quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Leia o manifesto do Romário

O ex-jogador de futebol e atual Deputado Federal, Romário, um dos mais atuantes no parlamento, escreveu um manifesto solicitando que o Governo Federal não recue no veto de recursos públicos a entidades que não promovem a alternância de poder.

Essa posição tinha sido assumida nos últimos dias pelo próprio Ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, que estaria, pelo menos é isso que faz entender o manifesto do deputado, recuando dessa proposta e colocando-a como possibilidade para o ano de 2017.

Todos os que no comando das federações, confederações e outras, estão atualmente, parecem que querem continuar até as festas, as farras de todo o tipo, relacionadas aos megaeventos passarem pelo país. Só depois, então, estariam dispostos a mudarem a direção, nem que seja única e exclusivamente em relação ao nome de que senta na poltrona.

Veja, na íntegra, o manifesto do Deputado Romário, clicando aqui.

sábado, 22 de setembro de 2012

Até quando?

Até quando vamos ficar massageando o ego de intelectuais que pouco tem a dizer sobre as nossas problemáticas significativas, intelectuais que vivem de um certo estrelismo e de muito pouco conhecimento substantivo?

Até quando vamos ficar submetidos a falas recorrentes, teorias requentadas que não suportam um milímetro do rigor científico?

Até quando vamos ficar sem valorizar nossos intelectuais, pratas da casa, nossos vizinhos, silenciando-os no limite do possível?

Até quando vamos calar as vozes dissonantes e bajular os que nos desdenham?

Fico cada vez mais deprimido com determinadas falas que de tão vazias, não preenchem nem o tempo que ocupam os nossos ouvidos. São perfeitos "idiotas especializados", diria Pedro Demo. Resta saber, destas, qual é a porção maior que cabem aos mesmos.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Personal Trainer Aquático

Depois da Hidrocapoeira, Hidroginástica e tantas outras apropriações indevidas (pois sem as necessárias conceituações que expliquem a real necessidade deste "campo de estudo") e mistificações ligadas à prática da atividade física por alguns "intelectuais" da educação física assanhados em criar novos nichos de mercado, por que não curso de PERSONAL TRAINER AQUÁTICO?

Aja criatividade!!!

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Vida ativa.

Vida, louca vida. O jogo do bicho é proibido por lei. Trata-se de contravenção. Mas não precisamos de muito esforço para observar que as bancas "pululam", já mais do que informatizadas, pelas calçadas da Cidade do Salvador.

Existe uma forte campanha para diminuir acidentes no trânsito, que oneram o estado em milhões só no tratamento dos traumas causados pelos acidentes. Uma delas diz respeito a trafegar em baixa velocidade. Ao mesmo tempo, temos programas de automotores que ADORAM elencar a potência dos cavalos desta e daquela marca e como eles conseguem atingir a velocidade de 250 Km por hora em poucos segundos. Carro de fórmula 1? Não, carro de passeio mesmo. Imagina.

E as chamadas bebidas isotônicas? Não existe nada que comprove cientificamente os seus benefícios, ao contrário. Quanto mais estudos são realizados, e falo de estudos sérios, comprova-se que melhor mesmo para repor a "energia" é a simples e boa água. Mas sobram fabricantes para enfatizar suas virtudes e alimentar os vícios dos ávidos consumidores da "vida ativa", seja lá o que isso signifique.

Congresso Nordeste de Ciências do Esporte

A Universidade Estadual de Feira de Santana realizará, nos dias 19, 20 e 21 do mês corrente o IV Congresso Nordeste de Ciências do Esporte (CONECE). Para saber maiores informações e a programação do evento, clique nas imagens abaixo.




domingo, 16 de setembro de 2012

Jornalismo esgoto


ATÉ QUANDO A VEJA, SOB O MANTO DA CANTILENA DA LIBERDADE DE EXPRESSÃO, QUE PARA ELA É ESCREVER O QUE QUISER SEM SE IMPORTAR COM A VERDADE FACTUAL, VAI AGIR DESTA FORMA? QUAL A RESPONSABILIDADE QUE CAIRÁ SOBRE ELA PELA DISSEMINAÇÃO DE MENTIRAS E SUPOSIÇÕES TRAVESTIDAS DE JORNALISMO? ATÉ QUANDO SUPORTAREMOS ESTE JORNALISMO ESGOTO QUE PRATICA A VEJA?

sábado, 15 de setembro de 2012

A questão do voluntariado

Desde o dia em que a FIFA anunciou que também iria trabalhar com o voluntariado para a Copa de 2014, que este tema vem ganhando o lugar do debate. Uns são contra. Outros a favor. E outros tantos, nem contra e nem a favor, muito pelo contrário.

