domingo, 31 de março de 2013

Caminhando contra o vento?


O cartaz ao lado nos convida para uma caminhada no dia sete de abril. Domingo próximo. “Céu de brigadeiro”, sem nuvem alguma. O sol está presente embora não apareça. A paisagem arborizada completa o clima agradável e, porque não dizer, saudável.

De imediato, a contradição entre o texto e a imagem idealizada aparece, já que o homem da ilustração não caminha, mas, corre. Seria esse um simples paradoxo? Seria essa uma pequena contradição? O que um cartaz que convida a caminhar quer representar com um sujeito que corre?

O sujeito, aparentemente corre a esmo. Ele é indiferente ao que está no horizonte. Corre olhando despreocupadamente para o piso gramado, muito embora o seu tênis “solicite” um piso mais duro. Sua camisa, enxuta e “branca como a neve”, parece indicar que ele começou a correr no exato momento do click do fotógrafo. Tudo na paisagem é “clean”. Todo o texto aparece limpo e sem odor.

Mas a mensagem é clara. É mais um investimento do “discurso da vida ativa” que tem como objetivo desenvolver na população de uma maneira geral, o gosto por um estilo de vida além de ativo, saudável. Nada de novo. Esse discurso já se encontrava presente na área médica oitocentista que apresentava a educação do físico como receita e remédio para os males da sociedade capitalista nascente.

Mas o capitalismo se desenvolveu. Nesse processo, novas mediações foram aparecendo e junto com elas, as contradições sociais. Soares em seu estudo sobre Educação Física: raízes europeias e Brasil, publicado pela editora Autores Associados, alerta que “A medicina social, que se estrutura a partir do século XIX, procurará demonstrar que a verdadeira ‘origem’, ‘causa’ ou determinação da doença era a realidade social, absolutamente opressora, do capitalismo (...) não sendo suficiente, portanto, apenas a intervenção médica no corpo individual ou no coletivo social para o restabelecimento ou o estabelecimento da saúde, como postulava a medicina clínica. Não pode haver saúde sem que se mude a sociedade, pois é a estrutura social que explica o surgimento das doenças” (pág. 31).

Perdemos essa compreensão. Os anos 90 do século XX, com o neoliberalismo a engendrar o pensamento único, fez prevalecer o recuo teórico e a defesa de que a solução dos males da sociedade estava nas atitudes individuais. Não foi a excelentíssima ex-primeira ministra britânica, Margaret Thatcher que disse em alto e bom som, em plena efervescência do neoliberalismo inglês de que só o indivíduo existia e que a sociedade era uma simples peça de ficção?

É assim que os apologistas do princípio da vida ativa enxergam o fenômeno da atividade física e saúde. Centra-se no sujeito, no indivíduo que é posto entre parênteses e suspenso no ar, convencendo-o que basta tomar gosto pela prática da atividade física, realizá-la por alguns minutos por dia, que sua saúde vai melhorar, sua qualidade de vida vai ser ampliada, sua disposição física se elevará a enésima potência, etc, etc.

Notem que o otimismo desta concepção é tão grande, que a extensão do convite aos familiares e amigos para praticarem a tal caminhada é sugerido sem preocupação prévia alguma sobre o estado de bem estar social deste mesmo indivíduo. Parte-se do princípio, característico desta visão de mundo naturalizante, positivista, que todos têm as mesmas condições para praticarem a atividade física e adquirir ou ampliar sua saúde. Não por acaso no cartaz contém a observação que a “atividade física” é “sem barreiras”, sejam elas físicas ou sociais ou ambas.

No fundo no fundo, a mensagem expressa no cartaz diz respeito aos indivíduos já saudáveis, brancos e bem nascidos, aos robustos “mamíferos de luxo” gramsciano, aos que podem usar Bermuda TechFit, meias de algodão, tênis mizuno, camiseta Crew Ess, Boné Oakley Sport, relógio Oversized Alpha para desfrutar, despreocupadamente, do prazer de caminhar ou correr no Jardim de Alah, às sete horas da manhã de um domingo.

