jovem que foi tomada como “exemplo” de agressor do Aranha tem sofrido muito: perdeu o emprego, teve a casa apedrejada e está sem moradia fixa, algo condenável pelos mesmos direitos humanos que protegem o Aranha. Contudo, ao recorrer às redes de TV para pedir perdão, muitas vezes ela dá a entender que o amor pelo Grêmio justifica a agressão à dignidade de alguém apenas pelo fato deste ter mais melanina do que ela, o que faz com que o corpo escureça a cor da pele, dos olhos, do cabelo etc.
Em 18/09, um novo jogo ocorreu entre os mesmos times. A torcida do Grêmio não poupou o Aranha, que foi vaiado e xingado desde que pisou no gramado. Alguns torcedores taparam a boca ao se manifestar, para evitar que as câmaras das TV´s e do Grêmio os flagrassem em atitude contrária ao que se está sendo condenado no Brasil hoje: o racismo. Essa atitude de parte da torcida gremista indica descontentamento com quem não aceita mais o racismo. Durante o jogo, o Aranha destacou-se em campo, garantindo o empate ao Santos, e ao final, nas entrevistas, também “bateu um bolão”. Disse até que aceita encontrar-se com a jovem que o ofendeu, mas desde que isso não seja espetacularizado: “Eu não quero circo!”.

Entre os xingamentos no segundo jogo, destacaram-se os homofóbicos, o que é comum – mas não mais deveria ser! - em estádios de futebol. Sobre isso, nada foi feito. Será que há hierarquia entre os direitos, colocando os relacionados à orientação sexual abaixo de outros? Esse comportamento não se limita à torcida do Grêmio, pois torcedores de todos os times recorrem, amiúde, a ofensas homofóbicas quando equipes gaúchas jogam fora do Estado de origem. Frequentemente, são recebidas por insultos orientados por uma heteronormatividade que começa a ser questionada nos ambientes sociais e por variados meios, inclusive, pelas telenovelas.

Esses episódios demonstram que a sociedade está começando a produzir um processo educativo-social que nos ensina a viver de outra forma, questionando o ódio racial, p. ex. Isso é positivo ética, política, social e culturalmente, muito embora nesse processo traumas ocorram, como o que está a afetar a vida do Aranha e da jovem que o ofendeu, além de estimular setores mais conservadores a se agarrarem a dogmas incivilizados.

A construção de outra civilização exige debate e a radicalização da defesa de posições por um mundo mais justo, que reconheça a alteridade como valor social e a dignidade de cada um independentemente da cor da pele, da orientação sexual, da crença etc. É nessa teia histórica de construção de outra nação que o Aranha se meteu, mas o fez colaborando com a educação das relações sociais em outras bases, para além da herança cultural de um país que foi o último na América Latina a promover a “abolição da escravidão”, processo em curso até os dias atuais.

Do que fez o Aranha até aqui, é possível concluir que ele não negligenciou o papel que lhe cabe como brasileiro e como negro, como integrante de uma comunidade que sofre na pele – ou por causa da cor dela! – violências de toda sorte. Se outra personalidade negra, muito mais famosa no futebol, descuidou dessa luta, mesmo sendo considerado “Rei do futebol”, um simples ex-goleiro da Ponte Preta tem mostrado o reto caminho, tecendo uma teia firme em favor do respeito à dignidade humana, algo indispensável à construção de outro Brasil.

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Jogar com e não contra


domingo, 14 de setembro de 2014

Ser ou não, lanterna?

Nas últimas semanas estou dando muitas risadas com os torcedores do Vitória e do Bahia.

Uns ficam zoando com os outros sobre serem ou não lanterna do campeonato brasileiro. O dilema de Hamlet chega ao futebol.

Shakespeare explica.

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Jogada Ilegal

Mais um livro cujo a temática fundamental versa sobre os meandros da corrupção presente no futebol bretão.

A apresentação do livro fica a cargo do sociólogo e dublê de jornalista, Juca Kfouri. Nele, Luís Aguilar, o autor, procura demonstrar que "A FIFA é não só dona da Copa, mas também do país anfitrião, durante o período da competição, graças às garantias governamentais que exige.", linha de raciocínio já explicitada aqui no blog em outras postagens.

"No mundo do futebol", continua Aguilar, "há jogadas ilegais onde os ingredientes principais são a intriga, subornos, compra de votos, venda ilegal de ingressos, dirigentes e políticas internas racistas, discriminação, amizades com governadores violadores dos direitos humanos, suspeitas de tráfico de drogas e armas" entre outros.

