segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Dez anos depois

Dez anos depois, finalmente, teremos os times Bahia e Vitória, que somados ao Náutico, representarão o Nordeste na primeira divisão do brasileirão.

Lamento a queda do Sport. Seria mais um nordestino para brigar pelo equilíbrio no torneio, que sempre tem times do sul e sudeste chegando no topo da tabela, sem falar que seriam mais seis pontos garantidos para o Vitória que, somados aos seis contra o Bahia, já entraria com 12 pontos certos na tabela.

Gozação à parte, o que fica mesmo como ponto de reflexão é a saudável, mas excessiva, na minha visão, comemoração dos torcedores baianos, do Bahia e do Vitória, em relação aos pífios resultados das duas agremiações no decorrer do torneio.

O Vitória, depois de um excelente primeiro turno, caiu vertiginosamente de produção. Ficou mais uma vez sem condições de sustentar a liderança que manteve por mais de onze rodadas e por pouco, não fica em quinto colocado, perdendo o acesso. Subiu, é verdade, mas subiu com as calças na mão.

Já o Bahia, depois de um péssimo primeiro turno, conseguiu importantes vitórias no segundo, alegrando a sua imensa torcida e dando esperanças de, quem sabe, a participação em uma sul-americana. No entanto, após algumas rodadas, começou a cair, se sustentando, inclusive, nos pobres resultados dos times que estavam abaixo dele na tabela. Assim como o Vitória, deu muita sorte em algumas rodadas, se mantendo na elite do futebol brasileiro.

Os torcedores de ambos os times, precisam parar de comemorar a permanência na primeira e o acesso como se título fosse. Comemorar é bom, saudável e pertinente, mas é preciso pensar em formas de comemoração que não perca de vista, a melhoria do clube e a luta pela distribuição equitativa do dinheiro que vem da CBF. Só igualando um pouco mais as verbas, poderemos ter e manter um time competitivo do início ao fim, coisa fundamental para um campeonato tão longo como o nosso brasileirão.

Que em 2013, as direções do Bahia e do Vitória tenham mais respeito com seus torcedores e parem de brincar com coisas tão caras, tal como o amor e as emoções dos seus respectivos torcedores

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