Uma pena que a caminhada e a corrida estejam em favor dos ventos, com lenços e documentos.

quinta-feira, 28 de março de 2013

Fome de gol?

"A pouco mais de um ano de ser a sede da Copa do Mundo, o Brasil ainda passa por situações no futebol dignas de um país subdesenvolvido. Dois jogadores do América-SE, clube modesto do interior do Sergipe, sofreram com falta de comida na derrota por 3 a 0 para o Confiança pelo campeonato local. Um chegou a desmaiar e outro passou mais de uma hora sem atendimento médico".

MATÉRIA DO UOL ESPORTE. Leia mais clicando aqui.

quarta-feira, 27 de março de 2013

Arena Fonte Nova

A chamada Arena Fonte Nova tem sua inauguração marcada para o dia 07 de abril, com o clássico estadual , Bahia X Vitória.

Os ingressos custarão R$ 45,00 (quarenta e cinco reais) até R$ 90,00 (noventa reais), dependendo do setor "escolhido" pelo torcedor. Atenção: esses valores não dizem respeito aos camarotes.

A Arena tem capacidade para 50 mil torcedores. No entanto, para este jogo, apenas 40 mil ingressos serão vendidos. Já que o Esporte Clube Bahia tem o mando do campo, ele terá direito a 58% da carga total dos ingressos, correspondendo a 23.200 lugares. Já os torcedores do Leão da Barra, terão direito a 42% restantes, total de 16.800 lugares.

Os bilhetes para a partida podem ser adquiridos tanto nas bilheterias da Fonte como, também, pela internet, no site www.arenafontenova.com.br.

domingo, 24 de março de 2013

Contra o racismo

No último 21 de março celebramos o Dia Mundial da Eliminação da Discriminação Racial, que passa, evidentemente, pela luta das classes e frações de classes no contexto do metabolismo do capital no sentido de abolir o sistema de apropriação privada dos meios de produção da vida, elemento central para as discriminações de toda a ordem.

Importante evidenciar que na Declaração Universal dos Direitos Humanos está escrito, já no seu primeiro artigo, que "todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos".

Para comemorar a data, o site da revista Lecturas: Educación Física e Deportes socializou por e-mail alguns artigos que foram publicados na revista em seus números cuja a temática se relaciona com a reflexão sobre racismo, cultura, discriminações, etc.

Colocamos os mesmos logo abaixo para os interessados ao tempo em que agradecemos ao editor Tulio Guterman pela gentileza.

Vamos aos temas:

// Racismo y deporte, una aproximación sociológica.
Héctor Alonso Ruiz (España)
http://www.efdeportes.com/efd132/racismo-y-deporte-una-aproximacion-sociologica.htm

// Regeneración física, indígenas y racismo en 
Guatemala y El Salvador a finales del siglo XIX.
Chester Urbina Gaitán (Costa Rica)
http://www.efdeportes.com/efd136/regeneracion-fisica-indigenas-y-racismo.htm

// De racismo y discriminaciones.
Notas sobre la película Invictus.
Roberto Di Giano, Tulio Guterman, Julián Ponisio y Maximiliano Kronenberg
(Argentina)
http://www.efdeportes.com/efd142/de-racismo-y-discriminaciones.htm

// Paradigmas en el imaginario de los profesionales del deporte (II).
Deporte y ‘raza’.
Daniel Ramos Ahumada (Chile)
http://www.efdeportes.com/efd132/deporte-y-raza.htm

// El deporte como práctica cultural ante el reto de la igualdad de
oportunidades en la sociedad del siglo XXI.
Andrés Montero Gómez (España)
http://www.efdeportes.com/efd132/el-deporte-como-practica-cultural.htm

Petição contra a corrupção

Recebi do senhor Robson Oliveira, professor, um convite para assinar uma petição contra a corrupção na Confederação Brasileira de Taekwondo.

O objetivo é atingir 10.000 assinaturas. Para participar, clique AQUI.

