quinta-feira, 26 de abril de 2012

Licenciado pode trabalhar em ambientes não-escolares

Profissionais de educação física, graduados em curso de licenciatura, estavam impedidos de obter a carteira profissional plena, para atuação também em academias e clubes, por conta de uma limitação imposta pelos Conselhos Federal e Regional de Educação Física.

Qualquer profissional de educação física na Bahia, incluindo os graduados em curso de licenciatura e não apenas de bacharelado, pode exercer suas atividades em ambientes não escolares a exemplo de academias de ginástica, clubes, espaços de lazer, de recreação e de práticas desportivas.

Trata-se de uma liminar da 10ª Vara da Justiça Federal na Bahia, que impede que o Conselho Regional de Educação Física da 13ª Região (Cref13/BA-SE) continue limitando que profissionais de educação física, graduados em curso de licenciatura, atuem apenas nas salas de aula.

A decisão, que é válida desde fevereiro último para todo o estado da Bahia, é resultado de uma ação civil pública proposta pela Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão (PRDC) do Ministério Público Federal na Bahia (MPF/BA) contra os Conselhos Federal e Regional de Educação Física.

Com a decisão, o Cref13/BA-SE não poderá realizar qualquer prática que restrinja a área de atuação desses profissionais, a exemplo da aposição da frase “Atuação Educação Básica” no anverso da carteira profissional dos graduados em curso de licenciatura.

A limitação foi imposta pelo Conselho Federal de Educação Física (Confef) por meio das Resoluções nºs 182/2009 e 112/2005. De acordo com essas normas, as carteiras profissionais seriam expedidas em conformidade com a formação acadêmica do graduado, com a existência de um campo específico para distinguir a atuação profissional.

(Retirado do Blog Políticos do Sul da Baiha)

A dengue

A Cidade antes adjetivada de maravilhosa vem sofrendo há muito tempo, com vários problemas. A violência é um deles. Mas um outro apareceu e todos sabiam que isso iria ocorrer. Declararam guerra ao mosquito, mas tudo indica que a dengue venceu e novos regimentos, mais robustos, fortes e poderosos começam a formar tropas mais resistentes.

Dirão alguns. Venceu a batalha mas, não, a guerra. Digo eu: assim espero. Sim, porque em outros cantos não tão encantados como a cantada ex-cidade maravilhosa, o mosquito também faz a festa. A minha querida, amada cidade de Itabuna é expressão cabal disso. E ela não está isolada. Infelizmente.

Até quando? Enquanto isso, a preocupação central ainda é a Copa do Mundo e as Olimpíadas. Aliás, os políticos têm mais um elemento para colocar como legado: a extinção da dengue. Até porque, imaginem, atletas e mais atletas, treinados e versados em distintas modalidades esportivas, perderem a competição para um simples mosquito, com picadas tão potentes quanto as drogas anabólicas consumidas por muitos em seus caríssimos processos de treinamento.

Seria cômico, se não fosse trágico.

terça-feira, 24 de abril de 2012

SECA NO NORDESTE, O POVO MORRENDO E ...

3 bilhões liberados pelo governo federal para a construção da segunda etapa de um metrô inacabável em Salvador!!! Copa do mundo? Argentina desde pequenininho!!!


(Por Ricardo Santana Santana - Facebook)

domingo, 22 de abril de 2012

Economia (política) do Esporte

muito tempo trabalho com a tese de que para entender o esporte contemporâneo nós, professores de educação física de maneira especial e qualquer outro profissional que tenha o esporte como seu objeto de apreciação e até àqueles que apenas o apreciam para além das suas obrigações sociais, tendo-o como um dos elementos de vivência, fruição, nos seus momentos de lazer, necessitam se apropriar, minimamente, de um campo de estudo e pesquisa muito desenvolvido na França, mas que aqui ainda engatinha. Trata-se da economia do esporte.

Obviamente que esta obrigação pesa muito mais nos ombros daqueles que tem o esporte como elemento da sua ação profissional. Professores de educação física, jornalistas esportivos, técnicos esportivos, administradores do marketing esportivo entre outros. Estes têm a obrigação de pelo menos conhecer as bases paradigmáticas da economia do esporte se quiserem desenvolver um trabalho esclarecedor para os seus distintos públicos-alvo. Isso é cada vez mais verdadeiro quanto mais as expressões esportivas são instrumentalizadas política e economicamente.

Esse processo tem na Revolução Industrial o seu ponto inicial de maior desenvolvimento. Elementos presentes nos chamados jogos  da antiguidade e/ou jogos tradicionais (onde também existiam, sobre outras bases, as instrumentalizações políticas/econômicas) foram incorporados, reesignificados e disseminados no agora chamados jogos da modernidade, produzindo o que conhecemos atualmente como esporte moderno.