Ufa...parece até que não estamos falando de futebol, não é mesmo? Mas, infelizmente, é disso que se trata. "Jogada Ilegal" é um desses livros que após lido, nos obriga a uma tomada de decisão perante o fenômeno, aqui desnudado até a medula.

São 17 capítulos, além de 23 páginas só de anexos, que infelizmente se encontram em inglês, o que é apenas um detalhe frente às 178 páginas considerando o conjunto dos capítulos.

Boa leitura.

sábado, 6 de setembro de 2014

Futebol e vitamina

Mais afeito ao copo do que à Copa do Mundo, tal como afirma no início do seu texto sobre “Futebol, a vitamina capitalista do povo”, publicado na revista Caros Amigos do mês passado, na página 08, Gilberto Felisberto Vasconcellos comenta sobre o esporte bretão afirmando que o “domínio do esporte da bola é internacional, assim como o do capital”.

Tese interessante e que tenho acordo. A partir dela, o jornalista, escritor e sociólogo de formação, se debruça sobre o tema, entendendo que o mesmo por ser “interclassista” e, além disso, tocar “o sentimento coletivo da Nação, unindo histericamente todas as classes sociais”, deve ser analisado seriamente. Gostar ou não gostar da Copa ou do futebol torna-se irrelevante diante dessa constatação, acrescida da “magnitude que o futebol assumiu nas sociedades contemporâneas, sejam as ricas avançadas, sejam as pobres periféricas”.

Imagem retirada da Revista Exame
Ele então parte para a análise, procurando dá a sua contribuição a este dispositivo que além de mercantil, também é bélico e geopolítico. O esporte então, no seu fenômeno mais geral e, como é o caso, específico, na sua forma futebolística, não pode ser exclusivo dos “fãs, devotos e beatos do esporte”.

Para ele, “O jogador de futebol com sua camisa descartável personifica a mercadoria, assim como esta coisifica o corpo do atleta”. Lembrando Hegel, nos informa que “na Grécia Antiga o atleta era mudo, quem falava eram os poetas e filósofos”. No entanto, destaca que “hoje, na polis do futebol, Ronaldo declara seu voto no Aécio”. Onde a ágora televisa, acrescento, responsabiliza-se em reverberar o dito.

A televisão também faz parte da sua reflexão nesse texto, onde o autor se valendo de Oswald de Andrade, nos lembra sobre o processo de videofinanceirização do capital, e anota que “A acumulação capitalista não se faz sem publicidade” nem tampouco o esporte moderno, sublinho junto com o professor Mauro Betti em seu livro “A janela de Vidro: esporte, televisão e educação física (Papirus editora)”, que nos alerta para a relação simbiôntica entre a mídia televisiva e o esporte.

Cita que “A vitamina capitalista do futebol sintoniza-se com a telenovela, a cocaína dos pobres (...)”, acrescentando que tanto a vitamina futebolística, quanto a cocaína midiática da telenovela “(...) reforçam a parada de sucesso da música popular com o medo coletivo do silêncio. Medo e horror do silêncio”. Algo que o meu cérebro rejeita, por não compreender nem o medo, tampouco o silêncio.


É a indústria cultural em ação, diria Adorno, alienando e desviando o foco da massa popular sobre a centralidade da sua luta. Essa massa, segundo Vasconcellos, deveria “(...) estudar o Manifesto do Partido Comunista de Marx e Engels, ao invés de cair na porrada lá na arquibancada do Itaquerão”.

Ele não termina o texto assim, mas bem que poderia gritar do alto da geral hoje inexistente nas ditas arenas: torcedores de todo o mundo, uni-vos!!!

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

15 de outubro

Todo professor é um profissional, mas nem todo profissional é um professor. Portanto, agradeço de coração a gentileza de todos que me parabenizaram pelo dia 01 de setembro. Mas gostaria de reafirmar nesse espaço que a "minha" data é 15 de outubro.


Contra o racismo, punição inédita!!!

Esse blog já fez reflexões sobre a questão do racismo pelo menos umas três vezes, nesses cinco anos de existência. Gostaríamos de não ter feito nenhuma.

Infelizmente, o assunto poderia ter sido muito mais tematizado, se levarmos em consideração as ocorrências quase diárias de fenômenos racistas que se apresentam no cotidiano, e que tomamos conhecimento, seja no âmbito geral, seja no espaço específico do "mundo do esporte".