No e-mail encaminhado pelo professor, o mesmo incluiu alguns links de vídeos referentes as entrevistas que já foram dadas sobre o assunto. São eles:

sábado, 23 de março de 2013

Educação sem escola

Está em curso mais um capítulo do que convencionamos chamar de "desvalorização e esvaziamento do trabalho do professor", fenômeno que a professora Marilda Gonçalves Dias Facci nos ajuda a compreender em sua obra VALORIZAÇÃO OU ESVAZIAMENTO DO TRABALHO DO PROFESSOR? UM ESTUDO CRÍTICO-COMPARATIVO DA TEORIA DO PROFESSOR REFLEXIVO, DO CONSTRUTIVISMO E DA PSICOLOGIA VIGOTSKIANA, lançada em 2004 pela editora Autores Associados.

Lembrei-me do livro quando li uma entrevista de um pesquisador da USP, o senhor Danilo Alexandre Ferreira de Camargo, mestre em educação e que em entrevista ao site do UOL observa que "é possível fazer educação com qualidade sem escola" e levanta o questionamento: "por que temos tanta dificuldade em imaginar uma educação sem escola?".

Não tenho espaço aqui para comentar toda entrevista. Quem tiver interesse em lê-la na íntegra, pode clicar aqui, tirando suas próprias conclusões. Meu interesse é bem mais modesto. Apenas socializar uma relação que fiz ao ler a entrevista.

Primeiro, a entrevista me remeteu ao programa "Amigo da Escola". Há tempo o mesmo vem "impactando" a educação com o seu discurso voluntarista. Tem tempo de folga? Sabe alguma coisa sobre algo? Por que não incluir isso no currículo da escola? Sabe capoeira? Procure levar isso para a escola do seu bairro e preencha o tempo pedagógico com esta atividade lúdica. É bom em matemática? Português? Por que não adentra o espaço escolar e ajuda os alunos a aprenderem um pouquinho mais?

Depois, lembrei de uma recente matéria que saiu no Fantástico: o show da vida. Nela, houve uma abordagem sobre a opção de alguns pais de ensinarem os seus próprio filhos em casa. Nada de irem para a escola. Em casa eles aprenderiam mais e melhor. De quebra, teriam a vigilância da mãe e ou do pai. Exemplos foram mostrados, opiniões foram colhidas e comparações com outros países que já adotam esta prática foram feitas. Tudo sendo abordado da maneira mais asséptica e "isenta" possível.

E por fim, esta entrevista. Obviamente que devem existir muito mais exemplos que demonstram o que disse ao abrir este texto: está em curso mais um capítulo da desvalorização, do esvaziamento não só do professor mas, também, da escola. Este fenômeno se desdobra e ao mesmo tempo é materialidade de uma outra e mesma ponta do problema: as inflexões pós-modernas sobre o conhecimento científico no interior da escola.

Mas isso é assunto para outra postagem.

sexta-feira, 22 de março de 2013

Aldeia Maracanã mais um patrimônio histórico que tende a ruir em função dos interesses das empreiteiras

Os aparelhos repressivos do estado estão a postos para realizar, com muita força se preciso for, a retirada dos  índios do interior, pasmem, do Museu dos Índios.

Já foi exigida a desocupação pela Justiça burguesa. Foi declarado que os Índios devem sair do interior do Museu que o representa à décadas pelo interesse das empreiteiras de construir naquele lugar, o Museu Olímpico. Este será um dos legados dos chamados megaeventos esportivos.

Aqui em Salvador, tempos atrás, os mesmos interesses fizeram demolir a Fonte Nova e o Balbininho, patrimônios históricos tombado pelo IPHAN em maio de 1959.

Será que a história se repetirá? A face dela será trágica, ou mais uma farsa?

Não à demolição da Aldeia Maracanã

A saga de extermínio dos índios, iniciada desde a invasão portuguesa em terra brasilis continua. Agora a via não se dá pela matança física, pela violência corporal que extinguiu milhares de tribos que aqui habitavam. A estratégia e a tática do complemento da extinção indígena passa pela destruição dos seus símbolos.

Atenção. Não se trata aqui de um outro momento. É mais do mesmo. Muda-se a estratégia. O beneficiário? O grande capital, hoje ligado, entre outros empreendimentos, à construção das chamadas ARENAS ESPORTIVAS, para abrigar eventos efêmeros, pois assim é a lógica do capital, fazer as coisas sólidas, desmancharem-se no ar.