Brincadeira a parte, o fato é que este tema é realmente muito delicado. A ideia do trabalho voluntário para um evento que mexe com a casa dos bilhões, soa estranho para qualquer ouvido atento. No entanto, penso que devamos tomar cuidado com determinadas posturas a respeito do tema.

Refiro-me ao fato de não contextualizarmos as nossas opiniões discordantes. Dos que ouço falarem que são contra, parece generalizar sua contrariedade, como se todo o trabalho voluntário fosse algo absurdo, quando na verdade, não é bem assim. Senti esse clima quando na mesa sobre megaeventos esportivos que participei, no encontro nacional dos estudantes de educação física, falei que era a favor do voluntariado.


O voluntariado é uma bandeira cara a esquerda mundial. Cuba mesmo, um dos países referência desta bandeira, pratica o voluntariado no mundo inteiro, principalmente na área da saúde. Precisamos ter muito cuidado quando em alto e bom som, falamos que somos contra o trabalho voluntário. Não podemos jogar o bebê junto com a água do banho fora só porque, mais uma vez, o capital se apropriou de uma palavra cara a todos nós e a transformou em possibilidade de subtração de mais valor sobre as ações de homens e mulheres, que encaram esta empreitada com as maiores das boas intenções.

Devemos sim, condenar este tipo de voluntarismo que pratica a FIFA, que praticou o COI em Londres e praticará também aqui, nas Olimpíadas do Rio de Janeiro. Este mesmo voluntarismo que alimenta ações do tipo "amigos da escola", da Rede Globo e tantas outras ações que a despeito de levarem a bandeira do exercício da cidadania, alimenta a sanha financeira de muitas corporações.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Pesquisa IBOPE

Acaba de sair no jornal da TV BAHIA. Pelegrino (PT), vem crescendo nas pesquisas. ACM NETO (DEM), cai dois pontos. Um dado interessante fica em relação ao nível de rejeição dos dois candidatos, que está na casa dos 29%. 


segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Paralímpico: haja bobagem e submissão

Leia abaixo o excelente texto do professor Paquele Cipro Netto sobre esta "novilíngua" que entrou sem pedir licença no nosso vocabulário nos últimos dias.

O texto foi publicado na Folha de São Paulo dia 06 de setembro de 2012.


O meu querido amigo, vizinho, filho e irmão Márcio Ribeiro me pergunta, com o seu falar italianado e com influência do linguajar da Casa Verde, bairro paulistano em que passou boa parte da vida: "Ma que história é essa de 'paralímpico'? Emburreci, emburrecemos todos?". E não foi só o Márcio. Vários leitores escreveram diretamente para o jornal ou para mim para pedir explicações.

Não, meu caro Márcio, não emburreceste. Nem tu nem os leitores que se manifestaram. E, é bom que se diga logo, a Folha não embarcou nessa canoa furadésima, furadissíssima.

Parece que o Comitê Paralímpico Brasileiro adotou a forma "paralímpico" para se aproximar da grafia do nome do comitê internacional ("paralympic"). Por sinal, o de Portugal também emprega essa aberração --o deles se chama "Comité Paralímpico de Portugal" (com acento agudo mesmo em "comité").

É bom lembrar que o "par(a)-" da legítima forma portuguesa "paraolímpico" vem do grego, em que, de acordo com o "Houaiss", tem o sentido de "junto; ao lado de; ao longo de; para além de". Na nossa língua, ainda de acordo com o "Houaiss", esse prefixo ocorre com o sentido de "proximidade" ("paratireoide", "parágrafo"), de "oposição" ("paradoxo"), de "para além de" ("parapsicologia"), de "distúrbio" ("paraplegia", "paralexia") ou de "semelhança" ("parastêmone"). Os jogos são paraolímpicos porque são disputados à semelhança dos olímpicos.

Talvez seja desnecessário lembrar que esse "par(a)-" nada tem que ver com o "para" de "paraquedas" ou "para-raios", que é do verbo "parar" (não esqueçamos que o infame "Des/Acordo Ortográfico" eliminou o acento agudo da forma verbal "para").

Pois bem. A formação de "paraolímpico" é semelhante à de termos como "gastroenterologista", "gastroenterite", "hidroelétrico/a", "socioeconômico", das quais existem formas variantes, em que se suprime a vogal/fonema final do primeiro elemento (mas nunca a vogal/fonema inicial do segundo elemento): "gastrenterologia", "gastrenterite", "hidrelétrico/a", "socieconômico". O uso não registra preferência por um determinado tipo de processo: se tomarmos a dupla "hidroelétrico/hidrelétrico", por exemplo, veremos que a mais usada sem dúvida é a segunda; se tomarmos "socioeconômico/socieconômico", veremos que a vitória é da primeira.