Se é a Revolução Industrial, no meio do século dezenove, que vai inaugurar o esporte moderno, será no final do século vinte, entre os anos de 1984 e 1986 que os elementos mercadológicos terão início como processo de influência e desenvolvimento do esporte, notadamente o esporte chamado de competição ou performance. Alguns fatores são determinantes desse processo, são eles: a) financiamentos privados dos Jogos Olímpicos de Los Angeles; b) exploração dos símbolos olímpicos de forma comercial; c) a introdução do marketing esportivo de forma profissional e mundializado; d) a quebra do monopólio das transmissões esportiva via televisão pública e, consequentemente e) a inauguração de vários canais de televisão do setor privado. Tudo isso somado aos necessários processos de desregulamentações das leis que ainda regiam o esporte moderno sobre bases amadorísticas. (Economia do Esporte, Jean-François Bourg & Jean-Jacques Gouguet. Bauru, SP. EDUSC, 2005). 

Todos esses movimentos foram necessários e fazem parte da dinâmica imanente e objetiva de expansão do capital. Compreender esses processos, fora do campo de conhecimento da economia do esporte é, no meu entendimento, praticamente impossível. No máximo conseguiremos elaborar conhecimentos sempre unilaterais, fora da totalidade histórica que o rege e que não nos permitirão apreender a dinâmica interna de desenvolvimento do esporte atual.

Penso que ajuda, e muito, a compreensão e a importância desse campo de conhecimento, bem como a ampliação da reflexão aqui posta, se nos debruçarmos sobre os elementos que hoje cercam as chamadas artes marciais mistas, o MMA.

Mas isso é assunto para outra postagem.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Fora Xavier

Torcedores do Itabuna Esporte Clube prometem fazer um grande barulho na próxima sexta-feira, 20, na Avenida do Cinquentenário. Será mais um protesto contra a diretoria do Itabuna. A manifestação começa com concentração no Jardim do Ó, às 16h. As organizadas Avante Dragão, Dragões do Sul e Torcida Jovem pedem que os amantes do Azulino desçam [...]


[RETIRADO DO BLOG DO PIMENTA]

sábado, 14 de abril de 2012

2º FÓRUM DO ESPORTE ESCOLAR DO ESTADO DA BAHIA

PROGRAMAÇÃO

04 de maio de 2012

19h – Abertura

a)    Formação de Mesa Diretora do Fórum e Convidados;
b)    Informações Gerais FEBRE, Objetivo e Programação do Fórum;
c)    Declaração Oficial de Abertura do Fórum pelo Presidente da Comissão;

19:30h - Palestra Magna

Por Vicente Neto / Chefe de Gabinete do Ministério do Esporte

TEMA: “Ações do Ministério do Esporte para o Desporto Escolar”
20:30h – Momento Cultural

05 de maio de 2012

09h - “Case de Sucesso” – Prof. Éverson Cicarinni / Presidente FEEMG

TEMA: O Trabalho Efetivo da Federação do Desporto Escolar (MG)

09:45 – Intervalo

10h - Mesa Redonda (FEBRE, CBDE, FEEMG, SUDESB, SEC, CREF, I.E.S)
TEMA: Situação e Responsabilidade do Esporte Escolar na Bahia

11h – Debates

12:30h – Intervalo (almoço)
14h – Continuação do Debate da manhã
15h - “Case de Sucesso” – Prof. Gerson Coutinho/ICB
TEMA: O Desporto para Pessoas com Deficiência Visual
15:30h – Intervalo
15:45 – Formação de grupos para produção coletiva de propostas;
18h – Encerramento
06 de maio de 2012
09h – Apresentação das produções coletivas
10:30h – Intervalo
11h – Apresentação do documento final do Fórum para aprovação da plenária
11:30h - Encerramento

Morte Súbita

O que está acontecendo com esses atletas? O que tem levado tantos a morrerem em plena atividade? Vários de diferentes modalidades já foram acometidos por problemas cardíacos e muitos morreram. Alguém tem uma resposta racional?
Veja matéria retirada do UOL.

Arma da crítica

Olha que prática fantástica destes lutadores do povo. Um exemplo de práxis revolucionária. Defendem uma causa, se organizam em torno dela, lutam pela sua materialização e teorizam sobre a mesma. Tudo junto e misturado. Cabe a todos nós, agora, lermos para nos apossarmos da "arma da crítica" e torná-la força revolucionária. Entremos na fileira e avancemos contra o braço armado do CONFEF/CREF, que coloca trabalhador contra trabalhador. Com este livro. o MNCR dá um tiro entre os olhos do CONFEF/CREF que sempre apostou na ignorância dos professores sobre o tema para poder dominar e ampliar seus interesses mercadológicos, interesses esses que já contaminam alguns professores do curso de educação física da UEFS e de outras instituições de ensino, dito "progressistas". Ser progressista é optar por ações progressistas e a divisão da formação só serve para o rebaixamento e separação dos conhecimentos, algo completamente fora do contexto contemporâneo e de extremo grau conservador. Fora CONFEF/CREF. Formação unificada, já!!!