Na semana passada, a torcida gremista, pela Copa do Brasil, protagonizou mais um episódio dessa "novela" que parece não ter fim, apesar de termos mais de cem anos da abolição da escravatura.

Lembro-me agora, de memória, uma frase do Einstein: é mais fácil quebrar um átomo do que o preconceito. Parece fazer muito sentido nesse momento.

Os insultos racistas foram dirigidos ao goleiro Aranha, atleta do Santos Futebol Clube. Junto aos palavrões, gestos protagonizados por um grupo de torcedores, imitando o que seria um macaco, também fizeram parte da cena.

Imagem retirada do Observatório Feminino

Ficamos sabendo agora que o Grêmio foi punido. O Superior Tribunal de Justiça Desportiva, excluiu a agremiação da Copa do Brasil, além de obrigá-la a pagar uma multa de R$ 50 mil reais. O clube ainda pode recorrer, já que a decisão é em primeira instância.

O árbitro e os torcedores também foram punidos. O primeiro por não ter escrito nada na primeira versão da súmula ao final da partida, tendo ele ciência do fato que foi relatado pelo próprio Aranha. Ele terá que pagar uma multa de R$ 800,00 (oitocentos reais) e ficará suspenso por 45 dias.

Já os torcedores que protagonizaram as atitudes racistas e que foram identificados, serão afastados de qualquer espaço esportivo por 720 dias.

Importante pontuar que essas punições são inéditas nos anais da história do futebol no mundo

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Bahia e Vitória - Parte 2

Na minha caminhada de hoje, ao passar por um grupo de torcedores, pude ouvi a seguinte pérola: Em 2015, Paulo Maracajá vai está no Bahia e Paulo Carneiro no Vitória.

Bahia e Vitória

Pelo andar da carruagem, tudo indica que os dois maiores rivais do estado da Bahia no futebol, cairão abraçados para a Série "B" do campeonato brasileiro do próximo ano.

A uma rodada do final do primeiro turno, eles se encontram em penúltimo (Bahia) e em último (Vitória).

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Eduardo Campos

Imagem retirada do Radar On Line
Em função do desastre de avião que vitimou o candidato à presidência da república, o senhor Eduardo Campos e mais seis outros passageiros (Alexandre Silva, Carlos Filho, Geraldo Cunha, Marcos Martins, Marcelo Lyra e Pedro Valadares Neto), ocorrido no último dia 13, mantive-me em silêncio no embate políticos nos últimos três dias.

Não foi fácil. Li, vi e ouvi muitas asneiras. E não estou falando das piadas de mau gosto que proliferaram nas redes sociais. Essas também estiveram presentes em profusão. Mas ressalto, principalmente, as tentativas de capitalização política do fato, junto com teorias conspiratórias das mais absurdas, muitas apresentadas por formadores de opinião com reconhecimento público, o que tornam mais graves e irresponsáveis seus atos, textos e reflexões.

Nem o velório foi respeitado. Transformaram o mesmo em um quase showmício, com direito a acenos, sorrisos, distribuição de bandeiras partidária e selfies. Podemos dizer que ocorreu o primeiro velório eleitoral gratuito que se tem notícia no Brasil. Quem sabe, no mundo.

Não votaria em Eduardo Campos. Considerei ele, inclusive, um traidor. Sua ambição política colocou o mesmo no legítimo direito de disputar o maior cargo eletivo da nação. Na minha humilde opinião, atemporalmente.

Mas é do jogo. Como ensina o poeta, cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é. Não cabe julgá-lo. A história fará de maneira muito mais apropriada.

Particularmente, fiz a minha pequena homenagem. A ele e a todos que sofreram o trágico acidente de avião. Todos jovens e com imenso futuro pela frente. Tiveram suas vidas ceifadas, como muitos outros e tantos jovens das periferias espalhadas por essa imensa e desigual nação, que tombam a cada minuto, não vitimados pela tragédia, mas pela falta de oportunidades, pelo ódio de classe e pela violência gratuita.

Com toda a certeza, eu não vou desisti do Brasil. Apesar das atitudes até agora presentes nas mídias de todo tipo, dos aproveitadores e caluniadores, dos oportunistas de todo momento, continuarei na minha luta diária por um país justo, republicano, referenciado socialmente e emancipado política e humanamente.