Imagem retirada do Blog de Elaine Tavares
A Aldeia Maracanã fica ao lado do Estádio Mario Filho, conhecido popularmente com a mesma  alcunha que leva o nome da aldeia. No meio do ano de 2012, o governo do Rio dizia que queria transformar o espaço em um estacionamento tendo em vista a Copa do Mundo de 2014. A reação popular fez o governo recuar, mas não por completo. Mudou apenas o destino do espaço, quer construir um Museu Olímpico.

Nada contra a construção de um Museu Olímpico. Que se faça. Mas em um outro espaço. Me intriga querer construir um Museu no lugar de um outro Museu. Sim, pois o espaço abriga o Museu dos Índios. Ali, historicamente, é um ponto de apoio para os indígenas do país inteiro. É um lugar de abrigo, de acolhimento, de debate sobre a cultura indígena.

Em um país em que muito pouco se faz para preservar a cultura dos povos, entre eles o dos povos indígenas, a atitude do governo não deve soar como estranha. Mas nós, que entendemos como ponto fundamental a defesa da memória destes povos, contra a sanha do capital, devemos lutar, devemos resistir, devemos dizer, em altíssimo e bom som: "NÃO À DEMOLIÇÃO DA ALDEIA MARACANÃ".

domingo, 17 de março de 2013

Rede Record X FIFA-GLOBO

A Rede Record promete colocar em xeque a relação entre a Fifa e a Rede Globo em relação a prorrogação dos direitos de transmissão das Copas do Mundo de 2018 e 2022.

Entenda o caso clicando aqui.

Fora Marin

Como bem disse o Zuenir Ventura, é ironia pura um admirador do Fleury, torturador mó nos tempos da ditadura militar e civil ocorrida no Brasil, ser admirado pelo dirigente da CBF em um país cuja a presidenta foi torturada.

Em função deste e outros motivos, uma petição intitulada "Fora Marin" corre nas redes sociais na internet e já conta com mais de 40.000 assinaturas. A minha incluída.

quinta-feira, 14 de março de 2013

Os cartolas do futebol e o valor da vida humana


A Confederação Sul-Americana de Futebol, a notória Conmebol, um feudo esportivo/comercial oligárquico, estipulou em US$200 mil a vida humana: esse foi o valor da multa aplicada ao Corinthians pelos incidentes provocados por sua torcida e que mataram um adolescente boliviano, no jogo contra o San José, em Oruro, pela Copa Libertadores de América.

O dinheiro não servirá, como alguém de bom senso poderia supor, para indenizar a família do jovem pela perda irreparável. Seria uma atitude, se não suficiente para aplacar a dor de seus familiares, pelo menos indicativa de que até mesmo os cartolas têm coração.

O destino dos US$200 mil será outro: os cofres da própria Conmebol, como uma espécie de compensação pelo prejuízo que a entidade já sofreu pelo fato de o Corinthians ter disputado um jogo em São Paulo sem a presença de torcedores, cumprindo uma sanção preliminar da entidade.

Há quem diga que o único caminho possível para o futebol, aqui no Brasil e em qualquer parte do mundo, é a profissionalização.

Confesso que não sei bem o que isso quer dizer. Se for esse tipo de exemplo que dá a Conmebol, acho que o mundo está mesmo perdido.

O futebol sempre foi, desde os velhos tempos da bola de capotão, mais que um esporte. Não à toa, o Brasil ficou conhecido como o “país do futebol”, justamente por causa das paixões exacerbadas que o jogo despertava na quase totalidade dos habitantes do sexo masculino.

Por meio do futebol se construiu uma enorme indústria de entretenimento, que emprega milhares de pessoas e gira uma fortuna de dinheiro. Ao lado dessa, há outra indústria ainda maior, de produção de material esportivo, desde meias a sofisticadas camisas dos times, passando, é claro, pelas multicoloridas e também absurdamente caras chuteiras.

Nos gramados, os jogadores, muitos dos quais com visíveis limitações físicas e técnicas, tentam fazer o que se espera deles, ou seja, vencer o jogo em primeiro lugar, ou dar um espetáculo que compense os caros ingressos, pelo menos.