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Devolva a/o minha/meu Itabuna

Sabemos todos a situação do Itabuna Esporte Clube. Até a última rodada do baianão 2012, o time do sul da Bahia tinha ganho apenas duas partidas em todo o campeonato. Empatou cinco vezes e perdeu 13, caindo mais uma vez para a segunda divisão com três rodadas de antecedência e deixando frustrado inúmeros torcedores amantes do clube e que há muito tempo merecem melhor sorte.

O ano de fundação do Itabuna profissional é o mesmo do meu nascimento, 1967. De lá, para cá, tivemos como título maior, o Vice-campeonato baiano de 1970 e muitas frustrações. Se times das cidades do interior do estado como Feira de Santana e Ilhéus já tiveram seus representantes alcançando o título máximo, o mesmo não pode ser dito do nosso querido Dragão do Sul.

O debate sobre os rumos do Itabuna Esporte Clube e a necessária saída do Sr. Ricardo Xavier (que pode ser reconduzido, desde que promova eleições diretas) torna-se essencial. Não obstante,  assinalo que este debate só terá sentido e significado se no seu contexto ampliarmos a discussão com os diferentes setores da sociedade civil sobre o tipo de cidade e de suas representações (entre elas o time de futebol) que nós, itabunenses, queremos ter.

No meu entendimento, discuti a saída do Sr. Ricardo Xavier do comando do Itabuna só faz sentido se discutirmos amplamente, a situação da centenária cidade de Itabuna, que se encontra muito aquém das suas potencialidades e capacidades do seu povo. A situação atual do Dragão do Sul expressa este momento. É como se o time de futebol fosse a expressão mais acabada da situação da cidade grapiúna que definha a olhos vistos.

Ou nós, itabunenses, tomamos a rédia do desenvolvimento histórico da nossa cidade (e isso implica tomar o clube maior que nos representa), ou o mesmo caminhará única e exclusivamente para a ampliação das benesse de poucos, passando de pai para filho, deste para os netos e se perpetuando ad infinitum.

Como itabunense que se radica em Salvador há 21 anos, sem nunca deixar de acompanhar a vida da cidade e contribuir na medida do possível com o seu desenvolvimento sempre que sou solicitado, vejo com preocupação os rumos que a mesma vem tomando. Mas o pessimismo da minha razão não oblitera em hipótese alguma, o otimismo da minha vontade. Penso no momento da crise pela qual a cidade e o futebol itabunense passam como uma excelente oportunidade de repensar as nossas ações.

Mas pensar não é suficiente. É necessário agir. Que tal começarmos ampliando a democracia e tornando elegível por voto direto, o próximo presidente do Itabuna Esporte Clube, com mandato de quatro anos, podendo se reeleger uma única vez? Fica aqui uma proposta.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Cadê meu ovo de páscoa?

Eu, ainda um adolescente em passeio de férias no estado natal de meus pais, Sergipe (minha mãe é de Estância e meu pai de Santa Luzia), me defrontei com uma cena que me chocou bastante. Alguns homens, mulheres e crianças se misturavam aos cachorros na cata de alimentos sobre um monte de lixo residencial.

Imediatamente me lembrei de uma poesia do Manuel Bandeira, intitulada O Bicho. Hoje eu sei que esta poesia foi criada em 1947 e publicada em 1948. Mas na época, 1990, não sabia nada disso, mas ela me inspirou a criar uma poesia tematizando a cena que acabava de observar da janela do quarto onde estava.

Na quinta-feira que antecedia a páscoa (esse texto foi escrito em 2009. A cena é de 2010), sentado na poltrona do meu carro, me deparei com a cena que está no vídeo. Esta me remeteu quase que automaticamente a outra cena, de 1990, em Aracaju. A diferença desta para a outra é apenas e tão somente de quantidade. Apenas um homem rebusca o lixo a cata de comida, mas a realidade é tão perversa quanto àquela.

Resolvi socializar com vocês essa experiência, bem como a poesia que fiz e que só agora torno pública. Que ambas nos ajudem a desenvolver ações para que um dia essas expressões do capital sejam apenas lembranças.




UM BICHO?

E lá estava Enoque, no lixo, a catar comida com a mão, lembrando-me uma pequena e significativa poesia de Manuel Bandeira.

Enoque é um nome fictício.

Poderia ser José, João, Ernesto, ou outro, mas a cena é real. Tristemente real.

Ele, o Enoque, que se torna representante de milhões de brasileiros nesse momento, afunda todo o seu corpo dentro de tonel, à cata de resto de comida ou outra coisa qualquer que sirva para amenizar a sua fome.

Quando os seus braços tornam-se curtos, não conseguindo mais revirar os alimentos, habilmente, qual cachorro vira-lata, vira o tonel e recomeça, sofregamente, a catar os "restos", as "sobras" de comidas, tão alegremente levados à boca.

E lembro-me que no meu tempo de escola, aprendi que o Brasil é grande e altaneiro.

Esqueceram de me falar sobre os Josés, Joãos, Ernestos e Enoques da vida.

Não dão divisas e não caem no vestibular.