(Texto originalmente publicado no Facebook)

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Enamorado leitor


Eles representam, tal como uma fotografia, o reflexo dos meus momentos, digamos assim, de desenvolvimento pessoal.


Estou sempre com eles. Mesmo quando não os uso. Seus conteúdos, assim como eles próprios (por que não?) constituem-se como órgãos da minha individualidade.

Hoje passei o dia organizando-os. Limpei e folheei. Alguns revisitei mais demoradamente do que outros. Também redescobri os que pensava ter perdido ou emprestado (o que dá no mesmo, invariavelmente).

Outros, muitos, me fizeram lembrar de vários momentos, trajetórias, embates e debates. Fizeram-me ri. Emocionei-me. Vozes escutei. Sim!!! Vozes do passado e do presente.

Do futuro? Não. Mas eles me ensinaram e continuam ensinando que o mesmo não tarda a chegar. Está logo ali, na margem.

Dos que possuo, em sua maioria, já perderam aquele leve cheiro de coisa nova. Indescritível cheiro que só os seus amantes, sem pedir permissão, procuram sentir quando o possui.

É um ato de cortejo, imagino. Passo inicial do enamorado leitor.

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Qual a capa?



Olá, pessoal. Gostaria do apoio de vocês na escolha da capa do livro de minha autoria, fruto da tese de doutorado que defendi em 2009.

Tenho até o dia 06/08 para enviar a opção para a editora. Já tenho a minha, mas gostaria de saber: qual a sua opção de capa? Número 01, 02 ou 03?

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Pelo direito de assistir ao espetáculo esportivo

Pelo jogo da Copa do Brasil, na última quarta-feira, o Corinthians venceu o Bahia por três tentos a zero, abrindo uma excelente vantagem para o jogo de volta aqui na Arena Fonte Nova.

Mas o que me chamou a atenção não foi o placar. Confesso que não esperava coisa diferente. O inusitado foi a saída de alguns torcedores do estádio lá pelos 35 minutos do segundo tempo.

Não pense você que os torcedores que saiam eram os tricolores mas, sim, os alvinegros. Muitos não viram o terceiro gol de penalti do timão.

Imagem retirada do blog Desacato
Isso porque por imposição da Rede Globo de televisão, o jogo começou às 22 horas, logo após a novela das nove. Como muitos torcedores dependem de metrô e trem para se locomoverem na metrópole paulista, e suas respectivas estações fecham meia noite, eles tinham que sair antes do final do espetáculo. Caso contrário, perderiam seus transportes para casa.

Nos últimos dias, logo após a acachapante derrota para a Alemanha por 7 x 1 do selecionado brasileiro, a imprensa esportiva começou a considerar de maneira mais veemente a necessidade imperativa de mudança estrutural no esporte nacional, notadamente, o futebol.

Estamos percebendo, pelos últimos movimentos da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) que isso não é necessário. Ao menos para eles. Não concordamos. Pelo contrário. Consideramos que a mudança deve ser estrutural e estruturante e isso passa, também, por dentro da CBF e pelo debate sobre o direito de transmissão dos campeonatos brasileiros.

Um jogo começando às 22 horas, em plena quarta-feira, não é bom para ninguém. Nem para o torcedor que vai para o estádio, nem o que fica em casa para assistir na televisão, nem para os patrocinadores, que perdem pela pouca visibilidade dos seus produtos e anúncios.

Parece que só quem sai ganhando é a Rede Globo. O que não é nenhuma novidade, não é mesmo?

terça-feira, 22 de julho de 2014

Dunga: aguardemos o milagre

Como todos nós já imaginávamos por tudo o que saia na imprensa esportiva falada e escrita nesses últimos dois dias, Dunga foi oficialmente apresentado pela Confederação Brasileira de Futebol, hoje, dois dias antes de completar oito anos do seu primeiro anúncio para comandar a seleção brasileira pela CBF, em 24 de julho de 2006.

Naquela época, o cotado era o técnico Luis Felipe Scolari. Mas como este tinha renovado seu contrato com a seleção de Portugal, o então presidente da CBF, Ricardo Teixeira, sacou da cartola o Dunga, jogador campeão mundial em 1994 mas que nunca tinha sido técnico de futebol.

