domingo, 20 de setembro de 2009

Ave, César. Ave, Coaracy!!!

Júlio César, após várias conquistas tornou-se Cônsul Vitalício de Roma. Este título era dado aos militares que além de terem alta graduação tinham, também, grande poder político que só será perdido, obviamente, após a sua morte.

Esse poder, através dos tempos, foi sendo apropriado pelos simples mortais que, muito embora sem graduação alguma, nem tendo lutado em guerra nenhuma, se revestem de poderes políticos através do esporte nacional, tornando-se dirigentes ad eternum do mesmo.

Em função disso, em uma das nossas enquetes perguntamos aos assíduos freqüentadores do blog Esporte em Rede quanto tempo um dirigente esportivo deveria permanecer no cargo de presidente de clubes, federações e confederações.

Quatro foram as opções de voto. Vitalício, de dois anos, de quatro anos e de seis anos. Tivemos vinte e oito votos. Venceu, com 17 votos, a opção de quatro anos. 10 votaram a favor dos dois anos, 01 voto a favor dos seis anos e a opção vitalício não obteve nenhum voto.

Temos a certeza absoluta de que ao menos três pessoas não participaram da enquete. Se assim não fosse, teríamos alterado o número de votos dedicados a opção vitalício. Estou me referindo ao nosso já conhecido Ricardo Teixeira, ao senhor Coaracy Nunes e ao também eterno dirigente Gesta de Mello. Este detém o título do mais antigo dirigente a frente de uma entidade esportiva, no caso, a do atletismo. Lá está a nada mais, nada menos, do que vinte e dois longos anos.

Se vivo, creio que Júlio César também votaria a favor da vitaliciedade. Ainda assim, com este voto de um grande peso histórico, perderia. Ao menos tomando como base a nossa pouca representatividade.

De qualquer forma, ele ficaria feliz, pois perderia apenas por aqui, nesse humilde blog e ganharia na vida real, pois nesta, quando os dirigentes esportivos assumem o cargo não querem largá-lo sob nenhuma hipótese, mesmo que eles antes tenham assumido em discursos o compromisso de não ficarem por mais de uma gestão.

Foi o caso do Coaracy Nunes, reeleito sem oposição alguma no início deste ano (mês de março), para mais uma gestão frente a Confederação Brasileira de Desporto (CBDA) Aguático até 2012.

No início, era um ferrenho crítico da continuidade no poder dos dirigentes esportivos mas, foi só ganhar a sua primeira eleição em 1988, isso mesmo, 1988, que o tom do discurso mudou.

Nem Júlio César nos seus tempos áureos teve tanto apoio dos senadores romanos como teve o senhor Coaracy. Todas as 27 federações filiadas a CBDA votaram pela continuidade.

Cabe então para o senhor Coaracy, que neste momento sintetiza todos os outros dirigentes, a saudação dirigida, pelo povo, aos imperadores romanos: "Ave, Coaracy".

4 comentários:

Genivaldo disse...

Ave, Welington. Gosto muito dos seus comentários. Parabéns não só pelo texto como pela escolha das imagens.
Ave!!!

Moraes disse...

Isso é uma verdade. Os caras assumem dzendo uma coisa e faem outra, só para variar deveria assinar um termo de compromisso. Quem sabe assim.

Vera Cristina disse...

Professor Welington. Embora venha recebendo emails para visitar o blog, essa é a primeira vez que o faço. Gostei muito da abordagem do mesmo. Parabéns professor, como sempre, preocupado com questões sociais e políticas.

Anônimo disse...

Toos são iguais. É só assumirem o poder e pronto!!!