Os clubes que mantêm esses atletas, praticamente sem exceção, penam para pagar os salários, se dobram às imposições às vezes humilhantes da rede de televisão que compra os campeonatos, fecham contratos desproporcionais com empresas que descobriram tardiamente o “marketing esportivo”, procuram desesperadamente recursos de onde quer que seja e, meio debaixo do pano, financiam as tais “torcidas organizadas”, essas que vão a qualquer jogo para compor a plateia do espetáculo – e muitas vezes, promover incidentes lamentáveis como esse de Oruro.

Como se vê, a profissionalização, seja lá qual for, impregna o universo do futebol. É algo irreversível.

Mas se o preço dessa “evolução” for a indiferença à vida humana, como demonstrado no caso do adolescente boliviano e em tantos outros episódios recentes ou não, impregnados de uma violência sem sentido e sem freios, o único jeito para quem realmente ama o futebol será se recolher ao mundo das lembranças, do tempo, como diria o folclórico e autêntico Felipão, atual comandante do scratchnacional, em que se “amarrava cachorro com linguiça”.

Bons tempos aqueles em que os torcedores não eram organizados, em que as brigas das torcidas eram espontâneas e não pré-agendadas, em que os cartolas pagavam com o próprio dinheiro o “passe” dos craques, em que se levavam bandeiras dos times e não das “organizadas” aos estádios, em que se cantava o hino dos times e não refrões de guerra, em que o jogador não tinha nenhum pudor em chutar a bunda de um árbitro ladrão, nem de partir para a briga com o adversário, se a causa fosse justa.

Bons tempos esses em que o futebol era mais um esporte que um negócio, esse vil negócio que estipula em US$200 mil o valor da vida de um jovem morto por um foguete disparado por torcedores do clube rival.

TEXTO PUBLICADO EM 09 DE MARÇO DE 2013 PELO JORNALISTA CARLOS MOTTA. Acesse o seu blog clicando aqui.

Chavez e a Conmebol


Retirado do blog limpinho e cheirosinho. Acesse o mesmo clicando aqui.

quarta-feira, 13 de março de 2013

Os torcedores do Corinthians

Um anônimo comentou uma das postagem deste blog, evidenciando o que no seu ponto de vista, é uma covardia o que estão fazendo com os torcedores do Corinthiasn em Oruro, caso já comentado aqui em outro momento,

Socializo com vocês a angústia do nosso leitor, que pode ser a de muitos outros que visitam o nosso blog.

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Uma tremenda covardia está sendo cometida contra os 12 torcedores presos em Oruro. Só a TV Globo parece interessada em buscar justiça. O resto da mídia, incluindo sites de esporte e blogs, estão lavando as mãos, como se tivessem medo de contrariar um sentimento torpe que surgiu após a morte de uma criança. Estão linchando pessoas inocentes. Quando é que esses cidadãos brasileiros receberão apoio? Quem terá a coragem, além da TV Globo, de enfrentar esse sentimento paralisante? O caso é difícil e bem complexo, envolve sentimentos fortes. Mas não devemos nos furtar de buscar justiça, pois inocentes estão tendo suas vidas destruídas. Podem não ser cidadão exemplares, mas isso não basta para que os entreguemos aos leões para saciar um sentimento de pesar. Estou cansado do julgamento sem defesa que está ocorrendo. Que os responsáveis paguem por seus erros. Mas os inocentes precisam de respeito.

sexta-feira, 8 de março de 2013

Mulheres e esporte

Especialmente hoje, no dia Internacional da Mulher, lembramos dos nomes de atletas brasileiras importantes que representam e/ou representaram diferentes modalidades esportivas pelo mundo. Para elas e para todas as anônimas que efetivamente fazem o esporte ter vida, nossas sinceras homenagens:

Marta, Formiga, Francielle, Grazielle, Pretinha (futebol); Adriana Araújo, Érica Matos, Roseli Feitosa (boxe); Magic Paula, Hortência, Janete (basquete); Daiane do Santos, Daniele Hypólito, Adrian Gomes, Luisa Parente (ginasta); Fernanda Keller, Maurren Maggi, Fabiana Murer, Rosângela Santos (atletismo), Fofão, Fernanda Garay (vôlei); Sandra Pires (vôlei de praia), Maria Esther (tenista); Maria Lenk (natação).