No entanto, embora inexperiente, o seu nome caia como uma luva à época, já que os jogadores da seleção brasileira, eliminada na Copa do Mundo na França, pela seleção francesa que sagrou-se campeã, estavam sendo considerados preguiçosos, lenientes, desinteressados, sem paixão pela camisa canarinho, displicentes (quem não se lembra do Roberto Carlos preocupado com o meião em plena cobrança de falta pelo selecionado francês?) todos os aspectos que se situavam no pólo oposto a personalidade construída pelo jogador Dunga: brigador, guerreiro, vigoroso, etc, etc.

Imagem retirada do site da ESPN
Pois é. Não era bem o que todos nós queríamos. Mas é o que é. Como já disse em outras postagens, não podíamos esperar coisa diferente dos dirigentes de uma Confederação Brasileira de Futebol que tem um Marín como presidente.

Se em odre velho não se pode colocar vinho novo, a CBF está certa em chamar o Dunga. Até porque ambos não são nem uma coisa, nem outra. A ação se assemelha mais a multiplicação dos pães: mais do mesmo.

Vamos ter que esperar por um milagre.

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Filosofia da vaca

Cagando e andando. Esta é, em síntese, a chamada filosofia da vaca.

Pelo que estou observando, é esta filosofia que vem fundamentando as ações da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e suas respectivas federações.

Em primeiro lugar, imaginam os dirigentes da entidade que o único estado brasileiro capaz de dotar a seleção brasileira de bons técnicos é o Rio Grande do Sul. Não aceitam em hipótese alguma técnico de um outro país. E pelo jeito, de nenhum outro Estado.

Dunga, Mano Menezes, Felipão e agora a grande renovação...Dunga de novo.  Todos eles do rio grande, tchê. Bem que poderiam ter iniciado uma farroupilha na CBF, né? Cada um fazia uma parte e quem sabe o todo seria diferente. Marx, o mouro e alemão (vixe!!!), não concordaria com esse pensamento indutivo. Será que preciso explicar que se trata de uma ironia?
Imagem tirada do blog do Dimitri

O que dizer do coordenador técnico das seleções? Um empresário, um agenciador de jogadores. É mole? E a gente reclamando aqui do Ronaldo, ex-fenômeno, como comentarista da Rede Globo na Copa só porque ele tinha alguns "produtos" desfilando nos gramados do campeonato mundial.

Bem que ele poderia sair das cabines globais e ir direto para a CBF como o próximo preparador físico dos futuros selecionados. Penso que cairia muito bem. O que acham? Será que ficaria pior?

Penso que sim. Principalmente se a direção do trabalho ficar nas mãos dos "senhores dos anéis". Ou do senhor que roubou a medalha na premiação da Copa São Paulo de Juniores (Copinha), em 2012 quando era vice-presidente da CBF da região Sudeste.

Esperar o quê de um cara desse à frente de uma entidade esportiva e dos dirigentes à frente das suas respectivas federações? Todos subservientes aos desmandos da entidade maior do futebol brasileiro? Tudo e nada ao mesmo tempo, que é o que ele vem fazendo desde a acachapante derrota para o selecionado alemão por 7 x 1.

Um verdadeiro faz de conta, fundamentado na filosofia da vaca que já foi para o brejo faz tempo, deixando no interior das entidades o produto da sua ruminante digestão.

Esporte para todos ou para alguns?

Imagem retirada do blog Diário de Pernambuco

Toda organização para a ação não pode prescindir de duas coisas: da tática e da estratégia.

Em ambas, a mediação histórica deve se fazer presente. Colocar toda uma discussão no plano da ação é perigoso se o plano e a ação não estiverem fundamentados na história. Nem tudo o que ocorreu na história da humanidade deve se repetir ou deve se inserir no plano da ação.

Para fazer mesmo a diferença, devemos pensar em fazer coisas diferentes. Não será reproduzindo e repetindo experiências que a prática já demonstrou serem obsoletas que faremos a diferença.

Estamos diante de um momento pós-copa, onde o debate sobre o modelo esportivo para o país - centrado no futebol, mas que não precisa se resumir ao mesmo - está sendo proposto com mais evidência.

Podemos participar do mesmo. Repetindo as fórmulas prontas (Dunga no lugar de Felipão) ou debatendo seriamente sobre o que queremos para o nosso país: esporte para todos ou apenas para alguns?

Reflitamos sobre isso.

sábado, 19 de julho de 2014

Novo técnico?

Na próxima semana a CBF poderá anunciar o nome do novo técnico da seleção brasileira. Provavelmente na terça-feira.