O fato é que em português poderíamos perfeitamente ter também a forma "parolímpico", mas nunca "paralímpico", que, pelo jeito, não passa de macaquice, explicitação do invencível complexo de vira-lata (como dizia o grande Nélson Rodrigues). Pelo que sei, em inglês... Bem, dane-se o inglês. Danem-se os Estados Unidos, a Inglaterra e a língua inglesa.

Alta fonte de uma das nossas mais importantes emissoras de rádio me disse que o Comitê Paralímpico Brasileiro fez pressão para que a emissora adotasse a bobagem, digo, a forma americanoide, anglicoide ou seja lá o que for. A farsa é tão grande que, em algumas emissoras de rádio e de TV, os repórteres (que seguem ordens superiores) se esforçam para pronunciar a aberração, mas os atletas paraolímpicos logo se encarregam de pôr as coisas nos devidos lugares, já que, quando entrevistados, dão de ombros para a bobagem recém-pronunciada pelo entrevistador e dizem "paraolímpico", "paraolimpíada/s".

Eu gostaria também de trocar duas palavras sobre "brasuca/brazuca" e sobre o barulho causado pelo "porque" da presidente Dilma, mas o espaço acabou. Trato disso na semana que vem.

É isso.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Megaeventos esportivo

Muito rica a mesa de reflexão e debate sobre MEGAEVENTOS X VIOLAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS: LEGADO SOCIAL PARA QUEM? realizada hoje, na Uefs Feira de Santana, como parte da programação do XXXIII Encontro Nacional dos Estudantes de Educação Física. Subsídios teóricos e experiências práticas foram evidenciados no limite que suporta uma mesa de de 2 horas e meia para servir de ponto de apoio para o enfrentamento do capital sobre, entre outras coisas, a cultura corporal, em especial, o esporte. Parabéns ao Movimento Estudantil da Educação Física e a Executiva Nacional dos Estudantes de Educação Física pela politização do debate em torno do tema. Como vocês dizem: "se o presente é de luta, o futuro nos pertence!!!".

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Brazucas: democracia é isso

Acabo de ser informado que a Sociedade Civil (seja lá o que esse "balaio de gato" signifique), está excluída da discussão sobre o PNBL (Programa Nacional de Banda Larga 2), o que interessa muito aos conglomerados da mídia nativa, que deseja uma sociedade brasileira de 20 milhões de habitantes e para isso divulga o seu pensamento único, tendo vários cidadãos bem intencionados mas, muito mal informados, como caixa de ressonância dos seus interesses. O Facebook está cheio desses. Mas, por outro lado, parece exagero dizer que a Sociedade Civil está fora do debate sobre o rumo que queremos para as comunicações e outros temas fundamentais para o desenvolvimento do nosso país. Considero essa assertiva um grande exagero, coisa de gente problemática, que ver rusga em tudo. Afinal de contas, todos nós não fomos consultados para escolher o nome da bola para a Copa 2014? Ora, o que vocês querem mais?

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Paralimpíadas: a gente não vê muito por aí

Transcrição, via Facebook, de uma reflexão sobre a transmissão das Paralimpíadas, feita pelo professor Rafael Mota.

"Pra que merda a record requiriu os direitos de imagens das Olimpíadas e Paralimpíadas se não faz uma coberturar desejada desta última. Saibam que nossos Atletas Paralímpicos estão com desempenho inenarravelmente superior aos atletas Olímpicos. Os atlestas do Atletismo, o Judô e a Natação estão dando um show e acumulando medalhas, fiquem sabendo que as Paralimpíadas boa audiência afinal temos no Brasil aproximadamente 45 milhões de pessoas com deficiências, além de profissionais, familiares e amigos que acompanhariam com atenção todos os detalhes, afinal se o brasileiro esta acostumado a ganhar, gostariam e muito de ver cada VITÓRIA desses SUPER-ATLETAS, que não tem incentivo governamental satisfatório, poucos patrocínios e nenhuma ou quase nenhuma cobertura midiática. O Sportv que que tinha 4 canais a disposição durante as Olimpíadas, hoje divide a programação em que metade do dia fica no Sportv 2 e outra metade no Sportv 3! Quando teremos uma programação televisiva que respeite a equidade??

Esta é minha indignação!!"