Torcida (Des)organizada

O que está ocorrendo com as torcidas organizadas de futebol? Quem são esses "sujeitos" que fazem parte e dão um colorido todo diferente, muitas vezes, especial, em um clássico? Qual o nível de participação e responsabilidade dos dirigentes esportivos? Quem financia? Por que financia? Por que tanta violência, não só com os que eles consideram inimigos mas, também, com àqueles que são os responsáveis, em alguns momentos, pelos seus aplausos?

Perguntas, questões de alguém que procura entender os últimos acontecimentos envolvendo torcedores de grandes clubes do Brasil

quinta-feira, 7 de março de 2013

Homenagem a Chávez



O blog de José Dirceu postou, em primeira mão, o belo vídeo produzido pelo jornalista e publicitário João Santana, que comandou a propaganda da recente campanha pela reeleição de Hugo Chávez. A música é de Santana e de João Andrade.

A nudez não será castigada

O volante Fabrício posou para uma foto no vestiário do estádio municipal do Pacaembu, contudo, a imagem tinha uma gafe. O camisa 25, que fará o seu primeiro jogo como titular da equipe na Copa Libertadores, aparece em primeiro plano e, em segundo plano, há um jogador nu, que não foi identificado. A imagem foi publicada no Instagram oficial do São Paulo. Rapidamente, após a gafe, o clube retirou a imagem do ar. Nesta quinta-feira, o clube do Morumbi encara o Arsenal de Sarandí (ARG), pela terceira rodada do Grupo 3 da Copa Libertadores.

Conteúdo retirado do LANCENET! http://www.lancenet.com.br/sao-paulo/Paulo-comete-publica-bunda-vestiario_0_878312326.html#ixzz2MtgAgVXL
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Golaço!!!


terça-feira, 5 de março de 2013

Lúcido Saldanha

Um artigo do ex-jogador Afonsinho, escrito na revista Carta Capital número 737, página 88, nos faz lembrar de duas pérolas do grande técnico de futebol  João Saldanha. São elas:

João Saldanha observando um jogo de futebol
[Sobre patrocínios nas camisas dos clubes]: "Nesse caminho o uniforme dos jogadores vai ser igual ao dos pilotos de Fórmula 1".

Sobre os clubes se tornarem empresas: "qual torcedor que vai torcer por um balancete?".

Inspirado nessas duas sacadas que expressam a lucidez do nosso João Saldanha, transcrevo abaixo uma outra em homenagem aos meus irmãos e irmãs baianos. Dizia ele em relação a tradição dos clássicos nacionais:

"Se macumba ganhasse jogo, campeonato baiano terminava empatado".

sexta-feira, 1 de março de 2013

Trabalho decente

Na próxima segunda-feira, 04 de março, a Central Internacional dos Trabalhadores da Construção e Madeira (ICM), juntamente com 27 sindicatos brasileiros lançará, na cidade de Vitória (ES), na sede do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil, Montagem, Estrada, Ponte, Pavimentação e Terraplenagem (SINTRACONST) e da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil, Montagem, Terraplenagem, Pavimentação, Cal, Gesso, Indústria e Artefatos de Cimento, Cerâmica, Ladrilho, Argila, Madeira, Mobiliário, Calcário de Rochas, Mármore e Granitos (FETRACONMAG), um documentário intitulado "Trabalho Decente Antes e Depois de 2014".

Esse é também o título da campanha de dois anos de luta por garantia de melhores condições de trabalho para os mais de 30 mil operários envolvidos nas construções e nas reformas dos estádios de diferentes estados brasileiros que sediarão a Copa do Mundo de 2014 e que está retratada neste documentário que será exibido na sede do Sindicato dos Trabalhadores da Construção do Espírito Santo, 18:30.

Assista ao trailer de um pouco mais de um minuto do documentário, clicando aqui.