"Novo técnico" é só um eufemismo, caso o nome do Dunga, que vem sendo ventilado nos meios do jornalismo esportivo como o mais cotado entre outros, seja confirmado.

Dunga já treinou a seleção brasileira em outros tempos, portanto não seria nenhuma novidade, apenas mais do mesmo.

Imagem retirada do Blog da Cidadania
Então essa tal "transformação pelo alto", diriam meus amigos gramscianos, colocará um técnico que foi eliminado nas quartas-de-final quando do seu comando na seleção brasileira na Copa do Mundo na África do Sul, no lugar de um outro, o Luis Felipe Scolari (Felipão), que foi eliminado nas semi-finais.

Excrescência? Penso que sim. Mas o que esperar das decisões oriundas de uma Confederação Brasileira de Futebol carcomida por dentro? Nada mais, não é mesmo?

Talvez, e só talvez, a única coisa que pode justificar o nome de Dunga para ser o "novo" técnico da seleção canarinho é a sua ascendência alemã.

Risos do blogueiro.

sexta-feira, 18 de julho de 2014

"Imparcialidade" se vence com democratização

Em países com democracia madura e substantiva é comum editorialistas de grandes jornais se posicionarem politicamente em momentos decisórios importantes, como no caso de eleições presidenciais, por exemplo.

Os editoriais e as abordagens das notícias de uma maneira geral tornam-se ferramentas importantes, balizando o debate republicano, franco e fraterno, onde as divergências são respeitadas e os posicionamentos políticos são (ou deveriam ser) demonstrados com base na realidade factual.

Recentemente a revista Carta Capital externou, em editorial do Mino Carta, o seu posicionamento, apoiando a candidatura da Dilma Rousseff e fez de maneira inteligente, demonstrando os pontos fortes e fracos (que deverá ser atacado em uma possível recondução ao cargo, caso as correlações de força a favoreçam) do governo do PT.

Imagem retirada do site Casa dos Focas
Infelizmente, essa não é a tônica da imprensa nacional hegemônica. Além de muitas se posicionarem, na prática, em favor deste ou daquele candidato, seus editorialistas e suas abordagens jornalísticas são protegidas pelo falacioso, para não dizer sofismático, argumento da "isenção" e/ou "imparcialidade" sobre os fatos apresentados.

Em nome desta tal "imparcialidade" e "isenção", eles omitem e distorcem a realidade com contorcionismos ideológicos de fazer inveja aos artistas do Circo de Soleil.

São por essas e outras que defendo a democratização da mídia. Entendo que isso seria muito saudável para o desenvolvimento e ampliação da nossa república, inibindo as inúmeras performances não condizentes com a prática de um jornalismo sério.

Infelizmente, pelo que venho analisando das propostas dos principais candidatos ao mais alto posto da representação pública de um Estado, elas não apresentam uma plataforma clara, confiável e factível da sua materialização.

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Só perderam






Cruzeiro 3 x 1 Vitória. Ontem Bahia 0 x 2 São Paulo. E os times baianos caindo das pernas e na tabela. Vou dar o desconto do reinício da temporada.

Por enquanto.

Não recomendo



Socorro!!!

Então o novo coordenador de seleções da Confederação Brasileira de Futebol situou, em entrevista coletiva, o boné "Força Neymar" como algo que mais chamou a atenção dele na derrota de 7 x 1 para a Alemanha?

Para ele deveria está escrito "Força Bernard"? É isso mesmo? Eu ouvir bem?

Socorro!!!

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Artigo na "Em aberto"

Após um ano do seu lançamento, recebi hoje na minha residência três exemplares do número 89 da revista "Em aberto".

Segundo o site do periódico, o mesmo tem a finalidade de "(...) estimular e promover a discussão de questões atuais e relevantes da educação brasileira, trazendo opiniões divergentes ou confrontos de pontos de vista".

A temática deste número girou em torno dos megaeventos esportivos e suas implicações no âmbito da educação física escolar.

Estamos presentes junto com a professora Celi Taffarel e o professor Cláudio de Lira Santos Júnior, ambos da Universidade Federal da Bahia, discorrendo sobre o tema: "Megaeventos esportivos: determinações da economia política, implicações didático-pedagógicas e rumos da formação humana nas aulas de Educação Física".

Todos os números, incluindo o mencionado (vol. 26, No 89, 2013), podem ser acessados clicando aqui.

Boa leitura.